Marinis acomodou-se na cama e olhou para a mulher. Ela olhou para ele começou a se despir suavemente. Fazia um jogo de strip em que não terminava de ficar totalmente pelada. Marinis olhou-a nos olhos e perguntou: É nova na casa, hein? Ela disse que sim. Ele disse: Ótimo! E onde você esteve esse tempo todo, em gatinha?! Ela, reponde que nas ruas e dando golpes, comenta inocente. Marinis se enche de segurança de ser realmente ela a pessoa que procurava. A descrição batia um pouco com o que lhe havia dito Giuliani então Marinis chamou a moça até a cama, fez com que sentasse e se apresentou como investigador da homícidios e queria saber o que tinha acontecido em uma quinta-feira no ButeKim, em que havia tido gente golpeada com talheres e viatura de polícia. E quando Marinis disse viatura de polícia, a moça respirou em um ritmo mais tranquilo. Ele então lhe perguntou se ela estava bem? Ela disse: O senhor falou, homícidios? Marinis se dando conta confirmou que sim. Ela voltou a ter uma expressão de preocupada e foi quando tomou a iniciativa e disse: Doutor, já que o senhor é da homícidios, agora eu fiquei preocupada. Onde é que tá o Arnaldo? Arnaldo? Marinis respondeu com outra pergunta. Ela disse é, o pessoal chama ele de Naldo, mas o nome dele é Arnaldo. E Marinis se deu conta de que o parceiro de golpes dela era esse tal de Naldo. Algum tempo depois se deu conta que deveria ser o cafetão também, já que ela estava recém chegada ao puteiro. Ela lhe descreveu o Naldo e disse que ele estava completamente desparecido desde aquele dia dessa briga. Que o menino furou ele, mas foi com um garfo e que isso não o mataria. Marinis hesitou suas previsões de estar preso sem registro em uma cadeia qualquer, de ter sido morto e então entendeu a aflição da moça em relação a ele ser da homícidios. Pensou que talvez ela pudesse ajudá-lo a chegar nos policiais que estiveram naquela rua naquela noite. E a verdade é que com interesse dela em saber o paradeiro de Naldo, foi como uma pescaria, isca no anzol, e peixe. Ela não só sabia quem era o policial, irmão de Renato, como também outro membro de sua equipe. Com os nomes bem anotados, Marinis tomou nota também do nome da moça e seu telefone de contato. Disse que se tivesse notícia entraria em contato para informá-la. Se despediram e antes de ir Marinis pode ver os olhos da moça vermelhos e cheios de água.
Saiu e foi direto para a delegacia. No computador verificou os nomes e encontrou os dois detetives. Quando buscou por Arnaldo Naldo, encontrou uma ficha que mereceria respeito para a profissão de bandido. Mas nada nos últimos dias. Tinha sido preso por um dia por ofensa polícial. Esse era o último dos seus delitos. Mas Marinis não se deu por satisfeito e foi ler o boletim de ocorrência da prisão. Nada demais. E havia sido preso na porta da própria casa onde morava. Marinis parou para um café. Café e um pouco de sudoku depois, Marinis senta-se novamente a frente do computador e verifica o resgistro de quem prendera a Naldo, e encontra uma conicidência em ser outro detetive do mesmo setor dos outros dois. Muita concidência é porque há verdade. Marinis tinha três nomes de detetives que estavam envolvidos em desententimentos com um bandidão de nome Naldo e precisava de informação sobre o que eles poderiam ter visto de anormal naquela noite. Difícil processo de abrodagem, mas não demorou para Marinis perceber quem era o grupo. Eram seis, e um deles sempre coordenava a divisão em duplas ou trios. Para Marinis restavam poucas opções, não deveria chegar diretamente a nenhum dos que tinha os nomes. Na verdade não deveria chegar diretamente ao irmão de Renato, o mais envolvido emocionalmente no caso, também não deveria tentar pelo detetive envolvido na prisão. Menos ainda com o delegado que não coincidia com nenhum dos três nomes que tinha. Mas um curiosidade ainda maior era o que lhe aguardava o outro nome de detetive que tinha, era um nome que lhe parecia familiar. Gustavo Berlini. Onde já tinha escutado aquele nome? Se perguntava, foi quando viu passar um velho colega de academia de formação policial se aproximar do grupo com uma xícara de café na mão. Se espantou em ver que havia conhecido e sido colega de um deles. Hesitou alguns segundos antes de aproximar-se dele, e foi quando lembrou que esse nome era um dos que a prostituta tinha lhe dito estar presente naquela quinta-feira. Então, com mais tato e cuidado aproximou-se de Gustavo como que apenas para cumprimentá-lo. Falaram sobre como ia o trabalho, um pouco da família e ficou por isso. Marinis disse que precisava falar com o delegado e que talvez Gustavo pudesse ajudá-lo. Gustavo, assentiu que sim e Marinis foi até a sala do delegado. Chegando lá, fechou a porta se apresentou como delegado da homícidios e explicou o caso que aconteceu no bar para o delegado, que lhe perguntou espantado: Mas se aqui é a Narcóticos e o senhor é da Homícidos, o que agente tem a ver com golpe de prostituta e a briga? Pela reação de espanto do delegado, Marinis se deu conta que ele não participara e talvez até não soubera tudo que sua equipe fazia, foi quando lhe contei sobre o envolvimento de três membros de sua equipe com o desaparecido Naldo. Ele assustado solicitou os nomes e verificou que a última prisão de Naldo tratava-se uma abordagem do detetive que iria prendê-lo como usuário e que ele reagiu e desacatou a autoridade. Os dois delegados conversaram durante algum tempo. Marinis explicou ao colega que aquele era um novo caso e que ainda não se constatava homicídio, pois não tinha um morto. Apenas um desaparecido. Que o caso no qual ele realmente estava envolvido era do assassinato que ocorrera naquela mesma noite e que acha que pode conseguir mais informações com um velho colega. Pediu ao delegado que lhe desse mais alguns dias e que ia tentar conseguir informações com Gustavo e depois tratavam de tentar descubrir o que havia passado com Naldo. O delegado concordou, e aproveitou para ganhar tempo para pensar em como ia seu departamento. Nos homens que tinha ao seu lado trabalhando. Afinal, eram uma equipe. Marinis saiu pela porta e foi em direção a Gustavo que tomava outro café. Pegou uma xícara também e disse: E aí? Muito trabalho hoje? Gustavo disse que não, que estava tomando aquele café e indo embora. Marinis, oportunista, aproveitou o momento e convidou Gustavo para irem tomar uma cerveja, beliscar algo e conversar um pouco mais. Gustavo disse que não, que tinha um compromisso. Depois voltou atrás e disse que sim. Que umas duas cervejinhas dava para tomar antes de ir ao seu compromisso. Marinis disse: Opa, hoje eu convido! Vamos em um bar que tem a melhor porção de frango à passarinho com alho de toda a cidade. Gustavo sorriu com entusiasmo e disse: Então o que estamos esperando? E sairam os dois da delegacia.
Foram no carro de Marinis e em poucos minutos estavam na porta do ButeKim. Desceram do carro, entraram, Marinis cumprimentou a Kim, a Giuliani e sentaram em uma mesa mais ao fundo. Gustavo ficou impressionado com Marinis conhecer ao dono do bar e a um garçom. Acreditou que Marinis era relamente frequentador daquele lugar e relaxou. Três cervejas mais, Gustavo chama Giuliani e diz: Moço, trás mais uma e outra de frango a passarinho. Marinis aproveitou para brincar com o colega: Então, é boa ou não é? E ele disse que sim. Meia porção comida, Gustavo pergunta a Marinis como ele tinha descuberto aquele bar. E Marinis disse que estava investigando um caso que tinha ocorrido em um edifício naquela rua. Gustavo assentiu positivamente e continuou a comer. Marinis lhe interrompeu e disse: Lembra que te disse que talvez você possa me ajudar? Pois sei que você esteve aqui naquela quinta-feira pois frequentadores do bar disseram da presença de policiais e seu nome foi citado e -emendando sem tomar folêgo - queria saber se por acaso você viu alguma de anormal, estranho o que lhe chamasse a atenção na rua que não fosse a briga na porta do bar. Gustavo consertou a expressão incial de susto pensando que Marinis soubesse ou estivesse a procura de Naldo e fez-se pensativo: Hmm! Deixa ver. acho que nad... Marinis o interrompeu e perguntou: Olha, o fato é que não encontrei registo da sua visita aqui e portanto não sei a hora. A que horas foi que esteve aqui mesmo? E Gustavo disse que perto das 3 da manhã. Marinis deu um suspiro incontente que foi logo percebido por Gustavo, que o perguntou o porque dessa reação. Ele disse que sua vítima tinha morrido às 7:30 da manhã, aproximadamentes. Marinis deixou Gustavo na metade do caminho entre o ButeKim e a delegacia. Parecia que seu compromisso era perto da delegacia. Marinis foi para casa com a dupla tristeza de não ter desenvolvido muita coisa na solução do caso de homícidio e confirmando que seu colega estava realmente envolvido no desaparecimento de Naldo. Mas ainda tinha uma pergunta mais: E o tal do Marcelo?
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