Alguns dias e uns desencontros depois, Marcelo, ao final de um dia de trabalho terminado mais cedo, consegue organizar-se para falar com Marinis. Pega sua agenda e busca pelo telefone do delegado. Ao abrir a agenda cai o bilhete anônimo que recebera alguns dias antes da morte de seu pai. Como passara uns dias totalmente envolvido com o trabalho na tentativa de não ser nostálgico em relação ao pai, Marcelo havia ocupado seu tempo, sua cabeça e sua rotina com tudo que se podia inventar. Cinema, corridas, notas sociais de gaveta, um pouco mais de conteúdo em seu romance. Vinho. E quando bebia, se permitia eventualmente fumar. Às vezes era o fumo que convidada à beber. Se fechou em si por alguns dias o jornalista recém meio órfão. Revendo conceitos, valores e repassando a vida enchendo-se de atividade, faltou tempo a Marcelo para retornar o tão breve contato que tinha tido com Marinis no dia que soube da morte de seu pai. Voltando aos poucos a vida no seu relativo equilíbrio que levava, seu sangue voltava a fervilhar de vontade de participar mais ativamente no caso do assassinato que havia despertado o interesse do delegado. Marinis já havia tentado encontrar com Marcelo quatro vezes em 20 dias e o encontro não acontecera por parte de Marcelo. Ao pegar o bilhete no chão, Marcelo voltou a se lembrar do mistério que envolvia a pessoa que havia tocado campainha à sua porta e deixado aquele bilhete. O lançou a mesa e já com telefone entre o ombro e a orelha discou os números do telefone de Marinis. Não demorou muito para atender do outro lado, mas mesmo o pouco tempo que demorou foi suficiente para que Marcelo acendera um cigarro. Marinis disse que estava esperando para encontrá-lo sim. E que na verdade adoraria ver a vista que Marcelo tinha do edifício de frente do apartamento de Marcelo. Marcelo já estava de saída do jornal e não demorou em responder que poderiam se encontrar lá dentro de uma hora. E quando já estavam por se despedir, Marcelo grita em um tom de quem acabara de descobrir algo: É mulher! Marinis assustado ao outro lado da linha questiona a frase tão inusitada de Marcelo, que reduz a história dizendo que não era nada, um bilhete romântico que tinha recebido há alguns dias. Marinis riu um pouco desconcertado e foi seguido de uma risada despretensiosa de Marcelo. Se despediram e Marcelo ainda repetiu: Em uma hora.
Com o bilhete nas mãos, Marcelo havia se dado conta que a caligrafia era muito feminina e que só poderia ser de uma mulher. Mas quem? Tocara à campainha sem passar pelo porteiro. Mas também esses porteiros do centro para tudo tem um motivo para dar um pulinho na rua. Inquieto por aquele modesto mistério que envolvia um tom romântico, voltou a guardar o bilhete em sua agenda e agora o prendera com um clip. Foi do jornal até sua casa dividido em pensamentos a respeito do assassinato que voltara a ser assunto dentro da sua cabeça e também do bilhete que tinha um ar que lhe instigava a investigar quem seria aquela indefinida figura que se manifestara tão carinhosamente em relação a ele. Mas quando chegou a sua casa, já estava totalmente envolvido novamente em a janela de luz acesa, do strip tease. Finalmente se envolveria em um caso policial e poderia utilizar seu verdadeiro prazer enquanto jornalista, a investigação atrás da informação, e nesse caso, de um homicídio que o destino havia lançado em seu caminho.
Não tardou para que Marinis chegara depois da hora marcada. Não era britânico no horário por pura educação. Chegou uns 8 minutos depois da hora que tinha marcado com Marcelo. Quando chega cumprimenta a Marcelo e pergunta sobre o pai de Marcelo. Ele responde que foi um susto. Mas que também foi o rito que é a passagem de alguém tão próximo. Que já não tinha mais vontade de falar daquilo, se o delegado não se importasse. Ao ser chamado de delegado, Marinis interrompe a Marcelo e diz: Claro, desculpa por ter perguntado. Mas com uma condição, delegado não é preciso, pode me chamar de Marinis. Marcelo sorriu concordando. Marinis decidiu respeitar o pedido de Marcelo, ainda que uma pulga havia se instalado em sua orelha. Marcelo havia dito que foi um susto, o que não correspondia com seu estado ansioso no café algumas semanas atrás. Mas Marinis não tinha opção de movidas em seu tabuleiro naquele momento e sem muita cerimônia pediu a Marcelo que lhe mostrasse a janela que já haviam falado sobre ela. Marcelo levou Marinis até sua varanda e apontou para a janela. Marinis ficou alguns minutos olhando sem dizer uma única palavra. Marcelo estava contando sobre o número de vezes e o intervalo de horas que havia visto a luz acesa através da janela. Marinis demorou um pouco, mas retornou a si interrompendo Marcelo e dizendo que aquela era a janela do quarto onde haviam encontrado a moça morta. Marcelo diz que tem algo mais que contar e revela que vira um strip tease naquela fatídica noite. Marinis se interessa pela história mas antes confirma com Marcelo se havia sido naquela noite mesmo. Como ele poderia ter tanta certeza? E ele responde que lembra muito bem porque foi no dia que tinha tido uma briga no ButeKim e todo o barraco na rua tinha sido inspiração para um livro que estava escrevendo. Marinis acaba revelando a Marcelo que aquela briga daquele dia tinha aberto um novo caso em sua seção na delegacia e procuravam pelos assassinos de um tipo com algumas passagens pela prisão e delegacia que atendia pelo nome de Naldo. Marcelo disse que nunca tinha ouvido falar. E comenta que haviam sido dois assassinatos no mesmo dia. E Marinis desabafa, pois é, mas o do Naldo pelo menos já sei quem foi. Já o da moça degolada de frente a sua janela, ainda não tenho nenhuma pista de por onde começar a buscar esse assassino. Marcelo o interrompe e diz que se já sabia o assassino do outro logo que pegassem o assassino o caso se daria por encerrado. Marinis, já sentindo-se mais à vontade em conversar com Marcelo, e permitindo-se alguma intimidade na intenção de utilizar o toque investigativo jornalístico de Marcelo, resolve dar-lhe crédito, ignorando as recomendações do detetive Adriano que lhe alertara do excesso de vontade de Marcelo poder fazer parte de suas criações ao invés de ajudar. Marinis resolvera dar esse crédito e acabou revelando a Marcelo todo o caso que suspeitava da equipe da narcóticos. Mas não tinha provas. E o delegado daquela seção já havia solicitado o trabalho da corregedoria no seu departamento. Marcelo percebeu que aquela confissão de questões profissionais por parte de Marinis era um passo que estreitava a relação deles. Marcelo disse a Marinis que tentaria escrever tudo o que tinha de registro daquela noite e daquela janela, inclusive o pouco que havia visto do strip. Ia tentar colocar o máximo de detalhes no papel, onde melhor organizava suas idéias. Marinis se deu por satisfeito, já que estava ali dando um crédito à veia investigativa de Marcelo, tinha que permitir que ele reunisse toda a informação que poderia lhe passar tomando o tempo que lhe fosse necessário para organizá-la e compilá-la. Marinis se despediu de Marcelo e deixou um auto convite, dizendo que seria interessante se pudesse voltar um outro dia para ver a vista da janela de Marcelo e conversar mais sobre aquela madrugada. Marcelo entusiasmou-se e deixou aflorar mais seu lado feminino, mas logo reassumiu sua postura tradicional. Ao ouvir a porta trancar, Marcelo estirou-se no sofá e pensativo escutou o elevador chegar, a porta se abrir, Marinis entrar e o barulho ir tornando-se mais distante a vez que o elevador chegava ao solo. No sofá, Marcelo passou algumas horas vendo escurecer a cidade e também seu apartamento sem acender nenhuma luz. Reflexivo ficou até que adormeceu.
Era uma vez um blog... Um espaço onde o autor escreve um livro on line. Livro: Pela Janela - Romance Policial .. Os capítulos estão à direita dessa página..
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
segunda-feira, 23 de julho de 2007
Capítulo XI - Voltas
Marinis acomodou-se na cama e olhou para a mulher. Ela olhou para ele começou a se despir suavemente. Fazia um jogo de strip em que não terminava de ficar totalmente pelada. Marinis olhou-a nos olhos e perguntou: É nova na casa, hein? Ela disse que sim. Ele disse: Ótimo! E onde você esteve esse tempo todo, em gatinha?! Ela, reponde que nas ruas e dando golpes, comenta inocente. Marinis se enche de segurança de ser realmente ela a pessoa que procurava. A descrição batia um pouco com o que lhe havia dito Giuliani então Marinis chamou a moça até a cama, fez com que sentasse e se apresentou como investigador da homícidios e queria saber o que tinha acontecido em uma quinta-feira no ButeKim, em que havia tido gente golpeada com talheres e viatura de polícia. E quando Marinis disse viatura de polícia, a moça respirou em um ritmo mais tranquilo. Ele então lhe perguntou se ela estava bem? Ela disse: O senhor falou, homícidios? Marinis se dando conta confirmou que sim. Ela voltou a ter uma expressão de preocupada e foi quando tomou a iniciativa e disse: Doutor, já que o senhor é da homícidios, agora eu fiquei preocupada. Onde é que tá o Arnaldo? Arnaldo? Marinis respondeu com outra pergunta. Ela disse é, o pessoal chama ele de Naldo, mas o nome dele é Arnaldo. E Marinis se deu conta de que o parceiro de golpes dela era esse tal de Naldo. Algum tempo depois se deu conta que deveria ser o cafetão também, já que ela estava recém chegada ao puteiro. Ela lhe descreveu o Naldo e disse que ele estava completamente desparecido desde aquele dia dessa briga. Que o menino furou ele, mas foi com um garfo e que isso não o mataria. Marinis hesitou suas previsões de estar preso sem registro em uma cadeia qualquer, de ter sido morto e então entendeu a aflição da moça em relação a ele ser da homícidios. Pensou que talvez ela pudesse ajudá-lo a chegar nos policiais que estiveram naquela rua naquela noite. E a verdade é que com interesse dela em saber o paradeiro de Naldo, foi como uma pescaria, isca no anzol, e peixe. Ela não só sabia quem era o policial, irmão de Renato, como também outro membro de sua equipe. Com os nomes bem anotados, Marinis tomou nota também do nome da moça e seu telefone de contato. Disse que se tivesse notícia entraria em contato para informá-la. Se despediram e antes de ir Marinis pode ver os olhos da moça vermelhos e cheios de água.
Saiu e foi direto para a delegacia. No computador verificou os nomes e encontrou os dois detetives. Quando buscou por Arnaldo Naldo, encontrou uma ficha que mereceria respeito para a profissão de bandido. Mas nada nos últimos dias. Tinha sido preso por um dia por ofensa polícial. Esse era o último dos seus delitos. Mas Marinis não se deu por satisfeito e foi ler o boletim de ocorrência da prisão. Nada demais. E havia sido preso na porta da própria casa onde morava. Marinis parou para um café. Café e um pouco de sudoku depois, Marinis senta-se novamente a frente do computador e verifica o resgistro de quem prendera a Naldo, e encontra uma conicidência em ser outro detetive do mesmo setor dos outros dois. Muita concidência é porque há verdade. Marinis tinha três nomes de detetives que estavam envolvidos em desententimentos com um bandidão de nome Naldo e precisava de informação sobre o que eles poderiam ter visto de anormal naquela noite. Difícil processo de abrodagem, mas não demorou para Marinis perceber quem era o grupo. Eram seis, e um deles sempre coordenava a divisão em duplas ou trios. Para Marinis restavam poucas opções, não deveria chegar diretamente a nenhum dos que tinha os nomes. Na verdade não deveria chegar diretamente ao irmão de Renato, o mais envolvido emocionalmente no caso, também não deveria tentar pelo detetive envolvido na prisão. Menos ainda com o delegado que não coincidia com nenhum dos três nomes que tinha. Mas um curiosidade ainda maior era o que lhe aguardava o outro nome de detetive que tinha, era um nome que lhe parecia familiar. Gustavo Berlini. Onde já tinha escutado aquele nome? Se perguntava, foi quando viu passar um velho colega de academia de formação policial se aproximar do grupo com uma xícara de café na mão. Se espantou em ver que havia conhecido e sido colega de um deles. Hesitou alguns segundos antes de aproximar-se dele, e foi quando lembrou que esse nome era um dos que a prostituta tinha lhe dito estar presente naquela quinta-feira. Então, com mais tato e cuidado aproximou-se de Gustavo como que apenas para cumprimentá-lo. Falaram sobre como ia o trabalho, um pouco da família e ficou por isso. Marinis disse que precisava falar com o delegado e que talvez Gustavo pudesse ajudá-lo. Gustavo, assentiu que sim e Marinis foi até a sala do delegado. Chegando lá, fechou a porta se apresentou como delegado da homícidios e explicou o caso que aconteceu no bar para o delegado, que lhe perguntou espantado: Mas se aqui é a Narcóticos e o senhor é da Homícidos, o que agente tem a ver com golpe de prostituta e a briga? Pela reação de espanto do delegado, Marinis se deu conta que ele não participara e talvez até não soubera tudo que sua equipe fazia, foi quando lhe contei sobre o envolvimento de três membros de sua equipe com o desaparecido Naldo. Ele assustado solicitou os nomes e verificou que a última prisão de Naldo tratava-se uma abordagem do detetive que iria prendê-lo como usuário e que ele reagiu e desacatou a autoridade. Os dois delegados conversaram durante algum tempo. Marinis explicou ao colega que aquele era um novo caso e que ainda não se constatava homicídio, pois não tinha um morto. Apenas um desaparecido. Que o caso no qual ele realmente estava envolvido era do assassinato que ocorrera naquela mesma noite e que acha que pode conseguir mais informações com um velho colega. Pediu ao delegado que lhe desse mais alguns dias e que ia tentar conseguir informações com Gustavo e depois tratavam de tentar descubrir o que havia passado com Naldo. O delegado concordou, e aproveitou para ganhar tempo para pensar em como ia seu departamento. Nos homens que tinha ao seu lado trabalhando. Afinal, eram uma equipe. Marinis saiu pela porta e foi em direção a Gustavo que tomava outro café. Pegou uma xícara também e disse: E aí? Muito trabalho hoje? Gustavo disse que não, que estava tomando aquele café e indo embora. Marinis, oportunista, aproveitou o momento e convidou Gustavo para irem tomar uma cerveja, beliscar algo e conversar um pouco mais. Gustavo disse que não, que tinha um compromisso. Depois voltou atrás e disse que sim. Que umas duas cervejinhas dava para tomar antes de ir ao seu compromisso. Marinis disse: Opa, hoje eu convido! Vamos em um bar que tem a melhor porção de frango à passarinho com alho de toda a cidade. Gustavo sorriu com entusiasmo e disse: Então o que estamos esperando? E sairam os dois da delegacia.
Foram no carro de Marinis e em poucos minutos estavam na porta do ButeKim. Desceram do carro, entraram, Marinis cumprimentou a Kim, a Giuliani e sentaram em uma mesa mais ao fundo. Gustavo ficou impressionado com Marinis conhecer ao dono do bar e a um garçom. Acreditou que Marinis era relamente frequentador daquele lugar e relaxou. Três cervejas mais, Gustavo chama Giuliani e diz: Moço, trás mais uma e outra de frango a passarinho. Marinis aproveitou para brincar com o colega: Então, é boa ou não é? E ele disse que sim. Meia porção comida, Gustavo pergunta a Marinis como ele tinha descuberto aquele bar. E Marinis disse que estava investigando um caso que tinha ocorrido em um edifício naquela rua. Gustavo assentiu positivamente e continuou a comer. Marinis lhe interrompeu e disse: Lembra que te disse que talvez você possa me ajudar? Pois sei que você esteve aqui naquela quinta-feira pois frequentadores do bar disseram da presença de policiais e seu nome foi citado e -emendando sem tomar folêgo - queria saber se por acaso você viu alguma de anormal, estranho o que lhe chamasse a atenção na rua que não fosse a briga na porta do bar. Gustavo consertou a expressão incial de susto pensando que Marinis soubesse ou estivesse a procura de Naldo e fez-se pensativo: Hmm! Deixa ver. acho que nad... Marinis o interrompeu e perguntou: Olha, o fato é que não encontrei registo da sua visita aqui e portanto não sei a hora. A que horas foi que esteve aqui mesmo? E Gustavo disse que perto das 3 da manhã. Marinis deu um suspiro incontente que foi logo percebido por Gustavo, que o perguntou o porque dessa reação. Ele disse que sua vítima tinha morrido às 7:30 da manhã, aproximadamentes. Marinis deixou Gustavo na metade do caminho entre o ButeKim e a delegacia. Parecia que seu compromisso era perto da delegacia. Marinis foi para casa com a dupla tristeza de não ter desenvolvido muita coisa na solução do caso de homícidio e confirmando que seu colega estava realmente envolvido no desaparecimento de Naldo. Mas ainda tinha uma pergunta mais: E o tal do Marcelo?
Saiu e foi direto para a delegacia. No computador verificou os nomes e encontrou os dois detetives. Quando buscou por Arnaldo Naldo, encontrou uma ficha que mereceria respeito para a profissão de bandido. Mas nada nos últimos dias. Tinha sido preso por um dia por ofensa polícial. Esse era o último dos seus delitos. Mas Marinis não se deu por satisfeito e foi ler o boletim de ocorrência da prisão. Nada demais. E havia sido preso na porta da própria casa onde morava. Marinis parou para um café. Café e um pouco de sudoku depois, Marinis senta-se novamente a frente do computador e verifica o resgistro de quem prendera a Naldo, e encontra uma conicidência em ser outro detetive do mesmo setor dos outros dois. Muita concidência é porque há verdade. Marinis tinha três nomes de detetives que estavam envolvidos em desententimentos com um bandidão de nome Naldo e precisava de informação sobre o que eles poderiam ter visto de anormal naquela noite. Difícil processo de abrodagem, mas não demorou para Marinis perceber quem era o grupo. Eram seis, e um deles sempre coordenava a divisão em duplas ou trios. Para Marinis restavam poucas opções, não deveria chegar diretamente a nenhum dos que tinha os nomes. Na verdade não deveria chegar diretamente ao irmão de Renato, o mais envolvido emocionalmente no caso, também não deveria tentar pelo detetive envolvido na prisão. Menos ainda com o delegado que não coincidia com nenhum dos três nomes que tinha. Mas um curiosidade ainda maior era o que lhe aguardava o outro nome de detetive que tinha, era um nome que lhe parecia familiar. Gustavo Berlini. Onde já tinha escutado aquele nome? Se perguntava, foi quando viu passar um velho colega de academia de formação policial se aproximar do grupo com uma xícara de café na mão. Se espantou em ver que havia conhecido e sido colega de um deles. Hesitou alguns segundos antes de aproximar-se dele, e foi quando lembrou que esse nome era um dos que a prostituta tinha lhe dito estar presente naquela quinta-feira. Então, com mais tato e cuidado aproximou-se de Gustavo como que apenas para cumprimentá-lo. Falaram sobre como ia o trabalho, um pouco da família e ficou por isso. Marinis disse que precisava falar com o delegado e que talvez Gustavo pudesse ajudá-lo. Gustavo, assentiu que sim e Marinis foi até a sala do delegado. Chegando lá, fechou a porta se apresentou como delegado da homícidios e explicou o caso que aconteceu no bar para o delegado, que lhe perguntou espantado: Mas se aqui é a Narcóticos e o senhor é da Homícidos, o que agente tem a ver com golpe de prostituta e a briga? Pela reação de espanto do delegado, Marinis se deu conta que ele não participara e talvez até não soubera tudo que sua equipe fazia, foi quando lhe contei sobre o envolvimento de três membros de sua equipe com o desaparecido Naldo. Ele assustado solicitou os nomes e verificou que a última prisão de Naldo tratava-se uma abordagem do detetive que iria prendê-lo como usuário e que ele reagiu e desacatou a autoridade. Os dois delegados conversaram durante algum tempo. Marinis explicou ao colega que aquele era um novo caso e que ainda não se constatava homicídio, pois não tinha um morto. Apenas um desaparecido. Que o caso no qual ele realmente estava envolvido era do assassinato que ocorrera naquela mesma noite e que acha que pode conseguir mais informações com um velho colega. Pediu ao delegado que lhe desse mais alguns dias e que ia tentar conseguir informações com Gustavo e depois tratavam de tentar descubrir o que havia passado com Naldo. O delegado concordou, e aproveitou para ganhar tempo para pensar em como ia seu departamento. Nos homens que tinha ao seu lado trabalhando. Afinal, eram uma equipe. Marinis saiu pela porta e foi em direção a Gustavo que tomava outro café. Pegou uma xícara também e disse: E aí? Muito trabalho hoje? Gustavo disse que não, que estava tomando aquele café e indo embora. Marinis, oportunista, aproveitou o momento e convidou Gustavo para irem tomar uma cerveja, beliscar algo e conversar um pouco mais. Gustavo disse que não, que tinha um compromisso. Depois voltou atrás e disse que sim. Que umas duas cervejinhas dava para tomar antes de ir ao seu compromisso. Marinis disse: Opa, hoje eu convido! Vamos em um bar que tem a melhor porção de frango à passarinho com alho de toda a cidade. Gustavo sorriu com entusiasmo e disse: Então o que estamos esperando? E sairam os dois da delegacia.
Foram no carro de Marinis e em poucos minutos estavam na porta do ButeKim. Desceram do carro, entraram, Marinis cumprimentou a Kim, a Giuliani e sentaram em uma mesa mais ao fundo. Gustavo ficou impressionado com Marinis conhecer ao dono do bar e a um garçom. Acreditou que Marinis era relamente frequentador daquele lugar e relaxou. Três cervejas mais, Gustavo chama Giuliani e diz: Moço, trás mais uma e outra de frango a passarinho. Marinis aproveitou para brincar com o colega: Então, é boa ou não é? E ele disse que sim. Meia porção comida, Gustavo pergunta a Marinis como ele tinha descuberto aquele bar. E Marinis disse que estava investigando um caso que tinha ocorrido em um edifício naquela rua. Gustavo assentiu positivamente e continuou a comer. Marinis lhe interrompeu e disse: Lembra que te disse que talvez você possa me ajudar? Pois sei que você esteve aqui naquela quinta-feira pois frequentadores do bar disseram da presença de policiais e seu nome foi citado e -emendando sem tomar folêgo - queria saber se por acaso você viu alguma de anormal, estranho o que lhe chamasse a atenção na rua que não fosse a briga na porta do bar. Gustavo consertou a expressão incial de susto pensando que Marinis soubesse ou estivesse a procura de Naldo e fez-se pensativo: Hmm! Deixa ver. acho que nad... Marinis o interrompeu e perguntou: Olha, o fato é que não encontrei registo da sua visita aqui e portanto não sei a hora. A que horas foi que esteve aqui mesmo? E Gustavo disse que perto das 3 da manhã. Marinis deu um suspiro incontente que foi logo percebido por Gustavo, que o perguntou o porque dessa reação. Ele disse que sua vítima tinha morrido às 7:30 da manhã, aproximadamentes. Marinis deixou Gustavo na metade do caminho entre o ButeKim e a delegacia. Parecia que seu compromisso era perto da delegacia. Marinis foi para casa com a dupla tristeza de não ter desenvolvido muita coisa na solução do caso de homícidio e confirmando que seu colega estava realmente envolvido no desaparecimento de Naldo. Mas ainda tinha uma pergunta mais: E o tal do Marcelo?
quarta-feira, 30 de maio de 2007
Capítulo X - Tias
Velório pela tarde. Almoço com defunto em casa é lanche. Ricardo logo se interou com Gabriela do estado que estava seu pai, de suas teimosias em procurar tratamento médico e de se fechar sobre o problema achando que o resolveria a sua maneira. Ricardo teve uma longa conversa com Marcelo. sobre a vida e o futuro. Ao final chegaram ao acordo que os dois também tinha muito da teimosia e do individualismo de seu pai. Que pouco conversavam sobre as coisas pessoais da própria vida. Que na verdade mal se falavam e que pouco sabiam um do outro. A tia Judite interrompeu a conversa com um forte abraço em Ricardo quase obrigando os dois a almoçarem algo. A insistência da tia não precisou ser muito perssuassiva pois a final estavam os dois com fome e depois de um estúpido " daqui a pouco vamos lá" de Marcelo que olhou para Ricardo e disse enquanto sua tia saia e falava para outro canto "Come!" com um ô alongado: Quer saber, que depois que nada, vamos logo e beliscamos algo pelo menos que nem tenho muita fome. Saco vazio não para em pé. E, temos que continuar, né?. Ricardo assentiu com a cabeçå, sorriu com os olhos cheios de lágrimas e disse que Marcelo tinha uma estrela que brilhava. Na cozinha, a tia Judite colocava tampa em algumas panelas e panos de prato sobre algumas vasilhas. A primeira panela que Marcelo abriu tinha feijão com farinha e ovo. A outra tinha salsicha com molho vermelho. Em uma vasilha sobre a mesa Ricardo destampava um pano sobre uma vasilha de arroz, outra com batata pallha e uma cesta com pães e algumas sobra de pão de queijo. Marcelo viu aquilo e disse:Hmmm! tive uma idéia. Pegou um prato, pegou uma salsicha, partiu e comeu dentro de um pão de queijo. Ricardo sorriu emocionado novamente olhando para o irmão e disse que adorava aquela cabeça aberta que Marcelo consegui ter, ainda que insistisse em negá-la. "Você é capaz de absorver a necessidade de adaptação e começar a aplicá-la sem nem mesmo ter consciência." Marcelo soltou um Quê!? E Ricardo falou de como modificou rapidamente sua maneira de pensar depois que a tia chamou para comer. Marcelo riu. Fez outro pão de queijo com salsicha. Olhou para o lado e viu sua tia acendendo o fogo e esquentando a salsicha, o feijão. Disse a Ricardo leventando outro pano de prato desvendando alguns pratos e talheres: E quer saber? Vou mesmo é almoçar! Mal terminava a frase e tia Judite já tinha uma outra panela no fogo enquanto pegava a vasilha com o arroz. Marcelo acompanhou sua tia colocando o arroz na panela e disse: Transmissão, hein tia?
O computador não tinha nenhum relato daquele dia. Mas Marinis não se contentava em mais um dia sem que o caso se desenrolasse. Voltou até o ButeKim e Giuliani ainda não havia chegado. O bar estava em festa. Kim dava uma talagada de cacahaça grátis pra qualquer uma que pedisse algo de comer. Seu primeiro filho nascera, prematuro. Marinis foi até Kim e porção e pinga pra dentro, logo soube do nascimento da pequena princesinha que nascera na casa do anfitrião. Kim explicou a Marinis que era uma menina e nem ele nem sua mulher quiseram saber o sexo do bebê até a hora do nascimento. Como a bebê nascera prematura, ficaria internada alguns dias no hospital e se não fossse trabalhar ficaria louco dentro do hospital. Sua mulher tomou alguns comprimidos para dormir e assim que sua cunhada chegou, foi ao bar comemorar o nascimento da nova cria. Marinis, impaciente teve que esperar toda a euforia de Kim ao contar tudo o que aconteceu. Passando pelo parto ao alarme falso da noite anteriror. Quando Kim enfim contou e recontou algumas partes do fato, Marinis conseguiu um pouco de sua atenção de maneira mais reservada quando ele lhe trouxe a conta. Marins se apresentou como delegado e que precisava do contato com Giuliani. Kim, assustado negou que Giuliani não tinha telefone. Marinis logo percebeu pela cara de Kim quão assustado ele havia ficado sabendo que um delegado da homícidios procurava um funcionário seu. Explicou que tratava-se de um caso que tinha acontecido ali perto em um dia que o rapaz estava trabalhando. Mencionou a nota no jornal e Kim se lembrou de ter lido mesmo algo que fazia referência à rua de seu bar. Kim levou a conta com o dinheiro e pediu licença. Voltou com o troco sobre um pires e deixou sobre o balcão. Marinis olhou para os quarenta e poucos reais sobre o pires, olhou para Kim, sorriu e se despediu. Kim o interrompeu antes de dar o segundo passo em direção à saída. "Doutor, me desculpa. O senhor, sabe, né? Toma aqui" e terminando de anotar o telefone de Giuliani em um papel do bloco de pedidos, se desculpa e se dispõe a ajudar no que puder. Chegam mais frequentadores do bar e Kim volta a eles para contar da novidade de sua filha. Marinis saiu e ligou no telefone celular de Giuliani. Ele muito solicito disse que sabia sim quem era a prostituta. Mas que ela não devia de estar fazendo ponto àquela hora. Indicou ao delegado onde era o ponto delas bem perto dali. Marinis foi até o ponto, mesmo discrente de encontrá-la, mas ainda assim encontrou ali algumas de suas colegas de profissão. Depois de algumas investidas, cantadas e outra onça a menos na sua carteira, descubriu que a tal golpista que o cafetão tinha desaparecido acabava de integrar-se a um puteiro perto dali. Não foi difícil chegar ao puteiro, mas saber quem era a puta seria um pouco mais. Foi logo fazendo-se de cliente e pedindo pra entrar. Quando entrou, com a primeira prostituta no quarto, viu que em um outro quarto, durmiam no chão umas doze prostitutas. Antes de comecar qualquer coisa perguntou à mulher se elas moravam ali. Ela respondeu que só por doze horas, que as outras doze elas ficavam na rua trabalhando para pagar a moradia e a comida ali. Que algumas, como ela faziam hora extra enquanto podiam estar durmindo na própria casa. Alugavam um quarto vazio da cafetina e cobravam pela transa. Marinis inventou uma desculpa sobre os cabelos loiros da mulher e disse que queria uma ruiva. A mulher disse que não podia e ele foi falar com a cafetina. Quando entrou no quarto, a mulher ouvia uma velha canção francesa, só vestia parte debaixo de uma saia e estava sentada fumando ao lado de uma janela. Ela se assustou com a entrada de Marinis e da prostituta que corria atrás dele gritando que ele não poderia entrar ali daquela maneira. Ele se constrangiu ao ver a cafetina, ainda que tivesse seus quarenta e poucos anos, ainda tinha um corpo bem bonito. Ela percebendo seu contragimento ordenou em um tom bravo que a muher se fosse do quarto e no mesmo tombravo ordenou que ele ficasse. "Não é o primeiro, nem o segundo, nem o centésimo que me vê assim. Já tô acostumada. agora espero que seja importante para o senhor entrar aqui dessa maneira", esbravejou a cafetina com Marinis. Ele disse que queria o que ela tivesse de mais novo na casa. Que era a primeira vez que ia uma casa daquelas e que tinha uma tara de que a mulher fosse nova. A cafetina retrucou, perguntando se ele queria uma menina pouco experiente. E disse que assim tinha poucas. Ele disse que não, que sua tara era de como ele fosse frequentador do lugar e agora houvesse uma recém-chegada ali. A cafetina, mais interessada em garantir o dela, disse: Cada um com as suas taras. Mas isso vai te custar um pouco mais caro. Ele aceitou, pagou adiantado a comissão da cafetina e ela se levantou da cadeira e com os peitos de fora foi até o quarto onde durmiam as outras prostitutas. Chamou uma mulher que durmia em um colchonete no meio do quarto. Ela acordou, falou algumas coisas com a cafetina que levantou e levou Marinis até o quarto. Alguns minutos depois entrava a prostituta toda maquiada e com outra roupa no quarto.
O computador não tinha nenhum relato daquele dia. Mas Marinis não se contentava em mais um dia sem que o caso se desenrolasse. Voltou até o ButeKim e Giuliani ainda não havia chegado. O bar estava em festa. Kim dava uma talagada de cacahaça grátis pra qualquer uma que pedisse algo de comer. Seu primeiro filho nascera, prematuro. Marinis foi até Kim e porção e pinga pra dentro, logo soube do nascimento da pequena princesinha que nascera na casa do anfitrião. Kim explicou a Marinis que era uma menina e nem ele nem sua mulher quiseram saber o sexo do bebê até a hora do nascimento. Como a bebê nascera prematura, ficaria internada alguns dias no hospital e se não fossse trabalhar ficaria louco dentro do hospital. Sua mulher tomou alguns comprimidos para dormir e assim que sua cunhada chegou, foi ao bar comemorar o nascimento da nova cria. Marinis, impaciente teve que esperar toda a euforia de Kim ao contar tudo o que aconteceu. Passando pelo parto ao alarme falso da noite anteriror. Quando Kim enfim contou e recontou algumas partes do fato, Marinis conseguiu um pouco de sua atenção de maneira mais reservada quando ele lhe trouxe a conta. Marins se apresentou como delegado e que precisava do contato com Giuliani. Kim, assustado negou que Giuliani não tinha telefone. Marinis logo percebeu pela cara de Kim quão assustado ele havia ficado sabendo que um delegado da homícidios procurava um funcionário seu. Explicou que tratava-se de um caso que tinha acontecido ali perto em um dia que o rapaz estava trabalhando. Mencionou a nota no jornal e Kim se lembrou de ter lido mesmo algo que fazia referência à rua de seu bar. Kim levou a conta com o dinheiro e pediu licença. Voltou com o troco sobre um pires e deixou sobre o balcão. Marinis olhou para os quarenta e poucos reais sobre o pires, olhou para Kim, sorriu e se despediu. Kim o interrompeu antes de dar o segundo passo em direção à saída. "Doutor, me desculpa. O senhor, sabe, né? Toma aqui" e terminando de anotar o telefone de Giuliani em um papel do bloco de pedidos, se desculpa e se dispõe a ajudar no que puder. Chegam mais frequentadores do bar e Kim volta a eles para contar da novidade de sua filha. Marinis saiu e ligou no telefone celular de Giuliani. Ele muito solicito disse que sabia sim quem era a prostituta. Mas que ela não devia de estar fazendo ponto àquela hora. Indicou ao delegado onde era o ponto delas bem perto dali. Marinis foi até o ponto, mesmo discrente de encontrá-la, mas ainda assim encontrou ali algumas de suas colegas de profissão. Depois de algumas investidas, cantadas e outra onça a menos na sua carteira, descubriu que a tal golpista que o cafetão tinha desaparecido acabava de integrar-se a um puteiro perto dali. Não foi difícil chegar ao puteiro, mas saber quem era a puta seria um pouco mais. Foi logo fazendo-se de cliente e pedindo pra entrar. Quando entrou, com a primeira prostituta no quarto, viu que em um outro quarto, durmiam no chão umas doze prostitutas. Antes de comecar qualquer coisa perguntou à mulher se elas moravam ali. Ela respondeu que só por doze horas, que as outras doze elas ficavam na rua trabalhando para pagar a moradia e a comida ali. Que algumas, como ela faziam hora extra enquanto podiam estar durmindo na própria casa. Alugavam um quarto vazio da cafetina e cobravam pela transa. Marinis inventou uma desculpa sobre os cabelos loiros da mulher e disse que queria uma ruiva. A mulher disse que não podia e ele foi falar com a cafetina. Quando entrou no quarto, a mulher ouvia uma velha canção francesa, só vestia parte debaixo de uma saia e estava sentada fumando ao lado de uma janela. Ela se assustou com a entrada de Marinis e da prostituta que corria atrás dele gritando que ele não poderia entrar ali daquela maneira. Ele se constrangiu ao ver a cafetina, ainda que tivesse seus quarenta e poucos anos, ainda tinha um corpo bem bonito. Ela percebendo seu contragimento ordenou em um tom bravo que a muher se fosse do quarto e no mesmo tombravo ordenou que ele ficasse. "Não é o primeiro, nem o segundo, nem o centésimo que me vê assim. Já tô acostumada. agora espero que seja importante para o senhor entrar aqui dessa maneira", esbravejou a cafetina com Marinis. Ele disse que queria o que ela tivesse de mais novo na casa. Que era a primeira vez que ia uma casa daquelas e que tinha uma tara de que a mulher fosse nova. A cafetina retrucou, perguntando se ele queria uma menina pouco experiente. E disse que assim tinha poucas. Ele disse que não, que sua tara era de como ele fosse frequentador do lugar e agora houvesse uma recém-chegada ali. A cafetina, mais interessada em garantir o dela, disse: Cada um com as suas taras. Mas isso vai te custar um pouco mais caro. Ele aceitou, pagou adiantado a comissão da cafetina e ela se levantou da cadeira e com os peitos de fora foi até o quarto onde durmiam as outras prostitutas. Chamou uma mulher que durmia em um colchonete no meio do quarto. Ela acordou, falou algumas coisas com a cafetina que levantou e levou Marinis até o quarto. Alguns minutos depois entrava a prostituta toda maquiada e com outra roupa no quarto.
sexta-feira, 5 de janeiro de 2007
Capítulo IX - Colarinho
Estava entre abrir a terceira cerveja para aquele estranho senhor quando ele lhe interrompeu: Você se lembra de mim na outra noite? O garçom, um rapaz magrelo de seus 40 anos tinha um bigode e alguma pasta que deixava o cabelo sempre alinhado e penteado para trás, abriu a cerveja, anotou em um papel logo embaixo do balcão, na direção de Marinis o terceiro palito da conta. Pensou, olhou para Marinis por um momento e disse que não, que não se lembrava dele. Parece difícil, doutor, mas eu me lembraria do senhor. Ainda que aqui venha muita gente, do senhor eu me lembraria. Não é o tipo que vem aqui com muita frequência. Marinis interrompe ao garçom justo no momento em que parava para respirar e lhe pergunta: Mas você trabalha aqui toda noite, não? E com o sim e um pouco mais de prosa fiada, Marinis já tinha conseguido nova informação. Kim tinha saído porque sua mulher reclamava de dores e um possível parto prematuro de seu primeiro filho. E uma porção mais, por conta da casa, doutor! E Marinis perguntou: Mas porque me chama só de doutor. E o garçom espontâneamente responde que ele tinha toda pinta de doutor e de polícia. Um detetive ou mesmo um delegado. Marinis ficou instigado com tamanha perspicácia do garçom. E mudou para o assunto que lhe interessava, se o garçom sabia alguma coisa daquela madrugada de quinta e descubriu que ele descansava nas segundas ou nas terças e seu turno o da noite e da madrugada. Muito cheio de dedos, Marinis lhe perguntou se lembrava de alguma briga que rola por causa da bebedeira e ele disse que sim. Em um quinta feira, de madrugada, faz alguns dias e lhe contou sobre o golpe da puta e do cafetão. Que fazia quatro semanas que rolava e que aquilo já o incomodava. Marinis logo se enterou do golpe pelos relatos do garçom. E entendeu tudo o que havia passado.(.)(.) E logo se deu conta que o garçom conhecia o tal do Renato que mencionara o nome e teria sido detido naquele dia. Estranha história., lhe disse Marinis dizendo que não havia nenhum registro na polícia dessa prisão. E lhe servindo a saideira, o que faltava para Marinis terminar de juntar um dos quebra-cabeças. Renato é irmão de um doutor igual o senhor. , lhe respondeu o garçom. Marinis surpreso com a informação perguntou o nome do rapaz. Giuliani. Respondeu. Marinis pediu a conta e foi a banheiro. Quando voltou estava Giuliani na parte de dentro do balcão onde o atendia. Aqui esta sua conta, senhor. Marinis pagou e saiu. Quando saiu escutou "arrivederci". Entrou no carro, parou por alguns segundos e viu um pequeno filme passar entre imagens e sons a sua cabeça. Um colarinho levava uma bandeira do Brasil e o outro uma da Itália. Giuliani. Não demorou muito para entender que ele falava italiano e portugês. Voltou do carro e perguntou porquê. aproveitou da sua embriaguês e lhe chamou e perguntou com alguma cerimônia: Desculpe a pergunta, mas você é uma garçom bilíngue? E Giuliani respondeu que sim. Filho de mãe e avós italianos aprendeu as duas línguas desde novo e que ele usar aqueles dois pins dava crédito para o bar. Igual Ramón, um uruguaio que falava portugês e espanhol. Levava suas 4 estrelas com muito orgulho pelo grande esforço de toda a equipe. Marinis se pôs pensativo. Pediu uma água e sentou. Giuliani trouxe a água e perguntou se sabia mais alguma coisa de Renato. Giuliani se surpeendeu que ele gaurdara o nome do rapaz mas disse que sim. Renato era playboy. Estudava em faculdade e era cada vez frequentador mais assíduo do bar. Umas vezes vinha o irmão dele busca-lo, mas nunca com carro de polícia. Com o carro, aquele dia tinha sido a primeira vez. Marinis perguntou: Então você sabe quem é o irmão de Renato? E Giuliani disse que o irmão não sabia o nome, mas a prostituta conitnuava fazendo ponto na região, e que quando vinha no bar estava sempre sozinha. Que o nome dela ele descobriría fácil. Marinis agradeceu e disse que voltaria em alguns dias. Foi até o carro e quando entrou sentiu novamente o empesteante perfume de Marcelo. Abriu os vidros, aumentou o volume e resmungando do cheiro no carro foi para sua casa.
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