Era uma vez um blog... Um espaço onde o autor escreve um livro on line. Livro: Pela Janela - Romance Policial .. Os capítulos estão à direita dessa página..
sexta-feira, 5 de janeiro de 2007
Capítulo IX - Colarinho
Estava entre abrir a terceira cerveja para aquele estranho senhor quando ele lhe interrompeu: Você se lembra de mim na outra noite? O garçom, um rapaz magrelo de seus 40 anos tinha um bigode e alguma pasta que deixava o cabelo sempre alinhado e penteado para trás, abriu a cerveja, anotou em um papel logo embaixo do balcão, na direção de Marinis o terceiro palito da conta. Pensou, olhou para Marinis por um momento e disse que não, que não se lembrava dele. Parece difícil, doutor, mas eu me lembraria do senhor. Ainda que aqui venha muita gente, do senhor eu me lembraria. Não é o tipo que vem aqui com muita frequência. Marinis interrompe ao garçom justo no momento em que parava para respirar e lhe pergunta: Mas você trabalha aqui toda noite, não? E com o sim e um pouco mais de prosa fiada, Marinis já tinha conseguido nova informação. Kim tinha saído porque sua mulher reclamava de dores e um possível parto prematuro de seu primeiro filho. E uma porção mais, por conta da casa, doutor! E Marinis perguntou: Mas porque me chama só de doutor. E o garçom espontâneamente responde que ele tinha toda pinta de doutor e de polícia. Um detetive ou mesmo um delegado. Marinis ficou instigado com tamanha perspicácia do garçom. E mudou para o assunto que lhe interessava, se o garçom sabia alguma coisa daquela madrugada de quinta e descubriu que ele descansava nas segundas ou nas terças e seu turno o da noite e da madrugada. Muito cheio de dedos, Marinis lhe perguntou se lembrava de alguma briga que rola por causa da bebedeira e ele disse que sim. Em um quinta feira, de madrugada, faz alguns dias e lhe contou sobre o golpe da puta e do cafetão. Que fazia quatro semanas que rolava e que aquilo já o incomodava. Marinis logo se enterou do golpe pelos relatos do garçom. E entendeu tudo o que havia passado.(.)(.) E logo se deu conta que o garçom conhecia o tal do Renato que mencionara o nome e teria sido detido naquele dia. Estranha história., lhe disse Marinis dizendo que não havia nenhum registro na polícia dessa prisão. E lhe servindo a saideira, o que faltava para Marinis terminar de juntar um dos quebra-cabeças. Renato é irmão de um doutor igual o senhor. , lhe respondeu o garçom. Marinis surpreso com a informação perguntou o nome do rapaz. Giuliani. Respondeu. Marinis pediu a conta e foi a banheiro. Quando voltou estava Giuliani na parte de dentro do balcão onde o atendia. Aqui esta sua conta, senhor. Marinis pagou e saiu. Quando saiu escutou "arrivederci". Entrou no carro, parou por alguns segundos e viu um pequeno filme passar entre imagens e sons a sua cabeça. Um colarinho levava uma bandeira do Brasil e o outro uma da Itália. Giuliani. Não demorou muito para entender que ele falava italiano e portugês. Voltou do carro e perguntou porquê. aproveitou da sua embriaguês e lhe chamou e perguntou com alguma cerimônia: Desculpe a pergunta, mas você é uma garçom bilíngue? E Giuliani respondeu que sim. Filho de mãe e avós italianos aprendeu as duas línguas desde novo e que ele usar aqueles dois pins dava crédito para o bar. Igual Ramón, um uruguaio que falava portugês e espanhol. Levava suas 4 estrelas com muito orgulho pelo grande esforço de toda a equipe. Marinis se pôs pensativo. Pediu uma água e sentou. Giuliani trouxe a água e perguntou se sabia mais alguma coisa de Renato. Giuliani se surpeendeu que ele gaurdara o nome do rapaz mas disse que sim. Renato era playboy. Estudava em faculdade e era cada vez frequentador mais assíduo do bar. Umas vezes vinha o irmão dele busca-lo, mas nunca com carro de polícia. Com o carro, aquele dia tinha sido a primeira vez. Marinis perguntou: Então você sabe quem é o irmão de Renato? E Giuliani disse que o irmão não sabia o nome, mas a prostituta conitnuava fazendo ponto na região, e que quando vinha no bar estava sempre sozinha. Que o nome dela ele descobriría fácil. Marinis agradeceu e disse que voltaria em alguns dias. Foi até o carro e quando entrou sentiu novamente o empesteante perfume de Marcelo. Abriu os vidros, aumentou o volume e resmungando do cheiro no carro foi para sua casa.
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