Era uma vez um blog... Um espaço onde o autor escreve um livro on line. Livro: Pela Janela - Romance Policial .. Os capítulos estão à direita dessa página..
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Capítulo XXX - Suspeitas
Durante o final de semana em Ouro Branco, a rotina era discussões e recordações dos irmãos, visitas ao hospital e comida. O médico suspeitava que o fogão a lenha era o possível catalisador da insuficiência respiratória associada a idade avançada juntamente com o abatimento psicológico após a morte do marido. Gabriela havia conseguido uns dias de folga e passaria a semana cuidando da mãe e depois a levaria para passear alguns dias na praia. Agora, mais que nunca os filhos precisavam reunir forças para ajudar sua mãe. Ricardo, deu a idéia e os três compraram um fogão à gás excelente e se propuseram a todos convecerem à mãe que teria que cozinhar muito menos no fogão à lenha. Ela foi relutante no primeiro dia que lhe falaram, no Domingo. Na segunda-feira pela manhã ela já estava a caminho de casa. Quando ela chegou apresentaram para ela a idéia do fogão, mostraram o modelo e Marcelo e Gabriela pediram que ela pensasse mais na sua saúde. Ela acabou aceitando sorrindo para os filhos. Ricardo compraria por internet em Belo Horizonte e mandaria entregar em Ouro Branco. A previsão era de dois dias úteis. Uma tia levaria a comida nos primeiros dias, Gabriela ficaria até levé-la ao Rio. Ricardo voltava com Marcelo para Belo Horizonte logo depois do almoço. Seu vôo era no começo da noite. No ônibus, os dois dormiram. Quando chegaram, Ricardo não tinha muito tempo considerando a ida ao aperoporto mais o tempo de chek in. Convidou Marcelo para tomarem um café e comer um pão de queijo. Marcelo convidou ele para ir a sua casa. Ricardo lhe explicou que seu tempo era curto e logo o café e o pão de queijo foi o da rodoviária mesmo. Conversaram um pouco sobre o trabalho e ficou nisso. Da rodoviária pegaram um táxi, Marcelo ficou no seu apartamento e depois Ricardo seguiu para o aeroporto. Marcelo olhou para cima e pensou em Marina. Pegou o telefone e olhou as últimas chamadas. Havia ligado para ela diversas vezes no final de semana e ela não atendia. Na rua haviam dois carros parados em local proibído e duas viaturas policiais. Marcelo logo pensou no seu livro e entrou correndo pelo saguão do prédio. Quando entrou viu Marinis conversando com o porteiro. O porteiro apontava para Marcelo quando Marinis se virou para ele. Marcelo! Disse Marinis. E Marcelo respondeu: Marinis? Você por aqui? Novidades do caso da Marisa Prieta? Marinis franze a testa e puxa Marcelo. Entre os dentes, Marinis fala com Marcelo: Tome cuidado na frente de quem fala! Esse porteiro aqui está me dizendo que você ligou para ele na Sexta-feira pedindo o telefone da sua vizinha, Marina? Verdade? Marcelo respondeu assustado se defendendo: Eu?! Pedi sim! Por que? Qual o problema? Marinis olha para Marcelo e diz: Pois é, Marcelo, agora você passa a ser o suspeito número um. Suspeito número um, Marinis? Pergunta Marcelo, que se confunde ao continuar: No caso da Marina Prieta? Marinis lhe corrige: Marisa Prieta, Marcelo! Dela não, mas o de Marina Goulart. Marcelo para por alguns segundos e pergunta Marina Goulart, Marinis? Minha vizinha? Marinis diz que é ela mesma. Marcelo desmaia e Marinis o segura. Com a ajuda do porteiro colocam Marcelo sentado. Após algum tempo Marcelo volta e Marinis olha para ele esperando que diga algo. Marcelo permanece em silêncio e depois diz: A Mari, doutor, morreu? E começa a chorar. Marinis não entende a reação de Marcelo e completa: Você é o principal suspeito de ter matado ela e você fica aí chorando? Marcelo olha para Marinis e diz entre lágrimas. Eu, suspeito! Eu passei o final de semana todo em Ouro Branco, com minha mãe. Marinis suspeita dele e emenda: E que claro você pode provar, né? Marcelo tira os bilhetes do bolso e joga no peito de Marinis. Marinis pede desculpas por desconfiar dele e lhe pergunta qual a relação que ele tinha com sua vizinha. Marcelo lhe explicou que haviam saído e que estavam planejando fazer uma viagem juntos. Mas que ela havia brigado com ele na Sexta-feira. Marinis franziu novamente a testa e repetiu: Brigado? Como assim? Você esteve com ela na Sexta-feira? Que horas? Marcelo diz que não esteve. Até marcamos, sabe Marinis, mas eu atrasei no serviço aí liguei pra ela. Como eu não tinha o telefone dela, liguei para a portaria pra pegar o telefone dela. Aí ela ficou brava comigo porque eu me atrasei pro nosso encontro. Marinis questiona Marcelo: Mas se vocês saíam juntos e são vizinhos, como você não tinha o telefone dela? Marcelo, vendo que estava sendo interrogado e sua verdade sendo colocada a prova contou a Marinis: Olha, Marinis, assim, ó. Eu fazia muito tempo, mas muito tempo mesmo que não saía com uma mulher, aí, a gente começou a conversar por internet. Depois eu descubri que ela era minha vizinha e era tímida. Depois superamos essa fase inicial e saímos. E foi ótimo. Depois conversamos mais por internet e íamos nos encontrar de novo na Sexta, na lan house aqui pertinho de casa. Eu, ela e a Bia, mas minha mãe passou mal e eu tive que ir pra Ouro Branco. E até tentei ligar pra ela várias vezes, mas o telefone chamava até desligar. Marinis olha para Marcelo lhe diz: Então acho melhor você não subir agora. Vem cá comigo, por favor? Você conhece esse porteiro? Marcelo acena positivamente com a cabeça. Os dois vão até o porteiro e Marinis lhe pergunta até que horas ele trabalhava. O porteiro respondeu que variava, tinha dia que era até às oito e meia e tinha dia que largava às sete meia. Dependia das trocas que vaziam entre os porteiros. Marinis lhe pergunta que horas ele largou o serviço na Sexta. O porteiro assustado, responde ao delegado: Olha, doutor, vou falar a verdade pro senhor, na Sexta eu tinha combinado de sair daqui com o outro porteiro às sete e meia, ele atrasou, e eu tinha que buscar minha sogra na rodoviária e saí daqui era vinte pras oito e ele ainda não tinha chegado. Marinis olha com reprovação ao porteiro e volta a lhe perguntar: E esse porteiro, que horas chega hoje? O porteiro disse que era no horário normal. Marinis olhou para o relógio e ainda faltava algum tempo. Se convidou a tomar um café na casa de Marcelo. Marcelo, sem escapatória disse que sim apesar do cansaço da viagem. No elevador, Marcelo disse à Marinis: Marinis, eu quero vê-la, por favor? Marinis comentou com Marcelo: Olha só, eu acho melhor não. A Marina morreu enforcada e antes foi presa, amordaçada e torturada com queimaduras na pele. Marcelo se assustou com a descrição do delegado. Quando chegaram no seu andar. Marcelo viu a faixa listrada na porta do apartamento de Marina. Do lado de dentro alguns peritos tiravam fotos e comentavam sobre o que encontravam. Marinis volta a chamar a atenção de Marcelo para seu apartamento: Marcelo, e o nosso café? Marcelo respondeu instintivamente: Quê? Café? E Marinis continou enquanto puxava Marcelo para o seu apartamento: Foi a assistente dela que ligou dizendo que tinham um compromisso no Sábado de um trabalho que estavam finalizando para entregar na Segunda-feira. Enquanto Marcelo fazia o café conversaram mais a respeito de Marina. Marinis pediu a Marcelo que contasse mais sobre ela. Ele contou sobre a forma como se conheceram, a viagem que fariam juntos, sobre a noite que passaram juntos e mostrou-se bastante apaixonado por ela. Marinis ia anotando algumas informações no seu bloco de notas. Quando se deu conta já passavam das oito e Marinis disse que tinha que ir. Marcelo pediu mais uma vez para ver Marina. Marinis insistiu que se tratava de um assassinato muito estranho e que a cena chocaria muito a ele. Marinis lembrou dos textos que lera de Marcelo e resolveu dar a ele a chance de ir com ele falar com o porteiro: Marcelo, vou ali conversar com o porteiro que cubriu o outro turno. Ela morreu, Marcelo, era entre três e quatro da manhã. Marcelo se assustou e aceitou o convite. Desceram o elelvador e foram até o porteiro. Quando chegaram, Marinis conduziu novamente a situação. Se apresentou como delegado e foi logo perguntando ao porteiro se ele lembrava de alguém indo ao apartamento 1202 na Sexta-feira. Ele pensa muito pouco, pois já havia sido advertido pelo colega sobre o porquê da polícia ali e diz: Não, ninguém! Marinis acha a resposta do rapaz muito rápida e insiste em lhe perguntar se havia acontecido alguma coisa estranha naquela noite? Ele insiste que não. Marinis segue pressionando até que o porteiro olha para Marcelo e diz: Teve uma moça procurando ele. Lembro porque foi a primeira pessoa que chegou logo depois de mim. Eu cheguei era umas oito e ela chegou falando no celular com o Marcelo e disse que ele tava esperando, no 1201. Eu olhei a caixa de correspondência e a do 1201 era do Marcelo mesmo e tava vazia. Imaginei que ele já tinha mesmo chegado. E ela já foi logo chamando o elevador, e subindo. Logo depois chegou a dona Celeste com seus dois cachorros e fizeram cocô bem aqui na porta. É isso, lembrei doutor! Isso foi bem estranho. E eu tive que limpar porque de noite já não tem mais faxineira. Marinis escuta tudo com atenção. Marcelo emenda uma pergunta: E com o cocô do cachorro e o trabalho de limpar você não lembrou de me interfonar e dizer que essa moça estava subindo? O porteiro se sente culpado e diz que não. Me desculpa, senhor. Mas é que com essa confusão toda eu me esqueci mesmo. E depois a mulher não desceu mais. Sempre vem tanta gente esquisita nesse apartamento seu. Marcelo retruca: Meus convidados não são gente esquisita nada. Tem uns excêntricos, mas esquisito não tem nenhum! Marinis intervém e diz: Gente esquisita? Você se lembra de como ela era. Lembro pouco, doutor. Lembro que era grande e gostosa. Marinis olha em volta e pergunta: E o nome dela? E porteiro diz que não perguntou. Marinis vê um livro de registro de visitantes sobre a mesa e olha há algumas mulheres na Sexta-feira. Ah, ela assinou o livro também! Disse o porteiro se lembrando. Lembro até que foi por isso que não chamei o Marcelo pelo interfone. Marinis pega seu bloco de notas do bolso. Olha, folheia algumsa páginas e depois pergunta o nome do porteiro. Pega o telefone e diz que ele é uma testemunha. Chama Marcelo para subirem. No elevador, Marcelo pergunta a Marinis o que ele havia encontrado no livro e Marinis lhe revela que havia uma Beatriz entrado no prédio com o número de outro apartamento. Se despede de Marcelo e volta as suas investigações. Marcelo pede a Marinis para participar mais da investigação. Marinis lhe responde: Você já está participando, Marcelo. Muito mais do que você pensa. Agora vai descansar um pouco e deixa eu fazer meu trabalho. Depois conversamos mais. Tá? Marcelo foi obrigado a concordar com Marinis o levando até a porta de sua casa. Quando fechou a porta, Marcelo colou o olho no buraco da porta e viu Marinis voltando até a casa de Marina e chamando um detetive para conversar. O detetive sai e Marinis fica observando o que seria Marina morta na sala. Caminha lentamente até a porta e a fecha. Ainda com a mão na maçaneta, Marcelo vira de costas para a porta e agacha chorando por Marina.
sábado, 27 de junho de 2009
Capítulo XXIX - Sexta-feira
Na sexta-feira, Marcelo acordou antes do meio dia e se permitiu ir ao trabalho mais tarde. As páginas de sábado e de domingo já estavam quase prontas e bastaria mesmo sua revisão. Depois um encontro com Marina para colocar as vírgulas e os pontos em seus respectivos lugares e um final de semana inteirinho de folga. Marcelo preparou um café da manhã com torradas, geléia e seu inseparável café forte. Foi até a rua e comprou ingredientes para uma salada. Quando subia no elevador pensou em convidar Marina para almoçarem juntos. Estava com vontade de encontrar com ela de novo antes de irem resolver detalhes da viagem com Bia. Quando o elvador chegou no seu andar, desceu e olhou para o porta de Marina. Bateu campainha e foi em direção a sua porta. Abriu e colocou as compras sobre a bancada. Voltou e viu que a porta de Marina permanecia fechada. Tocou a campainha mais uma vez. Ninguém atendeu. Marcelo voltou até sua casa e preparou a salada. Enquanto preparava, pensava em Marina. Olhou para o relógio e era perto das duas. Ela deve estar trabalhando, pensou Marcelo. Terminou de fazer a salada e deixou sobre a bancada. Saiu de casa e foi até o porta de Marina. Chamou por mais uma vez e não obteve resposta. Colou o ouvido na porta e o que ouviu foi o silêncio. Voltou até sua casa, sentou e comeu a salada. Depois deitou no sofá e acendeu um cigarro. Enquanto fumava, pensava no trabalho. No que tinha para fazer, que não era muito, porém exigia que ele coordenasse bem tudo para que acumualasse material para Segunda-feira também, pois assim folgaria também no Domingo. Terminou de fumar e cochilou. Levantou pouco tempo depois, passou café e lavou toda a louça acumulada. Tomou um banho rápido e vestiu roupa. Antes de sair voltou, tirou a camisa, passou perfume e escolheu outra camisa. Chamou o elvador e voltou a pensar em Marina enquanto o elevador não chagava. Marcelo estava surpreso consigo mesmo. Esse meu comportamento estava fora do normal, pensou olhando a camisa que vestia. O elevador chegou, ele entrou e desceu. Saindo do prédio o porteiro lhe chamou e entregou algumas correspondências. Uma conta e duas publicidades. Marcelo colocou tudo dentro da bolsa e saiu a pé até o jornal. No caminho pegou a conta de dentro da bolsa e abriu. Verificou o valor e colocou de volta dentro da bolsa. Chegou no jornal e organizou as páginas para os próximos três dias. Viu que faltava conteúdo e pôs-se a escrever. Notas, dicas culturais, matéria de entretenimento. Marcelo escreveu algumas e as distribuiu entre os três dias. Terminou sua parte era quase 6 da tarde. Entregou tudo ao finalizador e antes de sair havia um recado do editor-chefe. Era um convite para que os dois fossem ao restaurante, pois o dono havia ficado muito satisfeito com o destaque que ele recebeu no jornal e fazia questão da presença dos dois. Marcelo foi até a sala do editor-chefe e conversou com ele por alguns minutos. Explicou a ele que tinha um compromisso marcado, mas que dependendo da hora que terminasse ligaria para ele combinando de ir. Mas que inflelizmente não poderia mudar esse compromisso. O editor-chefe entendeu mas não gostou. Franziu a testa e disse: Não, se você não puder ir comigo hoje, vamos amanhã. Não tenho a menor paciência para ficar fazendo esse social sozinho. Marcelo riu e disse: Tá bem. Vamos ver se dá pra gente dar uma passadinha lá hoje mais tarde. Eu te ligo. E depedindo-se saiu da sala. Voltou até sua sala para pegar sua bolsa quando o finalizador lhe esperava com alguns papéis nas mãos. O finalizador lhe mostrou um problema que acontecia nas três edições consecutivas. Marcelo logo viu que não poderia mesmo ir daquela forma. Os caras que faziam a noite acontecer eram figurinhas carimbadas e conehcidas de todo mundo. E eles e seus amigos apareciam mais de uma vez em alguns dias com roupas diferentes. Marcelo teve que repensar um pouco de conteúdo para a edição de Terça-feira. Logo ajeitou tudo com o editor e viu que faltaria conteúdo justamente para a edição de Sábado. Voltou até o seu computador e começou a pesquisar sobre as matérias de gaveta que ele tinha feito e por serem atemporais serviam para lhe salvar de situações como essas. O pior foi que ele não achou nenhuma. Havia usado todas as que tinha antes desses últimos dias de movimento nas noites da capital. E depois esteve muito ocupado cobrindo esse movimento. Marcelo olhou para o relógio e eram quase sete e meia. Pegou seu telefone e buscou pelo nome de Marina. Se deu conta que não tinha o telefone dela. Nem de casa e nem celular. Foi descendo um pouco mais e viu o telefone da portaria de seu prédio. Chamou e o porteiro atendeu. Marcelo se apresentou e pediu para falar no 1202, com Marina. O porteiro chamou Marina pelo interfone e lhe disse que Marcelo queria falar com ela pelo telefone. Ela passou o número de seu telefone ao porteiro que repassou a Marcelo. Marcelo ligou para Marina já se desculpando. Ei, Mari. Tive um contra tempo aqui no trabalho, mas chego depois das oito. Marina que já estava pronta dez minutos antes das sete esperando que ele chegasse ficou um pouco brava e falou ríspida com ele: Pô, Marcelo já são sete e meia. A Bia já deve tá lá esperando a gente. Isso é feio. Vou ver se consigo falar com ela. Marcelo, sem entender direito o porque da rispidez na fala de Marina concordou, pediu desculpas mais uma vez e disse que faria o mais rápido que pudesse. E talvez exatamente pela pressão de fazê-lo, Marcelo demorou mais que o habitual para redigir um matéria sobre uma viagem cultural. Terminou pouco depois das oito e o editor-chefe o esperava na porta de sua sala. Marcelo, você não tinha um compromisso, ele comenta. Marcelo olha a hora e suspirando diz: Tinha! Chama o finalizador e enrega o texto para ele. Em pouco mais de 10 minutos o finalizador dava a Marcelo o que ele precisava. 4 dias de trabalho prontos e bem acabados. Ao sair não conseguiu escapar do editor-chefe e foi com ele até o restaurante. Concordaram em ficar pouco tempo. Beber algo, beliscar, agradecer ao anfitrião e ir embora. Marcelo ligou para Marina e não consguiu falar com ela. Imaginou que havia ficado chateada com ele. Tentou mais uma vez e imaginou também que ela poderia ter ido até a lan house. Foi com o editor-chefe até o restaurante. Lá cumpriram o que haviam combinado. Sentaram, pediram uma dose cada um, dividiram uma porção e esperaram que o anfitrião aparecesse. Quando ele apreceu, já estavam na segunda dose. Ele se sentou na mesa e conversaram por algum tempo. Ele elogiava o jornal e a Marcelo. O telefone de Marcelo tocou e ele viu que era um número de Ouro Branco. Pediu licença e foi atender. Pouco tempo depois voltou com uma cara abatida. Disse que tinha que ir embora pois havia recebido uma ligação de uma vizinha dizendo que sua mãe não estava passando bem e havia sido levada ao hospital. O editor-chefe desconfiou de que Marcelo queria fugir do compromisso. O dono do restaurante, se solidarizando a ele disse que ia mandar chamar um taxi. O editor-chefe, vendo que restaria a ele ficar ali sozinho com o dono do restaurante fazendo o seu tão odiado social, logo se ofereceu para levar Marcelo de carro até sua casa. Assim se livrava daquilo, apesar da desconfiança que estava de Marcelo, o melhor era aproveitar aquela desculpa para ir embora. Marcelo sentou no banco do carro e não disse uma palavra no trajeto até chegar na sua casa. Seu olhar estava distante. Antes de Marcelo descer do carro, o editor-chefe já havia percebido que o caso era sério e disse a Marcelo: Força, que tudo vai dar certo. Marcelo pegou o telefone e tentou ligar para Marina. Ela não o atendeu. Ele disse ao editor-chefe. Seria muito abuso você me deixar na rodoviária? De forma alguma, lhe respondeu. Feche essa porta e vamos embora. Chegaram logo na rodviária. Marcelo desceu do carro e agradeceu. Correu até a rodoviária e comprou o primeiro bilhete que tinha para Ouro Branco. O ônibus sairia em 20 minutos. Marcelo comprou uma revista e tentou ligar mais uma vez para Marina. Outra tentativa frustada, ligou para uma tia em Ouro Branco que lhe atualizou sobre o quadro de sua mãe. Lhe disse que ela estava desde a noite anterior no hospital pois estava sentindo falta de ar. Estava sobre observação e cuidados intensivos. Marcelo ficou ainda mais preocupado e ligou para seus irmãos. Após os telefonemas, Marcelo ouvia que anunciava a partida de seu ônibus. Desceu apressado as escadas com a revista na mão. Sentou em duas poltronas sozinho e começou a ler a revista para tentar aliviar sua tensão. Terminou de ler a revista na metade do caminho. Só consegiu adormecer quando já estava quase chegando. Quando chegou, pegou um taxi e foi direto para o hospital. O médico lhe disse que sua mãe havia passado por insuficiência respiratória grave, que agora tudo estava controlado, mas que ela deveria permanecer alguns dias em observação e realizar alguns exames para identificar o porquê dessa insuficiência. Marcelo relatou ao médico que ela gostava de cozinhar no fogão a lenha. O médico lhe disse que era uma coisa a se pensar e que ele ficasse tranquilo que agora ela já estava fora de perigo mas que deveria ficar em observação no hospital até segunda-feira. Marcelo pediu para falar com ela. Conversaram um pouco e ela estava bem. Falava devagar e pausado, mas tinha a pele corada. Marcelo ficou o máximo de tempo que pode com ela até que foi interrompido pelo médico que lhe disse que ela não poderia se cansar muito. Marcelo compreendeu e foi para casa de sua mãe dormir. Deixou seu telefone com o médico antes de sair e deu um beijo em sua mãe, que lhe respondeu com um sorriso.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Capítulo XXVIII - Metades
Marcelo acorda com o celular tocando pela segunda vez. Era do jornal. A assessoria de imprensa do restaurante estava em cima e o jornalista assessor era amigo do editor-chefe do jornal. Marcelo olhou para o relógio e viu que era pouco mais das três da tarde. Com preguiça levantou, comeu um resto de pizza fria e colocou café para passar. De café da manhã, pizza fria e café queimando a boca. Marcelo toma um banho e coloca um jeans velho e uma camisa amassada. Toma mais um pouco de café e vai até a varanda fumar. Pensa em Marina. Gostaria de encontrar com ela, mas hoje eu ainda tô cheio de trabalho comenta soltando a fumaça do cigarro. Ri de si mesmo. Apaga o cigarro, toma mais um pouco de café, pega sua bolsa e sai de casa. Vai até a casa de Marina e toca a campainha. Ninguém atende. Toca mais uma vez e ninguém atende. Pega o elevador e desce em direção ao trabalho. Até o jornal, a pé, Marcelo demorava alguns minutos. Quando chegou teve que replanejar o uso das fotos para a o próximo dia, já que esperava fazer um especial do restaurante no Sábado, teria que utilizá-lo no de Sexta-feira mesmo. Mas tinha o lançamento do cd e o filme que mereciam destaque também. Marcelo acalmou os animos pouco depois que chegou. Reduziu e adiantou o Sábado pra Sexta. Deixou meia página pronta, faltando somente o conteúdo dos eventos que ele mesmo estaria naquela mesma noite. Teve que esperar a aprovação da página e ficou algumas horas ocioso no jornal. Abre o msn e fica off line. Poucos segundos depois uma mensagem de Marina: Amanhã, Marcelo! Na Sexta. Estamos pensando em uma lan house na praça aqui perto de casa. O que você acha? Você pode? Marcelo?! Beijo. E foi só. tudo escrito de uma única vezada. Marcelo achou graça e antes de responder pensou um pouco no trabalho que teria. A edição de Sábado havia mudado, o que interferia também na de Domingo. Marcelo planejou distribuir o que restava do show, dos famosos no restaurante, das baladas e boites. Viu que lhe restaria algum tempo pelo final de semana com direito a happy hour na sexta. Gostou da idéia e de uma vezada escreve para Marina. Ei, Mari. Amanhã? Posso a partir das sete. Acho essa lan house bem legal. E vamos marcar de comer alguma coisa nesse final de semana? Tenho um vinho branco maravilhoso!
Quando deu enter, Marcelo viu que Marina já não estava mais on line. A mensagem já tinha ido e na tela do seu computador piscava o cursor em cima de Beij Marcelo deu o enter antes mesmo de terminar de digitar quando uma assistente disse que o restaurante havia convidado eles para irem comer lá. Marcelo que já havia ido repassou o convite para sua equipe. Desligou o computador e foi para casa. No caminho comprou comida e bebida. Chegou em casa e ligou o forno. Ligou o som baixinho e tranquilo. Quando o forno estava mais quente, Marcelo colocou uma carne que havia acabado de salgar. Preparou arroz e salada. Comeu e dormiu por algum tempo. Quando acordou já era quase sete e o filme começava às oito. Levanta correndo e apressado. Liga o chuveiro e corre até a sala. Pega o lap top e leva a música para o banheiro. Volta correndo até a cozinha e enche a louça suja de água. Corre até o banheiro. Com o lap top sobre a bancada, Marcelo escolhe justo o cd que ele vai ao lançamento. Olha a hora e vê que havia dormido pouco mais de vinte minutos. Que estava apressado mas nem havia dormido tanto. O tempo no jornal que foi mais que ele esperava. Tomou banho e se aprontou rápido. Antes de sair, já estava cantarolando algumas das música do cd sem nem mesmo se dar conta.
Marina acordou tarde e saiu para comer em um restaurante. Estava com preguiça de cozinhar e foi até um restaurante perto de onde morava. Colocou a primeira roupa que viu. Era um belo vestido. Comeu e voltou para casa. Quando chegou ligou o computador e falou com várias pessoas. Havia um recado off line de Marcelo, no meio da madrugada: Claro, vamos marcar sim. Quando? Onde? Beatriz não apreceu e nem mesmo Marcelo. Marina estava ansiosa com o encontro e acabou achando bom que nada havia sido combinado então, já que nenhum dos dois havia se manifestado. Marina clicou no nome de Marcelo off line e escreveu para ele. Amanhã, Marcelo! Na Sexta. Estamos pensando em uma lan house na praça aqui perto de casa. O que você acha? Você pode? Marcelo?! Beijo. Passou mais algum tempo e nem ele nem Beatriz apareceram. Marina decide desligar o computador e dar uma ida até o escritório para conferir como se finalizava o novo projeto. Foi até o banheiro e tomou um banho rápido. Se aprontou e saiu por volta de quatro da tarde. Chegou rápido no trabalho, pois o trânsito estava tranquilo. Trabalhou até anoitecer. Estava criando bichos e histórias em relação a Marcelo, a sua sexualidade, a paixão que ele despertava nela, a noite que haviam passado. Resolveu meter a cara no trabalho e trabalhou até anoitecer. Nem mesmo viu o tempo passar. Quando se deu conta já havia anoitecido e estava somente ela e sua assistente no escritório. Deixaram o trabalho do jeito que estava e saíram para comer. Foram até uma lanchonete próxima. Quando chegaram se animaram e pediram algo para beber também. Comeram e beberam. Celebraram o sucesso do projeto e conversaram um pouco. Marina contou sobre a viagem que planejava fazer a México e Cuba à sua assistente, que ouvia entusiasmada. A conversa rendeu um pouco. Depois, se despediram e cada uma foi para sua casa. No caminho de volta para casa, Marina pensou em como havia vencido algumas barreiras que ela mesma se colocava ao cumplicidar sua vida mais pessoal com sua vida no trabalho. Chegou mais rápido em casa do que havia ido enquanto filosofava sobre sua timidez. Subiu o eleveador e quanto mais se aproximava, mais Marina pensava em Marcelo. Abriu a porta do elevador e foi até a porta de Marcelo. Bateu a campainha. Nenhuma resposta. Bateu mais duas vezes e nenhuma resposta. Bateu com a mão na porta algumas vezes e gritou: Marcelo! Marcelô! O silêncio que sobrou depois foi rompido por um choro baixinho que Marina nem mesmo fazia questão de enxugar as lágrimas. Caminhou até a sua casa. Abriu a porta. Entrou e segurou o choro. Olhou em volta. Caminhou até o seu quarto. Deitou na cama e voltou a chorar abraçada com o travesseiro. Dormiu até pouco mais da meia noite. Levantou com a boca seca e foi até a cozinha. Serviu um copo de água e tomou inteiro. Serviu outro e tomou mais um gole. Pegou um pão de forma e comeu com queijo e tomate. Pensava nela chorando antes de domir. Primeiro sentiu raiva de Marcelo. Depois riu dela mesmo. Ligou o computador e foi até o banheiro. Quando voltou, antes mesmo de abrir as janelas que piscavam do msn pensou: Acho que chorei porque queria que o Marcelo me quisesse como eu quero ele. Olha para o computador e vê a janela de Beatriz piscando com três tentativas de se comunicar com ela. Uma no final da tarde, outra mais a noite, e outra a poucos minutos. Em todas elas tentava confirmar o encontro. Na última, comentava que tinham que começara olhar as passagens para comprá-las com antecedência. Marina pensou naquilo e abriu alguns sites para ver preços de passagens. Copiou alguns links e colou para Beatriz. Disse: Talvez não possa amanhã, mas quem sabe no final de semana? Beatriz, off line, não respondeu nada. Marina viu que na janela de Marcelo, que também estava off line, havia um recado do final da tarde: Ei, Mari. Amanhã? Posso a partir das sete. Acho essa lan house bem legal. E vamos marcar de comer alguma coisa nesse final de semana? Tenho um vinho branco maravilhoso!
Beij
Marina achou inusitado, esquisito, surpreendente, atraente e apaixonante. Voltou até a janela de Beatriz e escreveu: Vai dar sim. Vamos marcar amanhã entre sete e oito, que cada um vai chegando a hora que quiser. O que você acha? Volta até a janela de Marcelo e escreve: Vinho branco? Hmm!! Então tá marcado amanhã. Nos vemos lá a partir das sete: Eu, você e a Bia. Beijo. Navegou por mais algum tempo, encontrou outros preços por diferentes rotas. Salvou alguns links e mandou por e-mail para Marcelo e Beatriz. Bebeu mais um copo de água e foi dormir.
Marcelo chegou tarde, pois do lançamento do cd, esticou a noite em uma boite que alguns figuras da hi society estariam. Essa era parte do trabalho de Marcelo que ele mesmo tinha que cativar, pois eram esses que agitavam a noite da capital. Abriu o computador e com meia hora de trabalho e um zunido na cabeça ainda por conta da música alta da boite, Marcelo estava enviando conteúdo para o editor que estava de plantão. Pegou o celular e ligou para o editor. Ele atendeu com a voz sonolenta e disse que já ia terminar. Marcelo pegou uma jarra de água na geladeira e ficou esperando ele ligar para confirmar que havia realmente terminado. Marcelo estava preocupado com o que havia ocorrido pela tarde com o restaurante e queria se assegurar de que tudo estaria correto. Abriu o msn e recebeu uma mensagem de Marina off line: Vinho branco? Hmm!! Então tá marcado amanhã. Nos vemos lá a partir das sete: Eu, você e a Bia. Beijo. Marcelo leu aquilo e sorriu satisfeito. Escreveu para Marina. Me espera que vamos juntos. Tenho pouco trabalho amanhã, passo aqui e vamos juntos. O que você acha? Beijo. Marcelo ficou ali conectado por mais algum tempo até que o telefone tocou. Era o editor dizendo que a página estava fechada e enviada. Ainda falando pelo telefone, Marcelo abriu o e-mail, leu e aprovou. Desligou o telefone, o computador e foi dormir, cantarolando: Amanhã, vai ser outro dia! Amanhã, vai ser outro dia!
Quando deu enter, Marcelo viu que Marina já não estava mais on line. A mensagem já tinha ido e na tela do seu computador piscava o cursor em cima de Beij Marcelo deu o enter antes mesmo de terminar de digitar quando uma assistente disse que o restaurante havia convidado eles para irem comer lá. Marcelo que já havia ido repassou o convite para sua equipe. Desligou o computador e foi para casa. No caminho comprou comida e bebida. Chegou em casa e ligou o forno. Ligou o som baixinho e tranquilo. Quando o forno estava mais quente, Marcelo colocou uma carne que havia acabado de salgar. Preparou arroz e salada. Comeu e dormiu por algum tempo. Quando acordou já era quase sete e o filme começava às oito. Levanta correndo e apressado. Liga o chuveiro e corre até a sala. Pega o lap top e leva a música para o banheiro. Volta correndo até a cozinha e enche a louça suja de água. Corre até o banheiro. Com o lap top sobre a bancada, Marcelo escolhe justo o cd que ele vai ao lançamento. Olha a hora e vê que havia dormido pouco mais de vinte minutos. Que estava apressado mas nem havia dormido tanto. O tempo no jornal que foi mais que ele esperava. Tomou banho e se aprontou rápido. Antes de sair, já estava cantarolando algumas das música do cd sem nem mesmo se dar conta.
Marina acordou tarde e saiu para comer em um restaurante. Estava com preguiça de cozinhar e foi até um restaurante perto de onde morava. Colocou a primeira roupa que viu. Era um belo vestido. Comeu e voltou para casa. Quando chegou ligou o computador e falou com várias pessoas. Havia um recado off line de Marcelo, no meio da madrugada: Claro, vamos marcar sim. Quando? Onde? Beatriz não apreceu e nem mesmo Marcelo. Marina estava ansiosa com o encontro e acabou achando bom que nada havia sido combinado então, já que nenhum dos dois havia se manifestado. Marina clicou no nome de Marcelo off line e escreveu para ele. Amanhã, Marcelo! Na Sexta. Estamos pensando em uma lan house na praça aqui perto de casa. O que você acha? Você pode? Marcelo?! Beijo. Passou mais algum tempo e nem ele nem Beatriz apareceram. Marina decide desligar o computador e dar uma ida até o escritório para conferir como se finalizava o novo projeto. Foi até o banheiro e tomou um banho rápido. Se aprontou e saiu por volta de quatro da tarde. Chegou rápido no trabalho, pois o trânsito estava tranquilo. Trabalhou até anoitecer. Estava criando bichos e histórias em relação a Marcelo, a sua sexualidade, a paixão que ele despertava nela, a noite que haviam passado. Resolveu meter a cara no trabalho e trabalhou até anoitecer. Nem mesmo viu o tempo passar. Quando se deu conta já havia anoitecido e estava somente ela e sua assistente no escritório. Deixaram o trabalho do jeito que estava e saíram para comer. Foram até uma lanchonete próxima. Quando chegaram se animaram e pediram algo para beber também. Comeram e beberam. Celebraram o sucesso do projeto e conversaram um pouco. Marina contou sobre a viagem que planejava fazer a México e Cuba à sua assistente, que ouvia entusiasmada. A conversa rendeu um pouco. Depois, se despediram e cada uma foi para sua casa. No caminho de volta para casa, Marina pensou em como havia vencido algumas barreiras que ela mesma se colocava ao cumplicidar sua vida mais pessoal com sua vida no trabalho. Chegou mais rápido em casa do que havia ido enquanto filosofava sobre sua timidez. Subiu o eleveador e quanto mais se aproximava, mais Marina pensava em Marcelo. Abriu a porta do elevador e foi até a porta de Marcelo. Bateu a campainha. Nenhuma resposta. Bateu mais duas vezes e nenhuma resposta. Bateu com a mão na porta algumas vezes e gritou: Marcelo! Marcelô! O silêncio que sobrou depois foi rompido por um choro baixinho que Marina nem mesmo fazia questão de enxugar as lágrimas. Caminhou até a sua casa. Abriu a porta. Entrou e segurou o choro. Olhou em volta. Caminhou até o seu quarto. Deitou na cama e voltou a chorar abraçada com o travesseiro. Dormiu até pouco mais da meia noite. Levantou com a boca seca e foi até a cozinha. Serviu um copo de água e tomou inteiro. Serviu outro e tomou mais um gole. Pegou um pão de forma e comeu com queijo e tomate. Pensava nela chorando antes de domir. Primeiro sentiu raiva de Marcelo. Depois riu dela mesmo. Ligou o computador e foi até o banheiro. Quando voltou, antes mesmo de abrir as janelas que piscavam do msn pensou: Acho que chorei porque queria que o Marcelo me quisesse como eu quero ele. Olha para o computador e vê a janela de Beatriz piscando com três tentativas de se comunicar com ela. Uma no final da tarde, outra mais a noite, e outra a poucos minutos. Em todas elas tentava confirmar o encontro. Na última, comentava que tinham que começara olhar as passagens para comprá-las com antecedência. Marina pensou naquilo e abriu alguns sites para ver preços de passagens. Copiou alguns links e colou para Beatriz. Disse: Talvez não possa amanhã, mas quem sabe no final de semana? Beatriz, off line, não respondeu nada. Marina viu que na janela de Marcelo, que também estava off line, havia um recado do final da tarde: Ei, Mari. Amanhã? Posso a partir das sete. Acho essa lan house bem legal. E vamos marcar de comer alguma coisa nesse final de semana? Tenho um vinho branco maravilhoso!
Beij
Marina achou inusitado, esquisito, surpreendente, atraente e apaixonante. Voltou até a janela de Beatriz e escreveu: Vai dar sim. Vamos marcar amanhã entre sete e oito, que cada um vai chegando a hora que quiser. O que você acha? Volta até a janela de Marcelo e escreve: Vinho branco? Hmm!! Então tá marcado amanhã. Nos vemos lá a partir das sete: Eu, você e a Bia. Beijo. Navegou por mais algum tempo, encontrou outros preços por diferentes rotas. Salvou alguns links e mandou por e-mail para Marcelo e Beatriz. Bebeu mais um copo de água e foi dormir.
Marcelo chegou tarde, pois do lançamento do cd, esticou a noite em uma boite que alguns figuras da hi society estariam. Essa era parte do trabalho de Marcelo que ele mesmo tinha que cativar, pois eram esses que agitavam a noite da capital. Abriu o computador e com meia hora de trabalho e um zunido na cabeça ainda por conta da música alta da boite, Marcelo estava enviando conteúdo para o editor que estava de plantão. Pegou o celular e ligou para o editor. Ele atendeu com a voz sonolenta e disse que já ia terminar. Marcelo pegou uma jarra de água na geladeira e ficou esperando ele ligar para confirmar que havia realmente terminado. Marcelo estava preocupado com o que havia ocorrido pela tarde com o restaurante e queria se assegurar de que tudo estaria correto. Abriu o msn e recebeu uma mensagem de Marina off line: Vinho branco? Hmm!! Então tá marcado amanhã. Nos vemos lá a partir das sete: Eu, você e a Bia. Beijo. Marcelo leu aquilo e sorriu satisfeito. Escreveu para Marina. Me espera que vamos juntos. Tenho pouco trabalho amanhã, passo aqui e vamos juntos. O que você acha? Beijo. Marcelo ficou ali conectado por mais algum tempo até que o telefone tocou. Era o editor dizendo que a página estava fechada e enviada. Ainda falando pelo telefone, Marcelo abriu o e-mail, leu e aprovou. Desligou o telefone, o computador e foi dormir, cantarolando: Amanhã, vai ser outro dia! Amanhã, vai ser outro dia!
sábado, 13 de junho de 2009
Capítulo XXVII - Rotina
O telefone celular de Marcelo não parava de tocar. Marcelo, meio sonolento foi até a sala atrás do telefone. Com a vista um pouco embaçada ele viu que era do jornal. Quando atendeu era trabalho que estava de novo acontecendo na noite da capital. Havia inauguração de um restaurante, de uma boite e um show em plena quarta-feira. Mais algumas casas funcionando com sua rotina normal. Seguidos de um lançamento de cd na quinta-feira. Pré-estréia de um filme de um diretor de Belo Horizonte. E mais a noite bombando também. Marcelo olhou a hora e já era quase três da tarde. Ele desligou o telefone rapidamente e foi até a cozinha. Colocou água para o café e foi até o seu quarto. Tirou a roupa dormida e foi até o banheiro onde se lavou rápido, mal e porcamente. Saiu do banho e voltou até a cozinha. Passou o café e vestiu a primeira roupa que tinha no guarda-roupa. Marcelo já sabia o volume de trabalho que tinha nos próximos dias. Sabia inclusive que sua equipe teria que cobrir todos os eventos, mas ele também. A vida cultural, noturna, boêmia da cidade está em alta. Comenta Marcelo sozinho enquanto terminava de tomar uma xícara de café. Saiu apressado de casa e foi até o trabalho.
Marina se levantou ainda pela manhã e olhou o computador. Nenhuma resposta de Marcelo. Ela começou a achar o comportamento dele pouco interessado. Se arrumou e foi para o trabalho. Haviam alguns pequenos ajustes que o cliente havia pedido a ela e que eram simples de se fazer, mas que somente ela poderia fazê-los. Foi trabalhar com uma pulga atrás da orelha com Marcelo.
Quando Marcelo chegou no jornal, coordenou toda sua equipe com uma estratégia. Estariam sempre em duplas e com uma câmera digital. Marcelo levou com ele o fotógrafo. E reservou para ele os eventos onde sua presença seria mais notada. Deixou as baladas para o resto da equipe. Agendado e coordenado com todos sobre o formato de envio do conteúdo no final da noite, Marcelo organizou o que iria ser publicado nos próximos dias. Os eventos mais importantes óbviamente deveriam estar, mas com tantas casas noturnas funcionando, sempre dava pra dar uma variada e ter assunto importante até o final de semana do que tinha rolado na semana. Marcelo começou a adiantar ali mesmo no trabalho a diagramar alguns formatos para os próximos dias. Era perto das sete da noite quando Marcelo foi para casa tomar um banho decente e se preparar para voltar a trabalhar.
Marina chegou cedo do trabalho. E estava cansada, depois da noite com Marcelo, havia passado outra noite com o computador. Foi até a cozinha e comeu alguns biscoitos. Colou o ouvido na parede e não ouviu nenhum barulho na casa de Marcelo. Ligou o computador e foi até a porta enquanto ele iniciava. Parou de frente a porta e respirou fundo. Deu mais uma respirada funda e abriu a porta. Foi até a porta de Marcelo e tocou a campainha. Esperou por um tempo e tocou outra vez. Esperou por mais algum tempo e voltou a tocar. Desistiu e voltou a sua casa. Quando chegou até o computador, já havia uma respota de Ramón, outra de sua irmã e janelas do msn piscando. Marina leu primeiro a de sua irmã que dizia que tinha muita vontade de viajar com ela, mas que estava prestes a dar algum tempo na Europa. Algumas novas oportunidades iam pintando no velho continente. Marina sorriu ao terminar de ler o e-mail da irmã. Antes de ler o de Ramón abriu todas as janelas do msn que piscavam. Várias pessoas querendo conversar e uma delas era Beatriz, que sugeria de maracarem na sexta-feira, para se encontrarem depois do trabalho. Marina gostou da idéia e disse que poderia ser. Ficaram de se falar no dia seguinte para marcar direito. Marina queria confirmar com Marcelo se ele estaria com ela e tinha dúvidas sobre ele. Despediu-se de Beatriz dizendo que tinha de sair e só delsigou o msn. Ficou ali pensando sobre Marcelo, sobre o grande passo que tinha dado ao se revelar a uma pessoa de seu mundo virtual e que estava superando isso agora com Beatriz também. Leu o e-mail de Ramón e ficou muito feliz. Escreveu a ele contando sobre os próximos planos de viajar com Marcelo e Beatriz e também sobre seu receio de Marcelo não querer mais nada com ela. Desligou o computador após navegar por mais meia hora e foi dormir. Quando deitou na cama, não demorou muito para adormecer e dormir um sono pesado.
Marcelo chegou em casa e foi logo ligando a música. Levou o lap top para o quarto e ligou em umas caixinhas. Foi até o banheiro e ligou o chuveiro para começar a esquentar. Foi até a cozinha e viu que não tinha nada prático e rápido para comer. Pegou o telefone e pediu uma pizza. Entrou para o banho e pouco depois de sair chegou a pizza. Ainda de toalhas recebeu a pizza. Deixou a pizza sobre a bancada da cozinha e voltou até o seu quarto. Se enxugou e colocou um roupão. Levou o lap top para a cozinha e comeu a pizza enquanto navegava na internet. Antes de desligar o computador, Marcelo abre o msn. Olha para o nome de Marina e está off line. Passados uns quatro segundos surge uma mensagem de Marina off line: Marcelo! Preciso combinar com você da gente encontrar com a Beatriz para planejar nossa viagem. Beijo. Marcelo responde: Claro, vamos marcar sim. Quando? Onde? E Marina não responde. Depois de esperar por 10 minutos, Marcelo se deu conta que a mensagem que recebera off line de Marina havia sido enviada de madrugada. Ele desligou o computador e terminou de se aprontar. Saiu de casa e olhou para a porta de Marina. Chamou o elevador e enquanto ele não chegava, Marcelo chegou o ouvido perto da porta de Marina. Não ouviu nem um ruído lá de dentro. O elevador chegou, Marcelo desceu e pegou um táxi para levá-lo primeiro ao lançamento do cd. Do show, ele foi até o restaurante e terminou a noite na boite. Era perto das três da manhã quando ele voltou para casa. Chegou em casa e ligou o computador. Descarregou ele mesmo as fotos desses eventos. Montou a página do jornal. Viu que faltava algo. Abriu seu e-mail e haviam mais dois conteúdos de fotos e notícias. Marcelo pegou o segundo e tirou um pouco de fotos da boite e do restaurante para usá-las em outros dias. Terminou e mandou para o jornal antes das 4 da manhã. Antes de desligar abriu o msn e nenhuma resposta de Marina. Fechou o lap top e foi até a varanda fumar um cigarro. Fumou enquanto pensava na relação que estava contruíndo com Marina. Não sei explicar direito, mas ela me faz bem. Pensa Marcelo. Acho que vou investir mais. Deixa só passar esses dias tumultuados de trabalho que vou lá conversar com ela. Concluiu. Apagou o cigarro. Viu que a noite começava a ficar um pouco mais clara. Olhou para o relógio e a madrugada ia terminando. Foi até o seu quarto e não demorou para domir. Apagou antes mesmo do sol nascer.
Marina se levantou ainda pela manhã e olhou o computador. Nenhuma resposta de Marcelo. Ela começou a achar o comportamento dele pouco interessado. Se arrumou e foi para o trabalho. Haviam alguns pequenos ajustes que o cliente havia pedido a ela e que eram simples de se fazer, mas que somente ela poderia fazê-los. Foi trabalhar com uma pulga atrás da orelha com Marcelo.
Quando Marcelo chegou no jornal, coordenou toda sua equipe com uma estratégia. Estariam sempre em duplas e com uma câmera digital. Marcelo levou com ele o fotógrafo. E reservou para ele os eventos onde sua presença seria mais notada. Deixou as baladas para o resto da equipe. Agendado e coordenado com todos sobre o formato de envio do conteúdo no final da noite, Marcelo organizou o que iria ser publicado nos próximos dias. Os eventos mais importantes óbviamente deveriam estar, mas com tantas casas noturnas funcionando, sempre dava pra dar uma variada e ter assunto importante até o final de semana do que tinha rolado na semana. Marcelo começou a adiantar ali mesmo no trabalho a diagramar alguns formatos para os próximos dias. Era perto das sete da noite quando Marcelo foi para casa tomar um banho decente e se preparar para voltar a trabalhar.
Marina chegou cedo do trabalho. E estava cansada, depois da noite com Marcelo, havia passado outra noite com o computador. Foi até a cozinha e comeu alguns biscoitos. Colou o ouvido na parede e não ouviu nenhum barulho na casa de Marcelo. Ligou o computador e foi até a porta enquanto ele iniciava. Parou de frente a porta e respirou fundo. Deu mais uma respirada funda e abriu a porta. Foi até a porta de Marcelo e tocou a campainha. Esperou por um tempo e tocou outra vez. Esperou por mais algum tempo e voltou a tocar. Desistiu e voltou a sua casa. Quando chegou até o computador, já havia uma respota de Ramón, outra de sua irmã e janelas do msn piscando. Marina leu primeiro a de sua irmã que dizia que tinha muita vontade de viajar com ela, mas que estava prestes a dar algum tempo na Europa. Algumas novas oportunidades iam pintando no velho continente. Marina sorriu ao terminar de ler o e-mail da irmã. Antes de ler o de Ramón abriu todas as janelas do msn que piscavam. Várias pessoas querendo conversar e uma delas era Beatriz, que sugeria de maracarem na sexta-feira, para se encontrarem depois do trabalho. Marina gostou da idéia e disse que poderia ser. Ficaram de se falar no dia seguinte para marcar direito. Marina queria confirmar com Marcelo se ele estaria com ela e tinha dúvidas sobre ele. Despediu-se de Beatriz dizendo que tinha de sair e só delsigou o msn. Ficou ali pensando sobre Marcelo, sobre o grande passo que tinha dado ao se revelar a uma pessoa de seu mundo virtual e que estava superando isso agora com Beatriz também. Leu o e-mail de Ramón e ficou muito feliz. Escreveu a ele contando sobre os próximos planos de viajar com Marcelo e Beatriz e também sobre seu receio de Marcelo não querer mais nada com ela. Desligou o computador após navegar por mais meia hora e foi dormir. Quando deitou na cama, não demorou muito para adormecer e dormir um sono pesado.
Marcelo chegou em casa e foi logo ligando a música. Levou o lap top para o quarto e ligou em umas caixinhas. Foi até o banheiro e ligou o chuveiro para começar a esquentar. Foi até a cozinha e viu que não tinha nada prático e rápido para comer. Pegou o telefone e pediu uma pizza. Entrou para o banho e pouco depois de sair chegou a pizza. Ainda de toalhas recebeu a pizza. Deixou a pizza sobre a bancada da cozinha e voltou até o seu quarto. Se enxugou e colocou um roupão. Levou o lap top para a cozinha e comeu a pizza enquanto navegava na internet. Antes de desligar o computador, Marcelo abre o msn. Olha para o nome de Marina e está off line. Passados uns quatro segundos surge uma mensagem de Marina off line: Marcelo! Preciso combinar com você da gente encontrar com a Beatriz para planejar nossa viagem. Beijo. Marcelo responde: Claro, vamos marcar sim. Quando? Onde? E Marina não responde. Depois de esperar por 10 minutos, Marcelo se deu conta que a mensagem que recebera off line de Marina havia sido enviada de madrugada. Ele desligou o computador e terminou de se aprontar. Saiu de casa e olhou para a porta de Marina. Chamou o elevador e enquanto ele não chegava, Marcelo chegou o ouvido perto da porta de Marina. Não ouviu nem um ruído lá de dentro. O elevador chegou, Marcelo desceu e pegou um táxi para levá-lo primeiro ao lançamento do cd. Do show, ele foi até o restaurante e terminou a noite na boite. Era perto das três da manhã quando ele voltou para casa. Chegou em casa e ligou o computador. Descarregou ele mesmo as fotos desses eventos. Montou a página do jornal. Viu que faltava algo. Abriu seu e-mail e haviam mais dois conteúdos de fotos e notícias. Marcelo pegou o segundo e tirou um pouco de fotos da boite e do restaurante para usá-las em outros dias. Terminou e mandou para o jornal antes das 4 da manhã. Antes de desligar abriu o msn e nenhuma resposta de Marina. Fechou o lap top e foi até a varanda fumar um cigarro. Fumou enquanto pensava na relação que estava contruíndo com Marina. Não sei explicar direito, mas ela me faz bem. Pensa Marcelo. Acho que vou investir mais. Deixa só passar esses dias tumultuados de trabalho que vou lá conversar com ela. Concluiu. Apagou o cigarro. Viu que a noite começava a ficar um pouco mais clara. Olhou para o relógio e a madrugada ia terminando. Foi até o seu quarto e não demorou para domir. Apagou antes mesmo do sol nascer.
sábado, 6 de junho de 2009
Capítulo XXVI - día nO laborable
Quando Marcelo abriu os olhos, Marina já não estava mais ali. Se levantou da cama e viu um bilhete pregado no marco da porta. Levantou e foi até ele. Havia um recado de Marina que dizia:
Tive que ir.
Beijo.
Mari
Marcelo tirou o bilhete da porta e olhou para o relógio. Já eram quase duas tarde. Ele se vestiu e foi para sua casa. Tomou um banho e depois preparou um caprichado café da manhã com omelete de queijo e muito café. Marcelo estava com uma leve ressaca, mas tinha o dia livre para fazer o que quisesse. E isso, era o que ele mais gostava, comia, pensava e descansava no seu tempo. E foi tomar seu café da manhã na varanda . Sentou e comeu enquanto via alguns ônibus e carros passar na rua. O barulho não se ouvia muito e Marcelo ficou olhando as janelas dos prédios da frente da sua casa. Começou pela de Marisa Pietra e não via nada além do cheiro de morte que já utilizara em sua história e foi buscar mais inspiração em outras janelas e viu um cara passar de toalha algumas janelas abaixo, continuou olhando e o cara não voltou. Seguiu olhando outras janelas e em uma delas uma senhora sentada sozinha em uma sala de estar. Marcelo ficou observando e ela permanecia sentada no sofá e sozinha. Marcelo ficou mais algum tempo vendo ela sentada sozinha ali e percebeu que havia somente uma xícara vazia do lado oposto de onde a senhora estava. Foi se inspirando e correu para buscar seu computador. Que interessante, pensa Marcelo, já colocando o lap top na mesa da varanda, acende o seu cigarro e a senhora permanece sozinha. Marcelo abre seu livro e começa a escrever mais em sua história, sua próxima vítima era uma senhora viúva. Quando olha novamente, Marcelo vê um senhor servindo um bule onde ele não havia visto que havia uma xícara por conta de um vaso de plantas na mesinha da sala. O senhor serviu para ele, colocou o bule sobre a mesa e abriu um pouco janela. Marcelo pode ouvir um jazz e escreveu mais em sua história. Sentaram e Marcelo se deu conta que tomavam um chá pois as duas xícaras permaneciam sobre a mesa, após alguns minutos o homem bebericou da dele. Voltou a xícara a até a mesa e ficaram sentados um de frente pro outro conversando. Após mais alguns minutos, a senhora tomou um gole da sua xícara enquanto ele parecia estar falando pela forma como gesticulava. Ele sem parar de gesticular pegou a xícara e tomou um gole do chá também. Assim seguiram por mais de meia hora. Marcelo havia escrito bastante em sua história e voltou para a sala. Ligou o laptop no som. Colocou uma música e foi até a cozinha. Abriu a geladeira e ficou olhando o que tinha pra fazer. Foi até o armário e abriu e viu que tinha pão integral, atum e azeitona e milho. Voltou até a geladeira e viu que tinha verduras e logo pensou em prepara uma bela salada. Ligou o forno e tirou o pão do armário. Colocou sobre a mesa tirou as outras latas e vidros, foi até a geladeira tirou duas alfaces diferentes, uma acelga, cenoura, tomate e maçã. Fechou a porta da geladeira e começou a picar o pão. Colocou em uma bandeja, passou um azeite e salpicou sal e ervas finas. Abriu o forno e viu que estava bem quente. Abaixou a temperatura do forno para a mínima e colocou a bandeja no forno. Marcelo começa todo o processo de descascar e picar. Vai separando cada parte picadinha separada. Antes de terminar vai até o forno e vê que os pães já estão virando crutons. Desliga o forno e volta para terminar de preparar a salada. Pega uma vasilha e começa a colocar os ingredientes. Derrama azeite, vinagre e um pouco de sal e óregano. Abre o forno e tira os crutons quentinhos. Passa eles para um pratinho e começa a misturar a salada. pega um dos crutons e experimenta, acha meio sem sal. Joga alguns no meio da salada e experimenta. Levemente salgada. Voilà ! É assim que eu gosto. Comenta Marcelo. Joga os croutons na salada e mistura tudo. Leva a vasilha até o sofá senta e come nela mesma. Come a vasilha inteira e depois dorme. A música acaba no computador alguns minutos depois.
Marina chega em casa pouco depois das sete, depois de um dia em que teve que terminar um projeto, apresentá-lo para o cliente e depois sair para um happy hour para comemorar o fechamento do projeto. Exausta Marina entra em casa e vai logo tomar um copo de água. Em seguida vai até o quarto. Vê que o bilhete não está mais pregado na porta e que a cama está do jeito que Marcelo havia levantado. Terminar de tomar o copo de água, tira a roupa e deita na cama. Sente o cheiro de Marcelo e adormece exausta.
Passada quase uma hora depois, Marcelo desperta de sua sesta. Levanta e coloca um pouco de água para esquentar. Prepara um filtro de papel na garrafa enquanto a água ferve. Passa o café vai até o seu computador. Liga a música alta. Uma música clássica muito alta de uma coleção especial de um concerto de 3 horas. Levou o café para a sala e serviu antes mesmo de se sentar. Queimando a boca, Marcelo coloca a garrafa de café sobre a mesa. Senta começa a balançar as mãos no ritmo da música. Passadas duas xícaras de café ele teve vontade de ir ao banheiro. Foi até o seu quarto e na volta viu o livro que estava lendo ao lado da cama. Pegou o livro e começou a ler. Achou a história interressante e sentou na cama. Leu duas páginas e foi até a sala buscar mais café. Pegou a garrafa e levou para o quarto. Meio que deitado na cama ficou ali, lendo, fumando e bebendo.
Marina acordou pouco tempo depois que havia se deitado. O som na casa de Marcelo era muito alto. Ela foi até a internet e viu que ele estava off line. Escreveu para ele: Marcelo, poderia abaixar o som por favor, estou cansada e preciso dormir. Beijo. Volta para sua cama e coloca uns fones nos ouvidos com uma música bem lenta e suave que a ópera que Marcelo escutava. Não conseguia dormir. Levantou e foi tomar banho. Fechou a porta do banheiro e com o barulho do chuveiro não se ouvia mais nada do lado de fora. Marina tomou um banho demorado. Quando saiu a música de Marcelo havia se desligado. Ainda sem se vestir foi até a cozinha. Do outro lado nenhum barulho. Abriu o computador e estava escrito: Tudo bem, foi mal! Beijo e boa noite.
Marcelo ficou algum tempo lendo e se entreteve muito pela história. Passou mais de hora ali. Levantou e foi desligar a música pois estava gostando mais do livro que estava lendo. Ele abre o computador, e seu msn off line tinha a mensagem de Marina. Ele responde e desilga o computador. Volta até o seu quarto, deita na cama e volta a se concentrar no livro.
Marina esscreve: Marcelo? E não tem nenhuma resposta do outro lado. Fica ali por algumas horas, e logo algumas pessoas começam a conversar com Marina. E-mails que trazem e levam notícias. Um enorme relato a Ramón sobre o desfecho da história com o Marcelo. Beatriz que ia planejando a viagem junto com Marina que se lembra de enviar um e-mail para sua irmã tentando convencê-la a ir a Cuba e a México. Olha a janela de Marcelo e nenhuma resposta. Volta a planejar a viagem com Beatriz. Depois de algum tempo falando sobre os lugares que gostariam de visitar, sugerem marcar um encontro para planejarem melhor a viagem. As duas se empolgam e sugerem marcar para os próximos dias. Marina está contente com a forma como funcionou sair da sua bolha virtual com Marcelo e está disposta a fazer o mesmo com Beatriz, ainda mais com Marcelo ao seu lado. Antes de desligar o computador, Marina digita para Marcelo: Marcelo! Preciso combinar com você da gente encontrar com a Beatriz para planejar nossa viagem. Beijo. Vai até o seu quarto deita e adormece.
Tive que ir.
Beijo.
Mari
Marcelo tirou o bilhete da porta e olhou para o relógio. Já eram quase duas tarde. Ele se vestiu e foi para sua casa. Tomou um banho e depois preparou um caprichado café da manhã com omelete de queijo e muito café. Marcelo estava com uma leve ressaca, mas tinha o dia livre para fazer o que quisesse. E isso, era o que ele mais gostava, comia, pensava e descansava no seu tempo. E foi tomar seu café da manhã na varanda . Sentou e comeu enquanto via alguns ônibus e carros passar na rua. O barulho não se ouvia muito e Marcelo ficou olhando as janelas dos prédios da frente da sua casa. Começou pela de Marisa Pietra e não via nada além do cheiro de morte que já utilizara em sua história e foi buscar mais inspiração em outras janelas e viu um cara passar de toalha algumas janelas abaixo, continuou olhando e o cara não voltou. Seguiu olhando outras janelas e em uma delas uma senhora sentada sozinha em uma sala de estar. Marcelo ficou observando e ela permanecia sentada no sofá e sozinha. Marcelo ficou mais algum tempo vendo ela sentada sozinha ali e percebeu que havia somente uma xícara vazia do lado oposto de onde a senhora estava. Foi se inspirando e correu para buscar seu computador. Que interessante, pensa Marcelo, já colocando o lap top na mesa da varanda, acende o seu cigarro e a senhora permanece sozinha. Marcelo abre seu livro e começa a escrever mais em sua história, sua próxima vítima era uma senhora viúva. Quando olha novamente, Marcelo vê um senhor servindo um bule onde ele não havia visto que havia uma xícara por conta de um vaso de plantas na mesinha da sala. O senhor serviu para ele, colocou o bule sobre a mesa e abriu um pouco janela. Marcelo pode ouvir um jazz e escreveu mais em sua história. Sentaram e Marcelo se deu conta que tomavam um chá pois as duas xícaras permaneciam sobre a mesa, após alguns minutos o homem bebericou da dele. Voltou a xícara a até a mesa e ficaram sentados um de frente pro outro conversando. Após mais alguns minutos, a senhora tomou um gole da sua xícara enquanto ele parecia estar falando pela forma como gesticulava. Ele sem parar de gesticular pegou a xícara e tomou um gole do chá também. Assim seguiram por mais de meia hora. Marcelo havia escrito bastante em sua história e voltou para a sala. Ligou o laptop no som. Colocou uma música e foi até a cozinha. Abriu a geladeira e ficou olhando o que tinha pra fazer. Foi até o armário e abriu e viu que tinha pão integral, atum e azeitona e milho. Voltou até a geladeira e viu que tinha verduras e logo pensou em prepara uma bela salada. Ligou o forno e tirou o pão do armário. Colocou sobre a mesa tirou as outras latas e vidros, foi até a geladeira tirou duas alfaces diferentes, uma acelga, cenoura, tomate e maçã. Fechou a porta da geladeira e começou a picar o pão. Colocou em uma bandeja, passou um azeite e salpicou sal e ervas finas. Abriu o forno e viu que estava bem quente. Abaixou a temperatura do forno para a mínima e colocou a bandeja no forno. Marcelo começa todo o processo de descascar e picar. Vai separando cada parte picadinha separada. Antes de terminar vai até o forno e vê que os pães já estão virando crutons. Desliga o forno e volta para terminar de preparar a salada. Pega uma vasilha e começa a colocar os ingredientes. Derrama azeite, vinagre e um pouco de sal e óregano. Abre o forno e tira os crutons quentinhos. Passa eles para um pratinho e começa a misturar a salada. pega um dos crutons e experimenta, acha meio sem sal. Joga alguns no meio da salada e experimenta. Levemente salgada. Voilà ! É assim que eu gosto. Comenta Marcelo. Joga os croutons na salada e mistura tudo. Leva a vasilha até o sofá senta e come nela mesma. Come a vasilha inteira e depois dorme. A música acaba no computador alguns minutos depois.
Marina chega em casa pouco depois das sete, depois de um dia em que teve que terminar um projeto, apresentá-lo para o cliente e depois sair para um happy hour para comemorar o fechamento do projeto. Exausta Marina entra em casa e vai logo tomar um copo de água. Em seguida vai até o quarto. Vê que o bilhete não está mais pregado na porta e que a cama está do jeito que Marcelo havia levantado. Terminar de tomar o copo de água, tira a roupa e deita na cama. Sente o cheiro de Marcelo e adormece exausta.
Passada quase uma hora depois, Marcelo desperta de sua sesta. Levanta e coloca um pouco de água para esquentar. Prepara um filtro de papel na garrafa enquanto a água ferve. Passa o café vai até o seu computador. Liga a música alta. Uma música clássica muito alta de uma coleção especial de um concerto de 3 horas. Levou o café para a sala e serviu antes mesmo de se sentar. Queimando a boca, Marcelo coloca a garrafa de café sobre a mesa. Senta começa a balançar as mãos no ritmo da música. Passadas duas xícaras de café ele teve vontade de ir ao banheiro. Foi até o seu quarto e na volta viu o livro que estava lendo ao lado da cama. Pegou o livro e começou a ler. Achou a história interressante e sentou na cama. Leu duas páginas e foi até a sala buscar mais café. Pegou a garrafa e levou para o quarto. Meio que deitado na cama ficou ali, lendo, fumando e bebendo.
Marina acordou pouco tempo depois que havia se deitado. O som na casa de Marcelo era muito alto. Ela foi até a internet e viu que ele estava off line. Escreveu para ele: Marcelo, poderia abaixar o som por favor, estou cansada e preciso dormir. Beijo. Volta para sua cama e coloca uns fones nos ouvidos com uma música bem lenta e suave que a ópera que Marcelo escutava. Não conseguia dormir. Levantou e foi tomar banho. Fechou a porta do banheiro e com o barulho do chuveiro não se ouvia mais nada do lado de fora. Marina tomou um banho demorado. Quando saiu a música de Marcelo havia se desligado. Ainda sem se vestir foi até a cozinha. Do outro lado nenhum barulho. Abriu o computador e estava escrito: Tudo bem, foi mal! Beijo e boa noite.
Marcelo ficou algum tempo lendo e se entreteve muito pela história. Passou mais de hora ali. Levantou e foi desligar a música pois estava gostando mais do livro que estava lendo. Ele abre o computador, e seu msn off line tinha a mensagem de Marina. Ele responde e desilga o computador. Volta até o seu quarto, deita na cama e volta a se concentrar no livro.
Marina esscreve: Marcelo? E não tem nenhuma resposta do outro lado. Fica ali por algumas horas, e logo algumas pessoas começam a conversar com Marina. E-mails que trazem e levam notícias. Um enorme relato a Ramón sobre o desfecho da história com o Marcelo. Beatriz que ia planejando a viagem junto com Marina que se lembra de enviar um e-mail para sua irmã tentando convencê-la a ir a Cuba e a México. Olha a janela de Marcelo e nenhuma resposta. Volta a planejar a viagem com Beatriz. Depois de algum tempo falando sobre os lugares que gostariam de visitar, sugerem marcar um encontro para planejarem melhor a viagem. As duas se empolgam e sugerem marcar para os próximos dias. Marina está contente com a forma como funcionou sair da sua bolha virtual com Marcelo e está disposta a fazer o mesmo com Beatriz, ainda mais com Marcelo ao seu lado. Antes de desligar o computador, Marina digita para Marcelo: Marcelo! Preciso combinar com você da gente encontrar com a Beatriz para planejar nossa viagem. Beijo. Vai até o seu quarto deita e adormece.
Assinar:
Postagens (Atom)