Era uma vez um blog... Um espaço onde o autor escreve um livro on line. Livro: Pela Janela - Romance Policial .. Os capítulos estão à direita dessa página..
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Capítulo XXX - Suspeitas
Durante o final de semana em Ouro Branco, a rotina era discussões e recordações dos irmãos, visitas ao hospital e comida. O médico suspeitava que o fogão a lenha era o possível catalisador da insuficiência respiratória associada a idade avançada juntamente com o abatimento psicológico após a morte do marido. Gabriela havia conseguido uns dias de folga e passaria a semana cuidando da mãe e depois a levaria para passear alguns dias na praia. Agora, mais que nunca os filhos precisavam reunir forças para ajudar sua mãe. Ricardo, deu a idéia e os três compraram um fogão à gás excelente e se propuseram a todos convecerem à mãe que teria que cozinhar muito menos no fogão à lenha. Ela foi relutante no primeiro dia que lhe falaram, no Domingo. Na segunda-feira pela manhã ela já estava a caminho de casa. Quando ela chegou apresentaram para ela a idéia do fogão, mostraram o modelo e Marcelo e Gabriela pediram que ela pensasse mais na sua saúde. Ela acabou aceitando sorrindo para os filhos. Ricardo compraria por internet em Belo Horizonte e mandaria entregar em Ouro Branco. A previsão era de dois dias úteis. Uma tia levaria a comida nos primeiros dias, Gabriela ficaria até levé-la ao Rio. Ricardo voltava com Marcelo para Belo Horizonte logo depois do almoço. Seu vôo era no começo da noite. No ônibus, os dois dormiram. Quando chegaram, Ricardo não tinha muito tempo considerando a ida ao aperoporto mais o tempo de chek in. Convidou Marcelo para tomarem um café e comer um pão de queijo. Marcelo convidou ele para ir a sua casa. Ricardo lhe explicou que seu tempo era curto e logo o café e o pão de queijo foi o da rodoviária mesmo. Conversaram um pouco sobre o trabalho e ficou nisso. Da rodoviária pegaram um táxi, Marcelo ficou no seu apartamento e depois Ricardo seguiu para o aeroporto. Marcelo olhou para cima e pensou em Marina. Pegou o telefone e olhou as últimas chamadas. Havia ligado para ela diversas vezes no final de semana e ela não atendia. Na rua haviam dois carros parados em local proibído e duas viaturas policiais. Marcelo logo pensou no seu livro e entrou correndo pelo saguão do prédio. Quando entrou viu Marinis conversando com o porteiro. O porteiro apontava para Marcelo quando Marinis se virou para ele. Marcelo! Disse Marinis. E Marcelo respondeu: Marinis? Você por aqui? Novidades do caso da Marisa Prieta? Marinis franze a testa e puxa Marcelo. Entre os dentes, Marinis fala com Marcelo: Tome cuidado na frente de quem fala! Esse porteiro aqui está me dizendo que você ligou para ele na Sexta-feira pedindo o telefone da sua vizinha, Marina? Verdade? Marcelo respondeu assustado se defendendo: Eu?! Pedi sim! Por que? Qual o problema? Marinis olha para Marcelo e diz: Pois é, Marcelo, agora você passa a ser o suspeito número um. Suspeito número um, Marinis? Pergunta Marcelo, que se confunde ao continuar: No caso da Marina Prieta? Marinis lhe corrige: Marisa Prieta, Marcelo! Dela não, mas o de Marina Goulart. Marcelo para por alguns segundos e pergunta Marina Goulart, Marinis? Minha vizinha? Marinis diz que é ela mesma. Marcelo desmaia e Marinis o segura. Com a ajuda do porteiro colocam Marcelo sentado. Após algum tempo Marcelo volta e Marinis olha para ele esperando que diga algo. Marcelo permanece em silêncio e depois diz: A Mari, doutor, morreu? E começa a chorar. Marinis não entende a reação de Marcelo e completa: Você é o principal suspeito de ter matado ela e você fica aí chorando? Marcelo olha para Marinis e diz entre lágrimas. Eu, suspeito! Eu passei o final de semana todo em Ouro Branco, com minha mãe. Marinis suspeita dele e emenda: E que claro você pode provar, né? Marcelo tira os bilhetes do bolso e joga no peito de Marinis. Marinis pede desculpas por desconfiar dele e lhe pergunta qual a relação que ele tinha com sua vizinha. Marcelo lhe explicou que haviam saído e que estavam planejando fazer uma viagem juntos. Mas que ela havia brigado com ele na Sexta-feira. Marinis franziu novamente a testa e repetiu: Brigado? Como assim? Você esteve com ela na Sexta-feira? Que horas? Marcelo diz que não esteve. Até marcamos, sabe Marinis, mas eu atrasei no serviço aí liguei pra ela. Como eu não tinha o telefone dela, liguei para a portaria pra pegar o telefone dela. Aí ela ficou brava comigo porque eu me atrasei pro nosso encontro. Marinis questiona Marcelo: Mas se vocês saíam juntos e são vizinhos, como você não tinha o telefone dela? Marcelo, vendo que estava sendo interrogado e sua verdade sendo colocada a prova contou a Marinis: Olha, Marinis, assim, ó. Eu fazia muito tempo, mas muito tempo mesmo que não saía com uma mulher, aí, a gente começou a conversar por internet. Depois eu descubri que ela era minha vizinha e era tímida. Depois superamos essa fase inicial e saímos. E foi ótimo. Depois conversamos mais por internet e íamos nos encontrar de novo na Sexta, na lan house aqui pertinho de casa. Eu, ela e a Bia, mas minha mãe passou mal e eu tive que ir pra Ouro Branco. E até tentei ligar pra ela várias vezes, mas o telefone chamava até desligar. Marinis olha para Marcelo lhe diz: Então acho melhor você não subir agora. Vem cá comigo, por favor? Você conhece esse porteiro? Marcelo acena positivamente com a cabeça. Os dois vão até o porteiro e Marinis lhe pergunta até que horas ele trabalhava. O porteiro respondeu que variava, tinha dia que era até às oito e meia e tinha dia que largava às sete meia. Dependia das trocas que vaziam entre os porteiros. Marinis lhe pergunta que horas ele largou o serviço na Sexta. O porteiro assustado, responde ao delegado: Olha, doutor, vou falar a verdade pro senhor, na Sexta eu tinha combinado de sair daqui com o outro porteiro às sete e meia, ele atrasou, e eu tinha que buscar minha sogra na rodoviária e saí daqui era vinte pras oito e ele ainda não tinha chegado. Marinis olha com reprovação ao porteiro e volta a lhe perguntar: E esse porteiro, que horas chega hoje? O porteiro disse que era no horário normal. Marinis olhou para o relógio e ainda faltava algum tempo. Se convidou a tomar um café na casa de Marcelo. Marcelo, sem escapatória disse que sim apesar do cansaço da viagem. No elevador, Marcelo disse à Marinis: Marinis, eu quero vê-la, por favor? Marinis comentou com Marcelo: Olha só, eu acho melhor não. A Marina morreu enforcada e antes foi presa, amordaçada e torturada com queimaduras na pele. Marcelo se assustou com a descrição do delegado. Quando chegaram no seu andar. Marcelo viu a faixa listrada na porta do apartamento de Marina. Do lado de dentro alguns peritos tiravam fotos e comentavam sobre o que encontravam. Marinis volta a chamar a atenção de Marcelo para seu apartamento: Marcelo, e o nosso café? Marcelo respondeu instintivamente: Quê? Café? E Marinis continou enquanto puxava Marcelo para o seu apartamento: Foi a assistente dela que ligou dizendo que tinham um compromisso no Sábado de um trabalho que estavam finalizando para entregar na Segunda-feira. Enquanto Marcelo fazia o café conversaram mais a respeito de Marina. Marinis pediu a Marcelo que contasse mais sobre ela. Ele contou sobre a forma como se conheceram, a viagem que fariam juntos, sobre a noite que passaram juntos e mostrou-se bastante apaixonado por ela. Marinis ia anotando algumas informações no seu bloco de notas. Quando se deu conta já passavam das oito e Marinis disse que tinha que ir. Marcelo pediu mais uma vez para ver Marina. Marinis insistiu que se tratava de um assassinato muito estranho e que a cena chocaria muito a ele. Marinis lembrou dos textos que lera de Marcelo e resolveu dar a ele a chance de ir com ele falar com o porteiro: Marcelo, vou ali conversar com o porteiro que cubriu o outro turno. Ela morreu, Marcelo, era entre três e quatro da manhã. Marcelo se assustou e aceitou o convite. Desceram o elelvador e foram até o porteiro. Quando chegaram, Marinis conduziu novamente a situação. Se apresentou como delegado e foi logo perguntando ao porteiro se ele lembrava de alguém indo ao apartamento 1202 na Sexta-feira. Ele pensa muito pouco, pois já havia sido advertido pelo colega sobre o porquê da polícia ali e diz: Não, ninguém! Marinis acha a resposta do rapaz muito rápida e insiste em lhe perguntar se havia acontecido alguma coisa estranha naquela noite? Ele insiste que não. Marinis segue pressionando até que o porteiro olha para Marcelo e diz: Teve uma moça procurando ele. Lembro porque foi a primeira pessoa que chegou logo depois de mim. Eu cheguei era umas oito e ela chegou falando no celular com o Marcelo e disse que ele tava esperando, no 1201. Eu olhei a caixa de correspondência e a do 1201 era do Marcelo mesmo e tava vazia. Imaginei que ele já tinha mesmo chegado. E ela já foi logo chamando o elevador, e subindo. Logo depois chegou a dona Celeste com seus dois cachorros e fizeram cocô bem aqui na porta. É isso, lembrei doutor! Isso foi bem estranho. E eu tive que limpar porque de noite já não tem mais faxineira. Marinis escuta tudo com atenção. Marcelo emenda uma pergunta: E com o cocô do cachorro e o trabalho de limpar você não lembrou de me interfonar e dizer que essa moça estava subindo? O porteiro se sente culpado e diz que não. Me desculpa, senhor. Mas é que com essa confusão toda eu me esqueci mesmo. E depois a mulher não desceu mais. Sempre vem tanta gente esquisita nesse apartamento seu. Marcelo retruca: Meus convidados não são gente esquisita nada. Tem uns excêntricos, mas esquisito não tem nenhum! Marinis intervém e diz: Gente esquisita? Você se lembra de como ela era. Lembro pouco, doutor. Lembro que era grande e gostosa. Marinis olha em volta e pergunta: E o nome dela? E porteiro diz que não perguntou. Marinis vê um livro de registro de visitantes sobre a mesa e olha há algumas mulheres na Sexta-feira. Ah, ela assinou o livro também! Disse o porteiro se lembrando. Lembro até que foi por isso que não chamei o Marcelo pelo interfone. Marinis pega seu bloco de notas do bolso. Olha, folheia algumsa páginas e depois pergunta o nome do porteiro. Pega o telefone e diz que ele é uma testemunha. Chama Marcelo para subirem. No elevador, Marcelo pergunta a Marinis o que ele havia encontrado no livro e Marinis lhe revela que havia uma Beatriz entrado no prédio com o número de outro apartamento. Se despede de Marcelo e volta as suas investigações. Marcelo pede a Marinis para participar mais da investigação. Marinis lhe responde: Você já está participando, Marcelo. Muito mais do que você pensa. Agora vai descansar um pouco e deixa eu fazer meu trabalho. Depois conversamos mais. Tá? Marcelo foi obrigado a concordar com Marinis o levando até a porta de sua casa. Quando fechou a porta, Marcelo colou o olho no buraco da porta e viu Marinis voltando até a casa de Marina e chamando um detetive para conversar. O detetive sai e Marinis fica observando o que seria Marina morta na sala. Caminha lentamente até a porta e a fecha. Ainda com a mão na maçaneta, Marcelo vira de costas para a porta e agacha chorando por Marina.
sábado, 27 de junho de 2009
Capítulo XXIX - Sexta-feira
Na sexta-feira, Marcelo acordou antes do meio dia e se permitiu ir ao trabalho mais tarde. As páginas de sábado e de domingo já estavam quase prontas e bastaria mesmo sua revisão. Depois um encontro com Marina para colocar as vírgulas e os pontos em seus respectivos lugares e um final de semana inteirinho de folga. Marcelo preparou um café da manhã com torradas, geléia e seu inseparável café forte. Foi até a rua e comprou ingredientes para uma salada. Quando subia no elevador pensou em convidar Marina para almoçarem juntos. Estava com vontade de encontrar com ela de novo antes de irem resolver detalhes da viagem com Bia. Quando o elvador chegou no seu andar, desceu e olhou para o porta de Marina. Bateu campainha e foi em direção a sua porta. Abriu e colocou as compras sobre a bancada. Voltou e viu que a porta de Marina permanecia fechada. Tocou a campainha mais uma vez. Ninguém atendeu. Marcelo voltou até sua casa e preparou a salada. Enquanto preparava, pensava em Marina. Olhou para o relógio e era perto das duas. Ela deve estar trabalhando, pensou Marcelo. Terminou de fazer a salada e deixou sobre a bancada. Saiu de casa e foi até o porta de Marina. Chamou por mais uma vez e não obteve resposta. Colou o ouvido na porta e o que ouviu foi o silêncio. Voltou até sua casa, sentou e comeu a salada. Depois deitou no sofá e acendeu um cigarro. Enquanto fumava, pensava no trabalho. No que tinha para fazer, que não era muito, porém exigia que ele coordenasse bem tudo para que acumualasse material para Segunda-feira também, pois assim folgaria também no Domingo. Terminou de fumar e cochilou. Levantou pouco tempo depois, passou café e lavou toda a louça acumulada. Tomou um banho rápido e vestiu roupa. Antes de sair voltou, tirou a camisa, passou perfume e escolheu outra camisa. Chamou o elvador e voltou a pensar em Marina enquanto o elevador não chagava. Marcelo estava surpreso consigo mesmo. Esse meu comportamento estava fora do normal, pensou olhando a camisa que vestia. O elevador chegou, ele entrou e desceu. Saindo do prédio o porteiro lhe chamou e entregou algumas correspondências. Uma conta e duas publicidades. Marcelo colocou tudo dentro da bolsa e saiu a pé até o jornal. No caminho pegou a conta de dentro da bolsa e abriu. Verificou o valor e colocou de volta dentro da bolsa. Chegou no jornal e organizou as páginas para os próximos três dias. Viu que faltava conteúdo e pôs-se a escrever. Notas, dicas culturais, matéria de entretenimento. Marcelo escreveu algumas e as distribuiu entre os três dias. Terminou sua parte era quase 6 da tarde. Entregou tudo ao finalizador e antes de sair havia um recado do editor-chefe. Era um convite para que os dois fossem ao restaurante, pois o dono havia ficado muito satisfeito com o destaque que ele recebeu no jornal e fazia questão da presença dos dois. Marcelo foi até a sala do editor-chefe e conversou com ele por alguns minutos. Explicou a ele que tinha um compromisso marcado, mas que dependendo da hora que terminasse ligaria para ele combinando de ir. Mas que inflelizmente não poderia mudar esse compromisso. O editor-chefe entendeu mas não gostou. Franziu a testa e disse: Não, se você não puder ir comigo hoje, vamos amanhã. Não tenho a menor paciência para ficar fazendo esse social sozinho. Marcelo riu e disse: Tá bem. Vamos ver se dá pra gente dar uma passadinha lá hoje mais tarde. Eu te ligo. E depedindo-se saiu da sala. Voltou até sua sala para pegar sua bolsa quando o finalizador lhe esperava com alguns papéis nas mãos. O finalizador lhe mostrou um problema que acontecia nas três edições consecutivas. Marcelo logo viu que não poderia mesmo ir daquela forma. Os caras que faziam a noite acontecer eram figurinhas carimbadas e conehcidas de todo mundo. E eles e seus amigos apareciam mais de uma vez em alguns dias com roupas diferentes. Marcelo teve que repensar um pouco de conteúdo para a edição de Terça-feira. Logo ajeitou tudo com o editor e viu que faltaria conteúdo justamente para a edição de Sábado. Voltou até o seu computador e começou a pesquisar sobre as matérias de gaveta que ele tinha feito e por serem atemporais serviam para lhe salvar de situações como essas. O pior foi que ele não achou nenhuma. Havia usado todas as que tinha antes desses últimos dias de movimento nas noites da capital. E depois esteve muito ocupado cobrindo esse movimento. Marcelo olhou para o relógio e eram quase sete e meia. Pegou seu telefone e buscou pelo nome de Marina. Se deu conta que não tinha o telefone dela. Nem de casa e nem celular. Foi descendo um pouco mais e viu o telefone da portaria de seu prédio. Chamou e o porteiro atendeu. Marcelo se apresentou e pediu para falar no 1202, com Marina. O porteiro chamou Marina pelo interfone e lhe disse que Marcelo queria falar com ela pelo telefone. Ela passou o número de seu telefone ao porteiro que repassou a Marcelo. Marcelo ligou para Marina já se desculpando. Ei, Mari. Tive um contra tempo aqui no trabalho, mas chego depois das oito. Marina que já estava pronta dez minutos antes das sete esperando que ele chegasse ficou um pouco brava e falou ríspida com ele: Pô, Marcelo já são sete e meia. A Bia já deve tá lá esperando a gente. Isso é feio. Vou ver se consigo falar com ela. Marcelo, sem entender direito o porque da rispidez na fala de Marina concordou, pediu desculpas mais uma vez e disse que faria o mais rápido que pudesse. E talvez exatamente pela pressão de fazê-lo, Marcelo demorou mais que o habitual para redigir um matéria sobre uma viagem cultural. Terminou pouco depois das oito e o editor-chefe o esperava na porta de sua sala. Marcelo, você não tinha um compromisso, ele comenta. Marcelo olha a hora e suspirando diz: Tinha! Chama o finalizador e enrega o texto para ele. Em pouco mais de 10 minutos o finalizador dava a Marcelo o que ele precisava. 4 dias de trabalho prontos e bem acabados. Ao sair não conseguiu escapar do editor-chefe e foi com ele até o restaurante. Concordaram em ficar pouco tempo. Beber algo, beliscar, agradecer ao anfitrião e ir embora. Marcelo ligou para Marina e não consguiu falar com ela. Imaginou que havia ficado chateada com ele. Tentou mais uma vez e imaginou também que ela poderia ter ido até a lan house. Foi com o editor-chefe até o restaurante. Lá cumpriram o que haviam combinado. Sentaram, pediram uma dose cada um, dividiram uma porção e esperaram que o anfitrião aparecesse. Quando ele apreceu, já estavam na segunda dose. Ele se sentou na mesa e conversaram por algum tempo. Ele elogiava o jornal e a Marcelo. O telefone de Marcelo tocou e ele viu que era um número de Ouro Branco. Pediu licença e foi atender. Pouco tempo depois voltou com uma cara abatida. Disse que tinha que ir embora pois havia recebido uma ligação de uma vizinha dizendo que sua mãe não estava passando bem e havia sido levada ao hospital. O editor-chefe desconfiou de que Marcelo queria fugir do compromisso. O dono do restaurante, se solidarizando a ele disse que ia mandar chamar um taxi. O editor-chefe, vendo que restaria a ele ficar ali sozinho com o dono do restaurante fazendo o seu tão odiado social, logo se ofereceu para levar Marcelo de carro até sua casa. Assim se livrava daquilo, apesar da desconfiança que estava de Marcelo, o melhor era aproveitar aquela desculpa para ir embora. Marcelo sentou no banco do carro e não disse uma palavra no trajeto até chegar na sua casa. Seu olhar estava distante. Antes de Marcelo descer do carro, o editor-chefe já havia percebido que o caso era sério e disse a Marcelo: Força, que tudo vai dar certo. Marcelo pegou o telefone e tentou ligar para Marina. Ela não o atendeu. Ele disse ao editor-chefe. Seria muito abuso você me deixar na rodoviária? De forma alguma, lhe respondeu. Feche essa porta e vamos embora. Chegaram logo na rodviária. Marcelo desceu do carro e agradeceu. Correu até a rodoviária e comprou o primeiro bilhete que tinha para Ouro Branco. O ônibus sairia em 20 minutos. Marcelo comprou uma revista e tentou ligar mais uma vez para Marina. Outra tentativa frustada, ligou para uma tia em Ouro Branco que lhe atualizou sobre o quadro de sua mãe. Lhe disse que ela estava desde a noite anterior no hospital pois estava sentindo falta de ar. Estava sobre observação e cuidados intensivos. Marcelo ficou ainda mais preocupado e ligou para seus irmãos. Após os telefonemas, Marcelo ouvia que anunciava a partida de seu ônibus. Desceu apressado as escadas com a revista na mão. Sentou em duas poltronas sozinho e começou a ler a revista para tentar aliviar sua tensão. Terminou de ler a revista na metade do caminho. Só consegiu adormecer quando já estava quase chegando. Quando chegou, pegou um taxi e foi direto para o hospital. O médico lhe disse que sua mãe havia passado por insuficiência respiratória grave, que agora tudo estava controlado, mas que ela deveria permanecer alguns dias em observação e realizar alguns exames para identificar o porquê dessa insuficiência. Marcelo relatou ao médico que ela gostava de cozinhar no fogão a lenha. O médico lhe disse que era uma coisa a se pensar e que ele ficasse tranquilo que agora ela já estava fora de perigo mas que deveria ficar em observação no hospital até segunda-feira. Marcelo pediu para falar com ela. Conversaram um pouco e ela estava bem. Falava devagar e pausado, mas tinha a pele corada. Marcelo ficou o máximo de tempo que pode com ela até que foi interrompido pelo médico que lhe disse que ela não poderia se cansar muito. Marcelo compreendeu e foi para casa de sua mãe dormir. Deixou seu telefone com o médico antes de sair e deu um beijo em sua mãe, que lhe respondeu com um sorriso.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Capítulo XXVIII - Metades
Marcelo acorda com o celular tocando pela segunda vez. Era do jornal. A assessoria de imprensa do restaurante estava em cima e o jornalista assessor era amigo do editor-chefe do jornal. Marcelo olhou para o relógio e viu que era pouco mais das três da tarde. Com preguiça levantou, comeu um resto de pizza fria e colocou café para passar. De café da manhã, pizza fria e café queimando a boca. Marcelo toma um banho e coloca um jeans velho e uma camisa amassada. Toma mais um pouco de café e vai até a varanda fumar. Pensa em Marina. Gostaria de encontrar com ela, mas hoje eu ainda tô cheio de trabalho comenta soltando a fumaça do cigarro. Ri de si mesmo. Apaga o cigarro, toma mais um pouco de café, pega sua bolsa e sai de casa. Vai até a casa de Marina e toca a campainha. Ninguém atende. Toca mais uma vez e ninguém atende. Pega o elevador e desce em direção ao trabalho. Até o jornal, a pé, Marcelo demorava alguns minutos. Quando chegou teve que replanejar o uso das fotos para a o próximo dia, já que esperava fazer um especial do restaurante no Sábado, teria que utilizá-lo no de Sexta-feira mesmo. Mas tinha o lançamento do cd e o filme que mereciam destaque também. Marcelo acalmou os animos pouco depois que chegou. Reduziu e adiantou o Sábado pra Sexta. Deixou meia página pronta, faltando somente o conteúdo dos eventos que ele mesmo estaria naquela mesma noite. Teve que esperar a aprovação da página e ficou algumas horas ocioso no jornal. Abre o msn e fica off line. Poucos segundos depois uma mensagem de Marina: Amanhã, Marcelo! Na Sexta. Estamos pensando em uma lan house na praça aqui perto de casa. O que você acha? Você pode? Marcelo?! Beijo. E foi só. tudo escrito de uma única vezada. Marcelo achou graça e antes de responder pensou um pouco no trabalho que teria. A edição de Sábado havia mudado, o que interferia também na de Domingo. Marcelo planejou distribuir o que restava do show, dos famosos no restaurante, das baladas e boites. Viu que lhe restaria algum tempo pelo final de semana com direito a happy hour na sexta. Gostou da idéia e de uma vezada escreve para Marina. Ei, Mari. Amanhã? Posso a partir das sete. Acho essa lan house bem legal. E vamos marcar de comer alguma coisa nesse final de semana? Tenho um vinho branco maravilhoso!
Quando deu enter, Marcelo viu que Marina já não estava mais on line. A mensagem já tinha ido e na tela do seu computador piscava o cursor em cima de Beij Marcelo deu o enter antes mesmo de terminar de digitar quando uma assistente disse que o restaurante havia convidado eles para irem comer lá. Marcelo que já havia ido repassou o convite para sua equipe. Desligou o computador e foi para casa. No caminho comprou comida e bebida. Chegou em casa e ligou o forno. Ligou o som baixinho e tranquilo. Quando o forno estava mais quente, Marcelo colocou uma carne que havia acabado de salgar. Preparou arroz e salada. Comeu e dormiu por algum tempo. Quando acordou já era quase sete e o filme começava às oito. Levanta correndo e apressado. Liga o chuveiro e corre até a sala. Pega o lap top e leva a música para o banheiro. Volta correndo até a cozinha e enche a louça suja de água. Corre até o banheiro. Com o lap top sobre a bancada, Marcelo escolhe justo o cd que ele vai ao lançamento. Olha a hora e vê que havia dormido pouco mais de vinte minutos. Que estava apressado mas nem havia dormido tanto. O tempo no jornal que foi mais que ele esperava. Tomou banho e se aprontou rápido. Antes de sair, já estava cantarolando algumas das música do cd sem nem mesmo se dar conta.
Marina acordou tarde e saiu para comer em um restaurante. Estava com preguiça de cozinhar e foi até um restaurante perto de onde morava. Colocou a primeira roupa que viu. Era um belo vestido. Comeu e voltou para casa. Quando chegou ligou o computador e falou com várias pessoas. Havia um recado off line de Marcelo, no meio da madrugada: Claro, vamos marcar sim. Quando? Onde? Beatriz não apreceu e nem mesmo Marcelo. Marina estava ansiosa com o encontro e acabou achando bom que nada havia sido combinado então, já que nenhum dos dois havia se manifestado. Marina clicou no nome de Marcelo off line e escreveu para ele. Amanhã, Marcelo! Na Sexta. Estamos pensando em uma lan house na praça aqui perto de casa. O que você acha? Você pode? Marcelo?! Beijo. Passou mais algum tempo e nem ele nem Beatriz apareceram. Marina decide desligar o computador e dar uma ida até o escritório para conferir como se finalizava o novo projeto. Foi até o banheiro e tomou um banho rápido. Se aprontou e saiu por volta de quatro da tarde. Chegou rápido no trabalho, pois o trânsito estava tranquilo. Trabalhou até anoitecer. Estava criando bichos e histórias em relação a Marcelo, a sua sexualidade, a paixão que ele despertava nela, a noite que haviam passado. Resolveu meter a cara no trabalho e trabalhou até anoitecer. Nem mesmo viu o tempo passar. Quando se deu conta já havia anoitecido e estava somente ela e sua assistente no escritório. Deixaram o trabalho do jeito que estava e saíram para comer. Foram até uma lanchonete próxima. Quando chegaram se animaram e pediram algo para beber também. Comeram e beberam. Celebraram o sucesso do projeto e conversaram um pouco. Marina contou sobre a viagem que planejava fazer a México e Cuba à sua assistente, que ouvia entusiasmada. A conversa rendeu um pouco. Depois, se despediram e cada uma foi para sua casa. No caminho de volta para casa, Marina pensou em como havia vencido algumas barreiras que ela mesma se colocava ao cumplicidar sua vida mais pessoal com sua vida no trabalho. Chegou mais rápido em casa do que havia ido enquanto filosofava sobre sua timidez. Subiu o eleveador e quanto mais se aproximava, mais Marina pensava em Marcelo. Abriu a porta do elevador e foi até a porta de Marcelo. Bateu a campainha. Nenhuma resposta. Bateu mais duas vezes e nenhuma resposta. Bateu com a mão na porta algumas vezes e gritou: Marcelo! Marcelô! O silêncio que sobrou depois foi rompido por um choro baixinho que Marina nem mesmo fazia questão de enxugar as lágrimas. Caminhou até a sua casa. Abriu a porta. Entrou e segurou o choro. Olhou em volta. Caminhou até o seu quarto. Deitou na cama e voltou a chorar abraçada com o travesseiro. Dormiu até pouco mais da meia noite. Levantou com a boca seca e foi até a cozinha. Serviu um copo de água e tomou inteiro. Serviu outro e tomou mais um gole. Pegou um pão de forma e comeu com queijo e tomate. Pensava nela chorando antes de domir. Primeiro sentiu raiva de Marcelo. Depois riu dela mesmo. Ligou o computador e foi até o banheiro. Quando voltou, antes mesmo de abrir as janelas que piscavam do msn pensou: Acho que chorei porque queria que o Marcelo me quisesse como eu quero ele. Olha para o computador e vê a janela de Beatriz piscando com três tentativas de se comunicar com ela. Uma no final da tarde, outra mais a noite, e outra a poucos minutos. Em todas elas tentava confirmar o encontro. Na última, comentava que tinham que começara olhar as passagens para comprá-las com antecedência. Marina pensou naquilo e abriu alguns sites para ver preços de passagens. Copiou alguns links e colou para Beatriz. Disse: Talvez não possa amanhã, mas quem sabe no final de semana? Beatriz, off line, não respondeu nada. Marina viu que na janela de Marcelo, que também estava off line, havia um recado do final da tarde: Ei, Mari. Amanhã? Posso a partir das sete. Acho essa lan house bem legal. E vamos marcar de comer alguma coisa nesse final de semana? Tenho um vinho branco maravilhoso!
Beij
Marina achou inusitado, esquisito, surpreendente, atraente e apaixonante. Voltou até a janela de Beatriz e escreveu: Vai dar sim. Vamos marcar amanhã entre sete e oito, que cada um vai chegando a hora que quiser. O que você acha? Volta até a janela de Marcelo e escreve: Vinho branco? Hmm!! Então tá marcado amanhã. Nos vemos lá a partir das sete: Eu, você e a Bia. Beijo. Navegou por mais algum tempo, encontrou outros preços por diferentes rotas. Salvou alguns links e mandou por e-mail para Marcelo e Beatriz. Bebeu mais um copo de água e foi dormir.
Marcelo chegou tarde, pois do lançamento do cd, esticou a noite em uma boite que alguns figuras da hi society estariam. Essa era parte do trabalho de Marcelo que ele mesmo tinha que cativar, pois eram esses que agitavam a noite da capital. Abriu o computador e com meia hora de trabalho e um zunido na cabeça ainda por conta da música alta da boite, Marcelo estava enviando conteúdo para o editor que estava de plantão. Pegou o celular e ligou para o editor. Ele atendeu com a voz sonolenta e disse que já ia terminar. Marcelo pegou uma jarra de água na geladeira e ficou esperando ele ligar para confirmar que havia realmente terminado. Marcelo estava preocupado com o que havia ocorrido pela tarde com o restaurante e queria se assegurar de que tudo estaria correto. Abriu o msn e recebeu uma mensagem de Marina off line: Vinho branco? Hmm!! Então tá marcado amanhã. Nos vemos lá a partir das sete: Eu, você e a Bia. Beijo. Marcelo leu aquilo e sorriu satisfeito. Escreveu para Marina. Me espera que vamos juntos. Tenho pouco trabalho amanhã, passo aqui e vamos juntos. O que você acha? Beijo. Marcelo ficou ali conectado por mais algum tempo até que o telefone tocou. Era o editor dizendo que a página estava fechada e enviada. Ainda falando pelo telefone, Marcelo abriu o e-mail, leu e aprovou. Desligou o telefone, o computador e foi dormir, cantarolando: Amanhã, vai ser outro dia! Amanhã, vai ser outro dia!
Quando deu enter, Marcelo viu que Marina já não estava mais on line. A mensagem já tinha ido e na tela do seu computador piscava o cursor em cima de Beij Marcelo deu o enter antes mesmo de terminar de digitar quando uma assistente disse que o restaurante havia convidado eles para irem comer lá. Marcelo que já havia ido repassou o convite para sua equipe. Desligou o computador e foi para casa. No caminho comprou comida e bebida. Chegou em casa e ligou o forno. Ligou o som baixinho e tranquilo. Quando o forno estava mais quente, Marcelo colocou uma carne que havia acabado de salgar. Preparou arroz e salada. Comeu e dormiu por algum tempo. Quando acordou já era quase sete e o filme começava às oito. Levanta correndo e apressado. Liga o chuveiro e corre até a sala. Pega o lap top e leva a música para o banheiro. Volta correndo até a cozinha e enche a louça suja de água. Corre até o banheiro. Com o lap top sobre a bancada, Marcelo escolhe justo o cd que ele vai ao lançamento. Olha a hora e vê que havia dormido pouco mais de vinte minutos. Que estava apressado mas nem havia dormido tanto. O tempo no jornal que foi mais que ele esperava. Tomou banho e se aprontou rápido. Antes de sair, já estava cantarolando algumas das música do cd sem nem mesmo se dar conta.
Marina acordou tarde e saiu para comer em um restaurante. Estava com preguiça de cozinhar e foi até um restaurante perto de onde morava. Colocou a primeira roupa que viu. Era um belo vestido. Comeu e voltou para casa. Quando chegou ligou o computador e falou com várias pessoas. Havia um recado off line de Marcelo, no meio da madrugada: Claro, vamos marcar sim. Quando? Onde? Beatriz não apreceu e nem mesmo Marcelo. Marina estava ansiosa com o encontro e acabou achando bom que nada havia sido combinado então, já que nenhum dos dois havia se manifestado. Marina clicou no nome de Marcelo off line e escreveu para ele. Amanhã, Marcelo! Na Sexta. Estamos pensando em uma lan house na praça aqui perto de casa. O que você acha? Você pode? Marcelo?! Beijo. Passou mais algum tempo e nem ele nem Beatriz apareceram. Marina decide desligar o computador e dar uma ida até o escritório para conferir como se finalizava o novo projeto. Foi até o banheiro e tomou um banho rápido. Se aprontou e saiu por volta de quatro da tarde. Chegou rápido no trabalho, pois o trânsito estava tranquilo. Trabalhou até anoitecer. Estava criando bichos e histórias em relação a Marcelo, a sua sexualidade, a paixão que ele despertava nela, a noite que haviam passado. Resolveu meter a cara no trabalho e trabalhou até anoitecer. Nem mesmo viu o tempo passar. Quando se deu conta já havia anoitecido e estava somente ela e sua assistente no escritório. Deixaram o trabalho do jeito que estava e saíram para comer. Foram até uma lanchonete próxima. Quando chegaram se animaram e pediram algo para beber também. Comeram e beberam. Celebraram o sucesso do projeto e conversaram um pouco. Marina contou sobre a viagem que planejava fazer a México e Cuba à sua assistente, que ouvia entusiasmada. A conversa rendeu um pouco. Depois, se despediram e cada uma foi para sua casa. No caminho de volta para casa, Marina pensou em como havia vencido algumas barreiras que ela mesma se colocava ao cumplicidar sua vida mais pessoal com sua vida no trabalho. Chegou mais rápido em casa do que havia ido enquanto filosofava sobre sua timidez. Subiu o eleveador e quanto mais se aproximava, mais Marina pensava em Marcelo. Abriu a porta do elevador e foi até a porta de Marcelo. Bateu a campainha. Nenhuma resposta. Bateu mais duas vezes e nenhuma resposta. Bateu com a mão na porta algumas vezes e gritou: Marcelo! Marcelô! O silêncio que sobrou depois foi rompido por um choro baixinho que Marina nem mesmo fazia questão de enxugar as lágrimas. Caminhou até a sua casa. Abriu a porta. Entrou e segurou o choro. Olhou em volta. Caminhou até o seu quarto. Deitou na cama e voltou a chorar abraçada com o travesseiro. Dormiu até pouco mais da meia noite. Levantou com a boca seca e foi até a cozinha. Serviu um copo de água e tomou inteiro. Serviu outro e tomou mais um gole. Pegou um pão de forma e comeu com queijo e tomate. Pensava nela chorando antes de domir. Primeiro sentiu raiva de Marcelo. Depois riu dela mesmo. Ligou o computador e foi até o banheiro. Quando voltou, antes mesmo de abrir as janelas que piscavam do msn pensou: Acho que chorei porque queria que o Marcelo me quisesse como eu quero ele. Olha para o computador e vê a janela de Beatriz piscando com três tentativas de se comunicar com ela. Uma no final da tarde, outra mais a noite, e outra a poucos minutos. Em todas elas tentava confirmar o encontro. Na última, comentava que tinham que começara olhar as passagens para comprá-las com antecedência. Marina pensou naquilo e abriu alguns sites para ver preços de passagens. Copiou alguns links e colou para Beatriz. Disse: Talvez não possa amanhã, mas quem sabe no final de semana? Beatriz, off line, não respondeu nada. Marina viu que na janela de Marcelo, que também estava off line, havia um recado do final da tarde: Ei, Mari. Amanhã? Posso a partir das sete. Acho essa lan house bem legal. E vamos marcar de comer alguma coisa nesse final de semana? Tenho um vinho branco maravilhoso!
Beij
Marina achou inusitado, esquisito, surpreendente, atraente e apaixonante. Voltou até a janela de Beatriz e escreveu: Vai dar sim. Vamos marcar amanhã entre sete e oito, que cada um vai chegando a hora que quiser. O que você acha? Volta até a janela de Marcelo e escreve: Vinho branco? Hmm!! Então tá marcado amanhã. Nos vemos lá a partir das sete: Eu, você e a Bia. Beijo. Navegou por mais algum tempo, encontrou outros preços por diferentes rotas. Salvou alguns links e mandou por e-mail para Marcelo e Beatriz. Bebeu mais um copo de água e foi dormir.
Marcelo chegou tarde, pois do lançamento do cd, esticou a noite em uma boite que alguns figuras da hi society estariam. Essa era parte do trabalho de Marcelo que ele mesmo tinha que cativar, pois eram esses que agitavam a noite da capital. Abriu o computador e com meia hora de trabalho e um zunido na cabeça ainda por conta da música alta da boite, Marcelo estava enviando conteúdo para o editor que estava de plantão. Pegou o celular e ligou para o editor. Ele atendeu com a voz sonolenta e disse que já ia terminar. Marcelo pegou uma jarra de água na geladeira e ficou esperando ele ligar para confirmar que havia realmente terminado. Marcelo estava preocupado com o que havia ocorrido pela tarde com o restaurante e queria se assegurar de que tudo estaria correto. Abriu o msn e recebeu uma mensagem de Marina off line: Vinho branco? Hmm!! Então tá marcado amanhã. Nos vemos lá a partir das sete: Eu, você e a Bia. Beijo. Marcelo leu aquilo e sorriu satisfeito. Escreveu para Marina. Me espera que vamos juntos. Tenho pouco trabalho amanhã, passo aqui e vamos juntos. O que você acha? Beijo. Marcelo ficou ali conectado por mais algum tempo até que o telefone tocou. Era o editor dizendo que a página estava fechada e enviada. Ainda falando pelo telefone, Marcelo abriu o e-mail, leu e aprovou. Desligou o telefone, o computador e foi dormir, cantarolando: Amanhã, vai ser outro dia! Amanhã, vai ser outro dia!
sábado, 13 de junho de 2009
Capítulo XXVII - Rotina
O telefone celular de Marcelo não parava de tocar. Marcelo, meio sonolento foi até a sala atrás do telefone. Com a vista um pouco embaçada ele viu que era do jornal. Quando atendeu era trabalho que estava de novo acontecendo na noite da capital. Havia inauguração de um restaurante, de uma boite e um show em plena quarta-feira. Mais algumas casas funcionando com sua rotina normal. Seguidos de um lançamento de cd na quinta-feira. Pré-estréia de um filme de um diretor de Belo Horizonte. E mais a noite bombando também. Marcelo olhou a hora e já era quase três da tarde. Ele desligou o telefone rapidamente e foi até a cozinha. Colocou água para o café e foi até o seu quarto. Tirou a roupa dormida e foi até o banheiro onde se lavou rápido, mal e porcamente. Saiu do banho e voltou até a cozinha. Passou o café e vestiu a primeira roupa que tinha no guarda-roupa. Marcelo já sabia o volume de trabalho que tinha nos próximos dias. Sabia inclusive que sua equipe teria que cobrir todos os eventos, mas ele também. A vida cultural, noturna, boêmia da cidade está em alta. Comenta Marcelo sozinho enquanto terminava de tomar uma xícara de café. Saiu apressado de casa e foi até o trabalho.
Marina se levantou ainda pela manhã e olhou o computador. Nenhuma resposta de Marcelo. Ela começou a achar o comportamento dele pouco interessado. Se arrumou e foi para o trabalho. Haviam alguns pequenos ajustes que o cliente havia pedido a ela e que eram simples de se fazer, mas que somente ela poderia fazê-los. Foi trabalhar com uma pulga atrás da orelha com Marcelo.
Quando Marcelo chegou no jornal, coordenou toda sua equipe com uma estratégia. Estariam sempre em duplas e com uma câmera digital. Marcelo levou com ele o fotógrafo. E reservou para ele os eventos onde sua presença seria mais notada. Deixou as baladas para o resto da equipe. Agendado e coordenado com todos sobre o formato de envio do conteúdo no final da noite, Marcelo organizou o que iria ser publicado nos próximos dias. Os eventos mais importantes óbviamente deveriam estar, mas com tantas casas noturnas funcionando, sempre dava pra dar uma variada e ter assunto importante até o final de semana do que tinha rolado na semana. Marcelo começou a adiantar ali mesmo no trabalho a diagramar alguns formatos para os próximos dias. Era perto das sete da noite quando Marcelo foi para casa tomar um banho decente e se preparar para voltar a trabalhar.
Marina chegou cedo do trabalho. E estava cansada, depois da noite com Marcelo, havia passado outra noite com o computador. Foi até a cozinha e comeu alguns biscoitos. Colou o ouvido na parede e não ouviu nenhum barulho na casa de Marcelo. Ligou o computador e foi até a porta enquanto ele iniciava. Parou de frente a porta e respirou fundo. Deu mais uma respirada funda e abriu a porta. Foi até a porta de Marcelo e tocou a campainha. Esperou por um tempo e tocou outra vez. Esperou por mais algum tempo e voltou a tocar. Desistiu e voltou a sua casa. Quando chegou até o computador, já havia uma respota de Ramón, outra de sua irmã e janelas do msn piscando. Marina leu primeiro a de sua irmã que dizia que tinha muita vontade de viajar com ela, mas que estava prestes a dar algum tempo na Europa. Algumas novas oportunidades iam pintando no velho continente. Marina sorriu ao terminar de ler o e-mail da irmã. Antes de ler o de Ramón abriu todas as janelas do msn que piscavam. Várias pessoas querendo conversar e uma delas era Beatriz, que sugeria de maracarem na sexta-feira, para se encontrarem depois do trabalho. Marina gostou da idéia e disse que poderia ser. Ficaram de se falar no dia seguinte para marcar direito. Marina queria confirmar com Marcelo se ele estaria com ela e tinha dúvidas sobre ele. Despediu-se de Beatriz dizendo que tinha de sair e só delsigou o msn. Ficou ali pensando sobre Marcelo, sobre o grande passo que tinha dado ao se revelar a uma pessoa de seu mundo virtual e que estava superando isso agora com Beatriz também. Leu o e-mail de Ramón e ficou muito feliz. Escreveu a ele contando sobre os próximos planos de viajar com Marcelo e Beatriz e também sobre seu receio de Marcelo não querer mais nada com ela. Desligou o computador após navegar por mais meia hora e foi dormir. Quando deitou na cama, não demorou muito para adormecer e dormir um sono pesado.
Marcelo chegou em casa e foi logo ligando a música. Levou o lap top para o quarto e ligou em umas caixinhas. Foi até o banheiro e ligou o chuveiro para começar a esquentar. Foi até a cozinha e viu que não tinha nada prático e rápido para comer. Pegou o telefone e pediu uma pizza. Entrou para o banho e pouco depois de sair chegou a pizza. Ainda de toalhas recebeu a pizza. Deixou a pizza sobre a bancada da cozinha e voltou até o seu quarto. Se enxugou e colocou um roupão. Levou o lap top para a cozinha e comeu a pizza enquanto navegava na internet. Antes de desligar o computador, Marcelo abre o msn. Olha para o nome de Marina e está off line. Passados uns quatro segundos surge uma mensagem de Marina off line: Marcelo! Preciso combinar com você da gente encontrar com a Beatriz para planejar nossa viagem. Beijo. Marcelo responde: Claro, vamos marcar sim. Quando? Onde? E Marina não responde. Depois de esperar por 10 minutos, Marcelo se deu conta que a mensagem que recebera off line de Marina havia sido enviada de madrugada. Ele desligou o computador e terminou de se aprontar. Saiu de casa e olhou para a porta de Marina. Chamou o elevador e enquanto ele não chegava, Marcelo chegou o ouvido perto da porta de Marina. Não ouviu nem um ruído lá de dentro. O elevador chegou, Marcelo desceu e pegou um táxi para levá-lo primeiro ao lançamento do cd. Do show, ele foi até o restaurante e terminou a noite na boite. Era perto das três da manhã quando ele voltou para casa. Chegou em casa e ligou o computador. Descarregou ele mesmo as fotos desses eventos. Montou a página do jornal. Viu que faltava algo. Abriu seu e-mail e haviam mais dois conteúdos de fotos e notícias. Marcelo pegou o segundo e tirou um pouco de fotos da boite e do restaurante para usá-las em outros dias. Terminou e mandou para o jornal antes das 4 da manhã. Antes de desligar abriu o msn e nenhuma resposta de Marina. Fechou o lap top e foi até a varanda fumar um cigarro. Fumou enquanto pensava na relação que estava contruíndo com Marina. Não sei explicar direito, mas ela me faz bem. Pensa Marcelo. Acho que vou investir mais. Deixa só passar esses dias tumultuados de trabalho que vou lá conversar com ela. Concluiu. Apagou o cigarro. Viu que a noite começava a ficar um pouco mais clara. Olhou para o relógio e a madrugada ia terminando. Foi até o seu quarto e não demorou para domir. Apagou antes mesmo do sol nascer.
Marina se levantou ainda pela manhã e olhou o computador. Nenhuma resposta de Marcelo. Ela começou a achar o comportamento dele pouco interessado. Se arrumou e foi para o trabalho. Haviam alguns pequenos ajustes que o cliente havia pedido a ela e que eram simples de se fazer, mas que somente ela poderia fazê-los. Foi trabalhar com uma pulga atrás da orelha com Marcelo.
Quando Marcelo chegou no jornal, coordenou toda sua equipe com uma estratégia. Estariam sempre em duplas e com uma câmera digital. Marcelo levou com ele o fotógrafo. E reservou para ele os eventos onde sua presença seria mais notada. Deixou as baladas para o resto da equipe. Agendado e coordenado com todos sobre o formato de envio do conteúdo no final da noite, Marcelo organizou o que iria ser publicado nos próximos dias. Os eventos mais importantes óbviamente deveriam estar, mas com tantas casas noturnas funcionando, sempre dava pra dar uma variada e ter assunto importante até o final de semana do que tinha rolado na semana. Marcelo começou a adiantar ali mesmo no trabalho a diagramar alguns formatos para os próximos dias. Era perto das sete da noite quando Marcelo foi para casa tomar um banho decente e se preparar para voltar a trabalhar.
Marina chegou cedo do trabalho. E estava cansada, depois da noite com Marcelo, havia passado outra noite com o computador. Foi até a cozinha e comeu alguns biscoitos. Colou o ouvido na parede e não ouviu nenhum barulho na casa de Marcelo. Ligou o computador e foi até a porta enquanto ele iniciava. Parou de frente a porta e respirou fundo. Deu mais uma respirada funda e abriu a porta. Foi até a porta de Marcelo e tocou a campainha. Esperou por um tempo e tocou outra vez. Esperou por mais algum tempo e voltou a tocar. Desistiu e voltou a sua casa. Quando chegou até o computador, já havia uma respota de Ramón, outra de sua irmã e janelas do msn piscando. Marina leu primeiro a de sua irmã que dizia que tinha muita vontade de viajar com ela, mas que estava prestes a dar algum tempo na Europa. Algumas novas oportunidades iam pintando no velho continente. Marina sorriu ao terminar de ler o e-mail da irmã. Antes de ler o de Ramón abriu todas as janelas do msn que piscavam. Várias pessoas querendo conversar e uma delas era Beatriz, que sugeria de maracarem na sexta-feira, para se encontrarem depois do trabalho. Marina gostou da idéia e disse que poderia ser. Ficaram de se falar no dia seguinte para marcar direito. Marina queria confirmar com Marcelo se ele estaria com ela e tinha dúvidas sobre ele. Despediu-se de Beatriz dizendo que tinha de sair e só delsigou o msn. Ficou ali pensando sobre Marcelo, sobre o grande passo que tinha dado ao se revelar a uma pessoa de seu mundo virtual e que estava superando isso agora com Beatriz também. Leu o e-mail de Ramón e ficou muito feliz. Escreveu a ele contando sobre os próximos planos de viajar com Marcelo e Beatriz e também sobre seu receio de Marcelo não querer mais nada com ela. Desligou o computador após navegar por mais meia hora e foi dormir. Quando deitou na cama, não demorou muito para adormecer e dormir um sono pesado.
Marcelo chegou em casa e foi logo ligando a música. Levou o lap top para o quarto e ligou em umas caixinhas. Foi até o banheiro e ligou o chuveiro para começar a esquentar. Foi até a cozinha e viu que não tinha nada prático e rápido para comer. Pegou o telefone e pediu uma pizza. Entrou para o banho e pouco depois de sair chegou a pizza. Ainda de toalhas recebeu a pizza. Deixou a pizza sobre a bancada da cozinha e voltou até o seu quarto. Se enxugou e colocou um roupão. Levou o lap top para a cozinha e comeu a pizza enquanto navegava na internet. Antes de desligar o computador, Marcelo abre o msn. Olha para o nome de Marina e está off line. Passados uns quatro segundos surge uma mensagem de Marina off line: Marcelo! Preciso combinar com você da gente encontrar com a Beatriz para planejar nossa viagem. Beijo. Marcelo responde: Claro, vamos marcar sim. Quando? Onde? E Marina não responde. Depois de esperar por 10 minutos, Marcelo se deu conta que a mensagem que recebera off line de Marina havia sido enviada de madrugada. Ele desligou o computador e terminou de se aprontar. Saiu de casa e olhou para a porta de Marina. Chamou o elevador e enquanto ele não chegava, Marcelo chegou o ouvido perto da porta de Marina. Não ouviu nem um ruído lá de dentro. O elevador chegou, Marcelo desceu e pegou um táxi para levá-lo primeiro ao lançamento do cd. Do show, ele foi até o restaurante e terminou a noite na boite. Era perto das três da manhã quando ele voltou para casa. Chegou em casa e ligou o computador. Descarregou ele mesmo as fotos desses eventos. Montou a página do jornal. Viu que faltava algo. Abriu seu e-mail e haviam mais dois conteúdos de fotos e notícias. Marcelo pegou o segundo e tirou um pouco de fotos da boite e do restaurante para usá-las em outros dias. Terminou e mandou para o jornal antes das 4 da manhã. Antes de desligar abriu o msn e nenhuma resposta de Marina. Fechou o lap top e foi até a varanda fumar um cigarro. Fumou enquanto pensava na relação que estava contruíndo com Marina. Não sei explicar direito, mas ela me faz bem. Pensa Marcelo. Acho que vou investir mais. Deixa só passar esses dias tumultuados de trabalho que vou lá conversar com ela. Concluiu. Apagou o cigarro. Viu que a noite começava a ficar um pouco mais clara. Olhou para o relógio e a madrugada ia terminando. Foi até o seu quarto e não demorou para domir. Apagou antes mesmo do sol nascer.
sábado, 6 de junho de 2009
Capítulo XXVI - día nO laborable
Quando Marcelo abriu os olhos, Marina já não estava mais ali. Se levantou da cama e viu um bilhete pregado no marco da porta. Levantou e foi até ele. Havia um recado de Marina que dizia:
Tive que ir.
Beijo.
Mari
Marcelo tirou o bilhete da porta e olhou para o relógio. Já eram quase duas tarde. Ele se vestiu e foi para sua casa. Tomou um banho e depois preparou um caprichado café da manhã com omelete de queijo e muito café. Marcelo estava com uma leve ressaca, mas tinha o dia livre para fazer o que quisesse. E isso, era o que ele mais gostava, comia, pensava e descansava no seu tempo. E foi tomar seu café da manhã na varanda . Sentou e comeu enquanto via alguns ônibus e carros passar na rua. O barulho não se ouvia muito e Marcelo ficou olhando as janelas dos prédios da frente da sua casa. Começou pela de Marisa Pietra e não via nada além do cheiro de morte que já utilizara em sua história e foi buscar mais inspiração em outras janelas e viu um cara passar de toalha algumas janelas abaixo, continuou olhando e o cara não voltou. Seguiu olhando outras janelas e em uma delas uma senhora sentada sozinha em uma sala de estar. Marcelo ficou observando e ela permanecia sentada no sofá e sozinha. Marcelo ficou mais algum tempo vendo ela sentada sozinha ali e percebeu que havia somente uma xícara vazia do lado oposto de onde a senhora estava. Foi se inspirando e correu para buscar seu computador. Que interessante, pensa Marcelo, já colocando o lap top na mesa da varanda, acende o seu cigarro e a senhora permanece sozinha. Marcelo abre seu livro e começa a escrever mais em sua história, sua próxima vítima era uma senhora viúva. Quando olha novamente, Marcelo vê um senhor servindo um bule onde ele não havia visto que havia uma xícara por conta de um vaso de plantas na mesinha da sala. O senhor serviu para ele, colocou o bule sobre a mesa e abriu um pouco janela. Marcelo pode ouvir um jazz e escreveu mais em sua história. Sentaram e Marcelo se deu conta que tomavam um chá pois as duas xícaras permaneciam sobre a mesa, após alguns minutos o homem bebericou da dele. Voltou a xícara a até a mesa e ficaram sentados um de frente pro outro conversando. Após mais alguns minutos, a senhora tomou um gole da sua xícara enquanto ele parecia estar falando pela forma como gesticulava. Ele sem parar de gesticular pegou a xícara e tomou um gole do chá também. Assim seguiram por mais de meia hora. Marcelo havia escrito bastante em sua história e voltou para a sala. Ligou o laptop no som. Colocou uma música e foi até a cozinha. Abriu a geladeira e ficou olhando o que tinha pra fazer. Foi até o armário e abriu e viu que tinha pão integral, atum e azeitona e milho. Voltou até a geladeira e viu que tinha verduras e logo pensou em prepara uma bela salada. Ligou o forno e tirou o pão do armário. Colocou sobre a mesa tirou as outras latas e vidros, foi até a geladeira tirou duas alfaces diferentes, uma acelga, cenoura, tomate e maçã. Fechou a porta da geladeira e começou a picar o pão. Colocou em uma bandeja, passou um azeite e salpicou sal e ervas finas. Abriu o forno e viu que estava bem quente. Abaixou a temperatura do forno para a mínima e colocou a bandeja no forno. Marcelo começa todo o processo de descascar e picar. Vai separando cada parte picadinha separada. Antes de terminar vai até o forno e vê que os pães já estão virando crutons. Desliga o forno e volta para terminar de preparar a salada. Pega uma vasilha e começa a colocar os ingredientes. Derrama azeite, vinagre e um pouco de sal e óregano. Abre o forno e tira os crutons quentinhos. Passa eles para um pratinho e começa a misturar a salada. pega um dos crutons e experimenta, acha meio sem sal. Joga alguns no meio da salada e experimenta. Levemente salgada. Voilà ! É assim que eu gosto. Comenta Marcelo. Joga os croutons na salada e mistura tudo. Leva a vasilha até o sofá senta e come nela mesma. Come a vasilha inteira e depois dorme. A música acaba no computador alguns minutos depois.
Marina chega em casa pouco depois das sete, depois de um dia em que teve que terminar um projeto, apresentá-lo para o cliente e depois sair para um happy hour para comemorar o fechamento do projeto. Exausta Marina entra em casa e vai logo tomar um copo de água. Em seguida vai até o quarto. Vê que o bilhete não está mais pregado na porta e que a cama está do jeito que Marcelo havia levantado. Terminar de tomar o copo de água, tira a roupa e deita na cama. Sente o cheiro de Marcelo e adormece exausta.
Passada quase uma hora depois, Marcelo desperta de sua sesta. Levanta e coloca um pouco de água para esquentar. Prepara um filtro de papel na garrafa enquanto a água ferve. Passa o café vai até o seu computador. Liga a música alta. Uma música clássica muito alta de uma coleção especial de um concerto de 3 horas. Levou o café para a sala e serviu antes mesmo de se sentar. Queimando a boca, Marcelo coloca a garrafa de café sobre a mesa. Senta começa a balançar as mãos no ritmo da música. Passadas duas xícaras de café ele teve vontade de ir ao banheiro. Foi até o seu quarto e na volta viu o livro que estava lendo ao lado da cama. Pegou o livro e começou a ler. Achou a história interressante e sentou na cama. Leu duas páginas e foi até a sala buscar mais café. Pegou a garrafa e levou para o quarto. Meio que deitado na cama ficou ali, lendo, fumando e bebendo.
Marina acordou pouco tempo depois que havia se deitado. O som na casa de Marcelo era muito alto. Ela foi até a internet e viu que ele estava off line. Escreveu para ele: Marcelo, poderia abaixar o som por favor, estou cansada e preciso dormir. Beijo. Volta para sua cama e coloca uns fones nos ouvidos com uma música bem lenta e suave que a ópera que Marcelo escutava. Não conseguia dormir. Levantou e foi tomar banho. Fechou a porta do banheiro e com o barulho do chuveiro não se ouvia mais nada do lado de fora. Marina tomou um banho demorado. Quando saiu a música de Marcelo havia se desligado. Ainda sem se vestir foi até a cozinha. Do outro lado nenhum barulho. Abriu o computador e estava escrito: Tudo bem, foi mal! Beijo e boa noite.
Marcelo ficou algum tempo lendo e se entreteve muito pela história. Passou mais de hora ali. Levantou e foi desligar a música pois estava gostando mais do livro que estava lendo. Ele abre o computador, e seu msn off line tinha a mensagem de Marina. Ele responde e desilga o computador. Volta até o seu quarto, deita na cama e volta a se concentrar no livro.
Marina esscreve: Marcelo? E não tem nenhuma resposta do outro lado. Fica ali por algumas horas, e logo algumas pessoas começam a conversar com Marina. E-mails que trazem e levam notícias. Um enorme relato a Ramón sobre o desfecho da história com o Marcelo. Beatriz que ia planejando a viagem junto com Marina que se lembra de enviar um e-mail para sua irmã tentando convencê-la a ir a Cuba e a México. Olha a janela de Marcelo e nenhuma resposta. Volta a planejar a viagem com Beatriz. Depois de algum tempo falando sobre os lugares que gostariam de visitar, sugerem marcar um encontro para planejarem melhor a viagem. As duas se empolgam e sugerem marcar para os próximos dias. Marina está contente com a forma como funcionou sair da sua bolha virtual com Marcelo e está disposta a fazer o mesmo com Beatriz, ainda mais com Marcelo ao seu lado. Antes de desligar o computador, Marina digita para Marcelo: Marcelo! Preciso combinar com você da gente encontrar com a Beatriz para planejar nossa viagem. Beijo. Vai até o seu quarto deita e adormece.
Tive que ir.
Beijo.
Mari
Marcelo tirou o bilhete da porta e olhou para o relógio. Já eram quase duas tarde. Ele se vestiu e foi para sua casa. Tomou um banho e depois preparou um caprichado café da manhã com omelete de queijo e muito café. Marcelo estava com uma leve ressaca, mas tinha o dia livre para fazer o que quisesse. E isso, era o que ele mais gostava, comia, pensava e descansava no seu tempo. E foi tomar seu café da manhã na varanda . Sentou e comeu enquanto via alguns ônibus e carros passar na rua. O barulho não se ouvia muito e Marcelo ficou olhando as janelas dos prédios da frente da sua casa. Começou pela de Marisa Pietra e não via nada além do cheiro de morte que já utilizara em sua história e foi buscar mais inspiração em outras janelas e viu um cara passar de toalha algumas janelas abaixo, continuou olhando e o cara não voltou. Seguiu olhando outras janelas e em uma delas uma senhora sentada sozinha em uma sala de estar. Marcelo ficou observando e ela permanecia sentada no sofá e sozinha. Marcelo ficou mais algum tempo vendo ela sentada sozinha ali e percebeu que havia somente uma xícara vazia do lado oposto de onde a senhora estava. Foi se inspirando e correu para buscar seu computador. Que interessante, pensa Marcelo, já colocando o lap top na mesa da varanda, acende o seu cigarro e a senhora permanece sozinha. Marcelo abre seu livro e começa a escrever mais em sua história, sua próxima vítima era uma senhora viúva. Quando olha novamente, Marcelo vê um senhor servindo um bule onde ele não havia visto que havia uma xícara por conta de um vaso de plantas na mesinha da sala. O senhor serviu para ele, colocou o bule sobre a mesa e abriu um pouco janela. Marcelo pode ouvir um jazz e escreveu mais em sua história. Sentaram e Marcelo se deu conta que tomavam um chá pois as duas xícaras permaneciam sobre a mesa, após alguns minutos o homem bebericou da dele. Voltou a xícara a até a mesa e ficaram sentados um de frente pro outro conversando. Após mais alguns minutos, a senhora tomou um gole da sua xícara enquanto ele parecia estar falando pela forma como gesticulava. Ele sem parar de gesticular pegou a xícara e tomou um gole do chá também. Assim seguiram por mais de meia hora. Marcelo havia escrito bastante em sua história e voltou para a sala. Ligou o laptop no som. Colocou uma música e foi até a cozinha. Abriu a geladeira e ficou olhando o que tinha pra fazer. Foi até o armário e abriu e viu que tinha pão integral, atum e azeitona e milho. Voltou até a geladeira e viu que tinha verduras e logo pensou em prepara uma bela salada. Ligou o forno e tirou o pão do armário. Colocou sobre a mesa tirou as outras latas e vidros, foi até a geladeira tirou duas alfaces diferentes, uma acelga, cenoura, tomate e maçã. Fechou a porta da geladeira e começou a picar o pão. Colocou em uma bandeja, passou um azeite e salpicou sal e ervas finas. Abriu o forno e viu que estava bem quente. Abaixou a temperatura do forno para a mínima e colocou a bandeja no forno. Marcelo começa todo o processo de descascar e picar. Vai separando cada parte picadinha separada. Antes de terminar vai até o forno e vê que os pães já estão virando crutons. Desliga o forno e volta para terminar de preparar a salada. Pega uma vasilha e começa a colocar os ingredientes. Derrama azeite, vinagre e um pouco de sal e óregano. Abre o forno e tira os crutons quentinhos. Passa eles para um pratinho e começa a misturar a salada. pega um dos crutons e experimenta, acha meio sem sal. Joga alguns no meio da salada e experimenta. Levemente salgada. Voilà ! É assim que eu gosto. Comenta Marcelo. Joga os croutons na salada e mistura tudo. Leva a vasilha até o sofá senta e come nela mesma. Come a vasilha inteira e depois dorme. A música acaba no computador alguns minutos depois.
Marina chega em casa pouco depois das sete, depois de um dia em que teve que terminar um projeto, apresentá-lo para o cliente e depois sair para um happy hour para comemorar o fechamento do projeto. Exausta Marina entra em casa e vai logo tomar um copo de água. Em seguida vai até o quarto. Vê que o bilhete não está mais pregado na porta e que a cama está do jeito que Marcelo havia levantado. Terminar de tomar o copo de água, tira a roupa e deita na cama. Sente o cheiro de Marcelo e adormece exausta.
Passada quase uma hora depois, Marcelo desperta de sua sesta. Levanta e coloca um pouco de água para esquentar. Prepara um filtro de papel na garrafa enquanto a água ferve. Passa o café vai até o seu computador. Liga a música alta. Uma música clássica muito alta de uma coleção especial de um concerto de 3 horas. Levou o café para a sala e serviu antes mesmo de se sentar. Queimando a boca, Marcelo coloca a garrafa de café sobre a mesa. Senta começa a balançar as mãos no ritmo da música. Passadas duas xícaras de café ele teve vontade de ir ao banheiro. Foi até o seu quarto e na volta viu o livro que estava lendo ao lado da cama. Pegou o livro e começou a ler. Achou a história interressante e sentou na cama. Leu duas páginas e foi até a sala buscar mais café. Pegou a garrafa e levou para o quarto. Meio que deitado na cama ficou ali, lendo, fumando e bebendo.
Marina acordou pouco tempo depois que havia se deitado. O som na casa de Marcelo era muito alto. Ela foi até a internet e viu que ele estava off line. Escreveu para ele: Marcelo, poderia abaixar o som por favor, estou cansada e preciso dormir. Beijo. Volta para sua cama e coloca uns fones nos ouvidos com uma música bem lenta e suave que a ópera que Marcelo escutava. Não conseguia dormir. Levantou e foi tomar banho. Fechou a porta do banheiro e com o barulho do chuveiro não se ouvia mais nada do lado de fora. Marina tomou um banho demorado. Quando saiu a música de Marcelo havia se desligado. Ainda sem se vestir foi até a cozinha. Do outro lado nenhum barulho. Abriu o computador e estava escrito: Tudo bem, foi mal! Beijo e boa noite.
Marcelo ficou algum tempo lendo e se entreteve muito pela história. Passou mais de hora ali. Levantou e foi desligar a música pois estava gostando mais do livro que estava lendo. Ele abre o computador, e seu msn off line tinha a mensagem de Marina. Ele responde e desilga o computador. Volta até o seu quarto, deita na cama e volta a se concentrar no livro.
Marina esscreve: Marcelo? E não tem nenhuma resposta do outro lado. Fica ali por algumas horas, e logo algumas pessoas começam a conversar com Marina. E-mails que trazem e levam notícias. Um enorme relato a Ramón sobre o desfecho da história com o Marcelo. Beatriz que ia planejando a viagem junto com Marina que se lembra de enviar um e-mail para sua irmã tentando convencê-la a ir a Cuba e a México. Olha a janela de Marcelo e nenhuma resposta. Volta a planejar a viagem com Beatriz. Depois de algum tempo falando sobre os lugares que gostariam de visitar, sugerem marcar um encontro para planejarem melhor a viagem. As duas se empolgam e sugerem marcar para os próximos dias. Marina está contente com a forma como funcionou sair da sua bolha virtual com Marcelo e está disposta a fazer o mesmo com Beatriz, ainda mais com Marcelo ao seu lado. Antes de desligar o computador, Marina digita para Marcelo: Marcelo! Preciso combinar com você da gente encontrar com a Beatriz para planejar nossa viagem. Beijo. Vai até o seu quarto deita e adormece.
domingo, 3 de maio de 2009
Capítulo XXV - Virada
Alguns dias se passaram e Marcelo nem havia se dado conta do passo tempo. Foi trabalho em cima de rotina, festas, fotos, textos, bebida, prazos, ressacas e o tempo que lhe sobrava, somente queria dormir. Quando se deu conta, fazia muito tempo que havia falado com Marinis pela última vez. Ele não tinha dado mais nenhuma notícia. Não tinha ligado e nem desvendado o caso, pois o único hábito que Marcelo conseguia manter mesmo quando o trabalho apertava era ler todo o jornal todos os dias. E no jornal, a seção que mais lhe interessava nem mesmo era a sua, essa ele via só mesmo para se orgulhar e conferir se estava tudo correto. A parte que Marcelo lia primeiro era sempre a de Polícia. Pegou o telefone para ligar para Marinis. Enquanto buscava o nome do delegado, Marcelo se lembrou que tinha um coquetel para ir naquela segunda-feira. Era um vernissage de um talentoso artista da capital, e Marcelo nem precisava muito ir, pois sua equipe poderia cubrir tranquilamente o evento, mas ele, particularmente, gostava do trabalho do jovem artista. Antes de chegar no nome de Marinis, Marcelo desistiu e pensou: Melhor amanhã, pois hoje chego cedo, não bebo muito, e amanhã e depois é folga, finalmente! Pegou o laptop e ligou no som, colocou uma música brasileira suave. Começou a cantar junto. A letra falava de um amor impossível entre pessoas totalmente diferentes, de mundos opostos, mas que insistiam em buscar alguma forma para que se entendessem e ficassem juntos pois se amavam. Marcelo começou a pensar na letra da música e lembrou de Marina. Ficava se recriminando em pensamento por ser uma relação hetero, mas ele sentia um carinho especial por Marina, ela despertava nele confiança, inteligência e algo de libído. Marcelo se explicava o que estava acontecendo para poder se justificar porque estava sentindo aquilo por uma mulher. Já faz algum tempo que não saio com um bofe, deve ser isso! Falou Marcelo abrindo o msn. Entrou e viu Marina, ocupada, como sempre. Logo ficou on line e começou a conversar com ela. Conversaram por mais de hora. Entre eles a conversa fluia, iam de um assunto ao outro com facildiade, discutiam, polemizavam, se entendiam, explicavam-se, e até sonhavam. Marcelo, no meio da conversa pediu licença a Marina que seu telefone estava tocando e era do trabalho. Marina disse que ele tomasse o tempo que precisasse, que ela também tinha que enviar uns e-mails ali. Marcelo estava mentindo. O telefone não tocava nada e ele foi para a varanda fumar um cigarrro. Acendeu o cigarro e sentou olhando para a janela de Pietra. Lembrou um pouco mais das cenas que havia visto. Notou que com o passo do tempo, era cada vez menos claro na sua memória o que tinha visto. Que aos poucos uns detalhes iam se perdendo. Já não lembrava muito bem com que mão havia sido dado o tapa, se com a esquerda ou com a direita. Quando estava quase terminando o cigarro, Marcelo lembrou de porque havia dado um tempo fumando. Era mais que matar seu vício, era para pensar sobre Marina. Marcelo pensou por quase vinte minutos e decidiu que se deixaria levar por isso que estava sentindo por Marina, que se tudo talvez fosse absolutamente e totalmente diferente, poderia funcionar. Lembrou da música e cantarolou um trechinho que falava que eram de mundos diferentes. Voltou ao computador pensando que se arriscaria antes por aqui do que em uma viagem no México, pois estava realmente determinado a ir com Marina à Cuba e México. Tinha muita vontade de conhecer o México por conta de um sonho que tinha tido quando era adolescente. Sonhou que era membro de uma tribo Maia, um membro com um certo perstígio, talvez um sacerdote. Quando abriu o msn outra vez, ele já estava ausente. Marina também estava ausente. Ele a chamou e ela não respondeu. Ele então lhe fez um convite para que ela o acompanhasse no vernissage que ele tinha para ir naquela noite. Sabia que um convite como esse ela não poderia recusar, pois o que mais atraia Marcelo, era como Marina utilizava sua inteligência para consumir cultura. Mas Marina não respondeu. Marcelo esperou por mais um tempo. Nada de Marina. Olhou para o relógio e se aproximava das seis da tarde. Foi até a cozinha e colocou uma água para fazer café. Voltou e não havia nenhuma resposta de Marina. Pensou, se o coquetel começa às oito, melhor eu falar com ela agora. Marcelo escreveu no msn: Marina? Se levantou, abriu a porta e bateu a campainha do apartamento de Marina. Ela demorou para atender, e depois da segunda vez que Marcelo chamou ela abriu a porta. Marcelo olhou para ela e sorriu: Ei, você gostaria de ir a um vernissage comigo hoje? Preciso saber pois preciso pedir para colocar seu nome na porta. Marina, sem fôlego, sorriu e acenou com a cabeça positivamente. Perguntou gaguejando: Que, que, é... que horas que é? Marcelo riu e disse que às oito. Mas quanto tempo você precisa pra se arrumar? Marina disse que não muito. Marcelo disse podemos beber um vinho lá em casa antes de irmos então. Te espero às sete, pode ser? Marina disse: Ahãm!Quero dizer, sim, às sete. Marcelo achou graça e voltou para sua casa. Marina fechou a porta e saiu correndo. Marcelo pode ouví-la correndo antes de fechar sua porta. Desligou a àgua fervendo e passou o café. Saiu do msn e viu que Marina havia lhe respondio: Ei, Marcelo, desculpa, tava no banho. Banho!?, pensou Marcelo. Mas é hoje que vamos dar a virada. Aumentou o som, tomou o café e foi tomar um banho. Saiu do banho e colocou uma garrafa de vinho na geladeira. Vestiu roupa, preparou um cigarro e foi fumar na varanda. Passavam poucos minutos das sete quando a campainha tocou. Marcelo apagou o cigarro, deixou o cinzeiro na varanda e abriu a porta. Era Marina. Estava linda em um vestido que valorizava suas curvas e ainda era super moderno. Tinha um laço na cabeça e uns sapatos que pareciam de personagem de desenho animado. Estava uma típica cult da arte. Marcelo convida ela para entrar e diz que ela está linda. Ele dá um beijo no rosto dela e sente que ela leva um perfume delicado e suave. Ela olha para a porta da varanda e comenta: Você tem varanda aqui, né? Que bom que é esse seu apartamento. Marcelo agradece: Ah, obrigado. Eu gosto muito dessa varanda mesmo. Tem tanta história. Ainda te conto. Ele abre a geladeira e tira um queijo da gaveta. Coloca sobre uma tábua na bancada que divide a sala da cozinha e pega uma faca na gaveta. Corta um pedaço e prova. Hum, está bom! Você aceita? Marina, que estava analisando a sala de Marcelo diz que sim. Ai, eu adoro queijo. Marcelo diz: Então, aproveite, que esse tá uma delícia. Marcelo pega o vinho dentro da geladeira enquanto fala: E para beber, um delicioso vinho chileno. Coloca a garrafa sobre a bancada e busca pelo abridor na pia. Acaba encontrando ele em cima do microondas. Abre a garrada de vinho e serve um pouco na taça para Marina. Ela levanta a taça contra a luz e a balança levemente, coloca o nariz dentro do copo e cheira, depois degusta o vinho. Está muito bom, pode servir. Diz Marina. Marcelo levanta as sobrancelhas e comenta: Vejo que você entende bem. Ela, ficando um pouco envergonhada, responde: É, pois é, minha mãe sempre fez muita questão que fosse bem educada culturalmente. Marcelo serve uma taça para ele e volta a encher o copo de Marina, que havia bebido a anterior muito rápido. Marina estava nervosa por estar ali com Marcelo e mais ainda por ele ter dito que iria colocar o nome dela na porta e não ter perguntado o nome dela. Quando o vinho já estava quase acabando, Marina perguntou a Marcelo: Foi fácil colocar meu nome na porta? E Marcelo, percebendo o jogo dela, respondeu somente que sim. Olhou no relógio e já passava das oito horas. Acho melhor irmos, disse Marcelo. Já tá na hora. Marina deu um grande gole na sua taça de vinho e levantou de uma vez. Deu uma balançada, desequilibrou e Marcelo lhe ajudou, segurando pelos braços. Eles tiveram a boca bem próxima nesse momento. Marcelo a olhou nos olhos e ela olhou de volta. Quando ela tentou fixar o olho em Marcelo, seus olhos viraram e ela desmaiou. Marcelo a deitou no sofá e correu até a cozinha. Encheu um copo de água, pegou o saleiro e uma pedra de gelo na geladeira. Passou a pedra de gelo nos pulso e na nuca de Marina. Ela abriu os olhos e Marcelo lhe disse: Você levantou muito rápido e desmaiou. Sua pressão deve ter caído, toma uma pouco de sal. Marcelo colocou um punhado de sal dentro da boca de Marina e disse: Engole que vai te fazer bem. Marina fez uma careta e disse: Credo, fiquei com a boca toda salgada. Marcelo lhe deu o copo de água. Ela tomou todo o copo e se levantou devagar. Marcelo a acompanhou até a cozinha onde ela tomou mais dois copos de água. Marina estava melhor e foram para o vernissage. Marina desceu no elevador abraçada a Marcelo. Chamaram um táxi e foram. Quando chegaram lá, Marina já estava melhor. Se recompôs e se apresentaram na portaria. O segurança logo identificou Marcelo. Oi, Marcelo tudo bem? Marcelo respondeu que estava tudo ótimo. O segurança olhou na lista e disse, você deve ser Marina, certo? Marina assustada respondeu que sim. Entraram e Marina ainda tentou colocar o assunto a Marcelo sobre ele saber o nome dela, mas lá dentro, Marcelo não parava por um único segundo. Eram fotos, abraços, beijos, conversas, comentários sobre as obras. E somente algumas taças de champagne depois e assuntos esgotados, foi que Marcelo consegiu apreciar as obras, Marina, já tinha visto e feito suas considerações sobre todas elas. Viu Marcelo olhando um quadro que ela havia gostado muito. Chegou até ele por trás e disse: Tão simples e carrega uma mensagem tão bonita. Marcelo respondeu sem virar para trás: Tem toda a razão! Tem toda a razão. Virou-se e viu Marina. Ela levanta a taça e oferecia um brinde. Você gostou? Marcelo disse: Desse mais que todo o resto. Ela comentou: Eu também. Agora me responde uma coisa? Como você sabia meu nome? Marcelo olhou para ela, sorriu e disse: Ora Mari, não temos mais tempo para perder, não é verdade? Ela olhou para ele e sorriu. Ele sorriu para ela também. Seus rostos se aproximaram e se beijaram. Marcelo abriu os olhos, olhou para os lado e interrompeu o beijo. Mari, acho melhor irmo embora. Tô cansado desse lugar, o que você acha de tomarmos uma última champa lá em casa. Marina pensa por um tempo. Olha para o quadro e volta a olhar para Marcelo, que já está conversando com o garçom pedindo uma garrafa de champagne. Marina chegou até o artista e voltou a fazer uma outra proposta para comprar aquele quadro. Durante a noite já havia feito uma proposta mais barata pagando a vista e ele havia recusado. Voltou e pediu apenas 15% de desconto e disse que queria muito aquele quadro. O jovem viu que deveria ser realmente importante para ela e aceitou a oferta de Marina. Ela pegou o cartão dele e disse que entraria em contato no dia seguinte. Quando Marina voltou, Marcelo já estava ao lado da porta com duas champagnes em uma sacola. Pegaram um táxi logo na porta e rapidamente chegaram em casa. No trajeto, nenhuma palavra. Quando entraram no elevador, Marcelo dirigiu-se a Marina e disse: Me desculpe, não sei porque eu fiz aquilo lá. Marina olhou assustada para Marcelo e respondeu: Tudo bem, não se preocupe. O elevador chegou e Marina foi em direção ao seu apartamento. Marcelo lhe interrompeu. Você não quer vir aqui, tomamos essas duas champagnes e conversamos mais um pouco. Marina, confusa, disse que achava melhor que não. Marcelo lembrou do que havia pensado pela tarde e que se jogaria na da Marina. Foi até ela, a segurou pela cabeça e lhe deu um beijo. Eles entraram no apartamento de Marina mesmo. Depois de beberem um das champagnes, já estavam pelados na cama de Marina. Marcelo fez sexo com Marina de maneira carinhosa e ela de forma selvagem, ambos gostaram do que tiveram do parceiro. Após terminarem abriram a outra garrafa e conversaram, esclarecendo a história da internet e Marina assumindo que era sua timidez que a fazia se esconder atrás do computador. Conversaram também sobre a opção sexual de Marcelo e a conversa chegou em um momento que ambos decidiram que deveriam esquecer o passado e se concentrar no presente. Antes mesmo de terminarem a segunda garrafa já estavam transando novamente. Quando terminaram, pelados, dormiram na cama de Marina.
terça-feira, 14 de abril de 2009
Capítulo XXIV - Entre o ping e o pong
O dia amanhecia tarde na manhã seguinte. Marcelo tinha muito o que fazer, material de fofoca para se inteirar, pois havia dado uma sumida do seu trabalho e da noite de belo horizonte, como ele mesmo sempre chamava, bh night. Levantou, tomou um banho, e foi até a padaria. No elevador, Marcelo encontra com Marina que também descia. Ele não tirou os olhos dela no elevador pois vestia vestido leve e sandálias. Não tinha cara de quem ia trabalhar. Ouvia um rock argentino alto nos fones do celular e não dava a menor atenção a Marcelo. Ele a olhava e pensava: Eu sei que é você. E pensava mais um pouco. Oi, Marina. Ei, Mari, melhor. E quando vai falar o elevador para e a porta abre no terceiro andar. Entram um casal de avós e uma netinha. Eles os espremem no fundo do elevador e Marina encaixa os seios no braço de Marcelo. O avô não tomava muito banho e cheirava mal. Marcelo teve vontade de comentar e olhou para Marina. Ela viu que ele segurava o riso e acenou negativamente com a cabeça. Mexeu o nariz e acenou positivamente com a cabeça e depois sorriu. Marcelo segurou a risada que saia junto a um maldoso comentário que soltaria de fifi que era. Se recompôs e voltou a pensar. Que sorriso lindo. Que olhar encantador. Que perfume gostoso. Que corpinho.. Marcelo?!, se recrimina a si mesmo. Olha para o lado e Marina está olhando para ele. A porta do elevador se abre, Marcelo olha para a porta e a netinha também está olhando para ele. Ele volta se recompor e imagina se deveria ter feito alguma careta ou alguma coisa enquanto pensava em Marina. Quando se dá conta, todos já desceram do elevador e Marina se ofereceu a ajudar os avós a sairem do elevador desgrudando-se de Marcelo. Ela olha para trás e diz: Você não vem? Ele pensa: Oi, meu nome é Marcelo. E o seu? a porta do elevador começa a fechar e ele diz: Oi, eu me chamo Marcelo, e você como se chama. Vai ficando cada vez mais distante as palavras de Marcelo a medida que a porta do elevador terminava de fechar e ele começava a subir. Foi até o oitavo andar. Entra um senhor de terno com cara de advogado. Bom dia, disse Marcelo. Bom dia, quase boa tarde. Respondeu o homem que tirou o celular do bolso e começou a mexer nele. O elevador chegou até o térreo e nem sinal de Marina. Marcelo saiu e foi até a padaria. Padaria que era uma mercearia de tanta variedade de produtos. Desde produtos pra cachorro no caixa, a estante de shampoo. Marcelo comprou o café da manhã e carne para o almoço. Cigarro, e refrigerante. Voltou para casa e no caminho, que era perto, pensou onde estaria indo Marina tão à vontade. Sair para passear no centro não era o mais agradável a se fazer. Barulho e poluição são os ingredientes dessa aventura, pensa Marcelo. Opa, mais história pro livro, comenta em voz alta. Se assusta, dá uma risada e segue até o prédio. Entra no elevador e sobe sozinho até a sua casa. Coloca as compras de uma mão no chão, abre a porta, entra e coloca sobre a bancada a sacola. Volta até a porta e olha para a porta de Marina. Vou tocar lá pra ver se ela está lá, pensa. Pega a sacola, coloca sobre a bancada, volta e toca a campainha. Toca uma, duas, quatro vezes. Acena negativamente com a cabeça e joga as mãos pro alto. O elevador desce. Marcelo olha para o elevador e corre pra dentro de casa. Fecha a porta e cola o olho no buraco da porta. O elevador desce até o térreo. Marcelo se impacienta e olha para as sacolas que colocou sobre a bancada. O elevador está parado no térreo. Marcelo corre até a bancada e pega um pão com queijo e recheio de presunto, seu predileto na padaria. Dá uma mordida e serve um pouco de café na xícara. Volta até a porta e olha outra vez. O elevador está parado, mas parece que é no oito, pensa Marcelo. Dá mais uma mordia no pão. Olha outra vez e o elevador já passa do décimo. Chega no seu andar, a porta se abre, Marina está falando ao celular. Ô, mana, vamos sim. Vai ser muito bom! Traz na mão uma sacola da padaria e entra rápido em casa.
Logo que o elevador fechou e Marina ouviu Marcelo se apresentando, ela entrou em um leve estado de euforia e nervosísmo pois não sabia se estava preparada para se apresentar para ele. Saiu do prédio, correu até a padaria e comprou um saco de quinhentos gramas de pão de queijo. Correu para o outro lado da rua e se escondeu atrás de um carro. Comeu um pouco do pão de queijo e ficou ali escondida olhando para a porta de seu prédio. Viu Marcelo sair e ir até a padaria. Dois adolescentes passaram por ela e começaram a mexer com ela, pois agachada, Marina mostrava muito mais do seu corpo naquele vestidinho. Ela se levantou e se enfezou com os dois rapazes e foi para o outro lado da rua. Entrou no seu prédio e desceu até a garagem. Da garagem, havia uma grade para circular o ar que ela podia ver a rua. Ficou ali, escondida e vigiando o Marcelo. Ai, ai, ai. Tenho que ter coragem, tenho que ter coragem. Repetia para si mesma, Marina. Avistou Marcelo saindo da padaria com duas sacolas, uma em cada mão. Caminhou por quase todo o quarteirão, passou por ela e entrou no prédio. Marina, correu até o elevador. Viu que estava parado no E, onde estava. Marcelo chamou o elevador, ele subiu. Marina subiu de escadas até o térreo. Olhou e viu que era realmente Marcelo quem subia. O elevador parou no décimo segundo. Marina decidiu que ia esperar alguém chegar para ela subir junto. Não demorou muito o mesmo homem de terno que havia descido com Marcelo chega e chama o elevador. Você vai subir? Ele pergunta pra Marina. Vou sim, ela responde, tava só pensando uma coisa aqui, emenda e tira o telefone celular de um bolso no vestido. Coloca os fones e começa a buscar por um contato. O elevador chega e o homem entra. Ela, comendo um pão de queijo, entra no elevador. Alô?! Quem fala? Marina começa a falar no celular. O homem, fingindo-se de planta, dá as costas para ela, olha para a frente e fica somente escutando a conversa dela. Ei, mana. Tudo bem com você, Marina continua. Você nem acredita o que eu tô comendo. Dá uma risada e diz: Isso mesmo! Ai, lembrei de você e decidi te ligar. Uma saudade tão grande. O elevador para no oitavo andar. O homem desce. A porta se fecha e Marina segue. Ju, agora é sério, tô indo naquela viagem pro México que a gente sempre falou. Vamos? Juliana reclama: Será? Ah, não sei. Marina abre a porta e diz: Ô, mana, vamos sim. Vai ser muito bom! Juliana responde que não tem como decidir isso agora, tem uma exposição itinerante em nove cidades européias e que haviam sondado dela criar algo para o tema nove artistas com o nove. Marina entrou rápido em casa escutando a irmã contar do convite e ficou cheia de orgulho dela. Sentou no sofá com o saco de pão de queijo e ouviu Juliana contar do que estava pensando em criar para a exposição. A conversa durou pouco mais que o saco de pão de queijo de Marina, que se despediu insisitindo: Mana, tenho que ir, pensa na viagem do México. Vai ser legal! Juliana disse: Tá, vou pensar. Tchau, beijo, disse Marina. Beijo minha irmã, disse Juliana, se cuida. Desligaram e Marina ficou emocionada, chorando um pouco. A campainha de sua casa tocou. Ela abriu e era Marcelo. Ele viu que ela chorava e ficou calado por alguns segundos e disse: É, acho que não cheguei numa boa hora. Aconteceu alguma coisa? Posso te ajudar? Marina responde que não, Tá tudo bem. É que tava falando com minha irmã no celular. Mas o que posso te ajudar? Já sei, outra xícara de açucar? Marcelo responde que não e gaguejando diz: É, sabe o que é, é que, tava pensando, a gente é vizinho, né? E quem sabe se a gente almoçasse junto, é, um dia desses aí. Marina ri e diz: Hum, eu adoraria. Mas hoje eu não posso. Tenho uns compromisso inadiáveis. Marcelo entende e diz: Claro, um dia desses, como disse. E volta para o seu apartamento. Marina fecha a porta e dá uma risada.
Marcelo termina de comer o pão e a xícara de café pensando: Vou lá e vou me apresentar e acabar logo com isso. Que coisa estranha, conversa um mundo de coisas comigo na internet, quer ir pro México comigo e não fala nada comigo no elevador. Eu sei que é ela. E até que se for ela eu encaro, hein? Mas vou tirar essa história a limpo, e vai ser agora. Abre a porta de casa e vai até a porta da casa de Marina. Toca a campainha e ela abre a porta com lágrimas nos olhos. Marcelo ia puxando um 'Ei' cheio de simpatia quando viu o choro na cara de Marina e ficou sem palavras. Pensou, Ops, acho melhor não provocá-la. E disse: É, acho que não cheguei numa boa hora. Aconteceu alguma coisa? Posso te ajudar? Marina explicou que era por causa de sua irmã e perguntou o que ele tinha ido fazer ali. Marcelo pensando em um resposta rápida, já que havia sido desarmado pelas lágrimas de Marina acaba convidando ela pra almoçar. Marina aceita o pedido, mas não para aquele dia. Marcelo volta até a sua casa. Fecha a porta e pensa: Ela atua muito bem. Mas eu sei que é ela. E se ela quer ir pela internet, vamos pela internet. Vamos ver no que vai dar.
Logo que o elevador fechou e Marina ouviu Marcelo se apresentando, ela entrou em um leve estado de euforia e nervosísmo pois não sabia se estava preparada para se apresentar para ele. Saiu do prédio, correu até a padaria e comprou um saco de quinhentos gramas de pão de queijo. Correu para o outro lado da rua e se escondeu atrás de um carro. Comeu um pouco do pão de queijo e ficou ali escondida olhando para a porta de seu prédio. Viu Marcelo sair e ir até a padaria. Dois adolescentes passaram por ela e começaram a mexer com ela, pois agachada, Marina mostrava muito mais do seu corpo naquele vestidinho. Ela se levantou e se enfezou com os dois rapazes e foi para o outro lado da rua. Entrou no seu prédio e desceu até a garagem. Da garagem, havia uma grade para circular o ar que ela podia ver a rua. Ficou ali, escondida e vigiando o Marcelo. Ai, ai, ai. Tenho que ter coragem, tenho que ter coragem. Repetia para si mesma, Marina. Avistou Marcelo saindo da padaria com duas sacolas, uma em cada mão. Caminhou por quase todo o quarteirão, passou por ela e entrou no prédio. Marina, correu até o elevador. Viu que estava parado no E, onde estava. Marcelo chamou o elevador, ele subiu. Marina subiu de escadas até o térreo. Olhou e viu que era realmente Marcelo quem subia. O elevador parou no décimo segundo. Marina decidiu que ia esperar alguém chegar para ela subir junto. Não demorou muito o mesmo homem de terno que havia descido com Marcelo chega e chama o elevador. Você vai subir? Ele pergunta pra Marina. Vou sim, ela responde, tava só pensando uma coisa aqui, emenda e tira o telefone celular de um bolso no vestido. Coloca os fones e começa a buscar por um contato. O elevador chega e o homem entra. Ela, comendo um pão de queijo, entra no elevador. Alô?! Quem fala? Marina começa a falar no celular. O homem, fingindo-se de planta, dá as costas para ela, olha para a frente e fica somente escutando a conversa dela. Ei, mana. Tudo bem com você, Marina continua. Você nem acredita o que eu tô comendo. Dá uma risada e diz: Isso mesmo! Ai, lembrei de você e decidi te ligar. Uma saudade tão grande. O elevador para no oitavo andar. O homem desce. A porta se fecha e Marina segue. Ju, agora é sério, tô indo naquela viagem pro México que a gente sempre falou. Vamos? Juliana reclama: Será? Ah, não sei. Marina abre a porta e diz: Ô, mana, vamos sim. Vai ser muito bom! Juliana responde que não tem como decidir isso agora, tem uma exposição itinerante em nove cidades européias e que haviam sondado dela criar algo para o tema nove artistas com o nove. Marina entrou rápido em casa escutando a irmã contar do convite e ficou cheia de orgulho dela. Sentou no sofá com o saco de pão de queijo e ouviu Juliana contar do que estava pensando em criar para a exposição. A conversa durou pouco mais que o saco de pão de queijo de Marina, que se despediu insisitindo: Mana, tenho que ir, pensa na viagem do México. Vai ser legal! Juliana disse: Tá, vou pensar. Tchau, beijo, disse Marina. Beijo minha irmã, disse Juliana, se cuida. Desligaram e Marina ficou emocionada, chorando um pouco. A campainha de sua casa tocou. Ela abriu e era Marcelo. Ele viu que ela chorava e ficou calado por alguns segundos e disse: É, acho que não cheguei numa boa hora. Aconteceu alguma coisa? Posso te ajudar? Marina responde que não, Tá tudo bem. É que tava falando com minha irmã no celular. Mas o que posso te ajudar? Já sei, outra xícara de açucar? Marcelo responde que não e gaguejando diz: É, sabe o que é, é que, tava pensando, a gente é vizinho, né? E quem sabe se a gente almoçasse junto, é, um dia desses aí. Marina ri e diz: Hum, eu adoraria. Mas hoje eu não posso. Tenho uns compromisso inadiáveis. Marcelo entende e diz: Claro, um dia desses, como disse. E volta para o seu apartamento. Marina fecha a porta e dá uma risada.
Marcelo termina de comer o pão e a xícara de café pensando: Vou lá e vou me apresentar e acabar logo com isso. Que coisa estranha, conversa um mundo de coisas comigo na internet, quer ir pro México comigo e não fala nada comigo no elevador. Eu sei que é ela. E até que se for ela eu encaro, hein? Mas vou tirar essa história a limpo, e vai ser agora. Abre a porta de casa e vai até a porta da casa de Marina. Toca a campainha e ela abre a porta com lágrimas nos olhos. Marcelo ia puxando um 'Ei' cheio de simpatia quando viu o choro na cara de Marina e ficou sem palavras. Pensou, Ops, acho melhor não provocá-la. E disse: É, acho que não cheguei numa boa hora. Aconteceu alguma coisa? Posso te ajudar? Marina explicou que era por causa de sua irmã e perguntou o que ele tinha ido fazer ali. Marcelo pensando em um resposta rápida, já que havia sido desarmado pelas lágrimas de Marina acaba convidando ela pra almoçar. Marina aceita o pedido, mas não para aquele dia. Marcelo volta até a sua casa. Fecha a porta e pensa: Ela atua muito bem. Mas eu sei que é ela. E se ela quer ir pela internet, vamos pela internet. Vamos ver no que vai dar.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Capítulo XXIII - oh happy day
Marcelo levantou na hora do almoço. O trabalho era muito pra compensar o dia anterior e exigia horas de computador, textos, internet, fotos, telefonemas, e a manhã de Marcelo terminava às 14:30. Quando ele não tinha mais o que fazer em casa e teria que ir até o jornal para realizar ali decidiu que antes ia comer e rapidamente fez um macarrão ao álho e óleo e almoçou. Tomou um gole de suco de caixinha, fez um cara meio ruim, misturou com um pouco de água e terminou o copo. Colocou o copo sobre a mesa e acendeu um cigarro. Tragou e nada pensou. Esqueceu do trabalho, que lhe apressava pois não poderia demorar tanto para chegar ao jornal, mas fumou calmamente seu cigarro. Levantou e foi fumar na varanda. Quando chegou na varanda, olhou para a janela de Marisa Prieta. Estava com uma cortina baixa. Olhou para a rua e terminou seu cigarro enquanto pensava em como poderia ajudar a Marinis a desvendar o caso. É tão difícil, pensa Marcelo, não tinha impressão digital, ninguém viu entrar nem sair, só quem viu fui eu! Se espanta e levanta a cabeça arremessando o que sobrava do cigarro. Vê a janela do quarto de Marisa Prieta com uma média luz. Fica intrigado e observando. A luz oscila e percebe a presença de alguém. A luz se acende, um homem abre a cortina. Marinis, de pé, tem alguns papéis nas mãos. Em um cadeira, ao canto, um outro oficial está mexendo no computador. O que abriu a janela começa a procurar por evidências na casa com uma lupa. O celular de Marcelo toca. Ele olha a hora e já são quase quatro da tarde. É do jornal! Ele fala. Não se deu conta que ficou na varanda vendo a visita de Marinis no dia seguinte à conversa que tiveram ao apartamento da vítima. Deixou o telefone tocar até desligar. Saiu correndo de casa e deixou o celular para trás. Entrou no elevador. Desceu e parou em alguns andares e Marcelo se impacientou. Olhava no relógio e batia o pé no chão. Quando chegou, saiu apressado em direção ao Butekim onde sempre haviam taxis. Pegou o primeiro da fila e disse pro motorista: Pro Jornal de Minas Gerais, e pisa quente que eu tinha uma reunião às três e meia! O motorista olhou para Marcelo e achou graça do jeito que ele falou e retrucou: Pode ficar tranquila, que chegamos antes mesmo que você pense que chegamos, me entende? E Marcelo pergunta: Tran... quê? Ah, sei lá! Anda logo, chega rápido. Ele acelera e realmente chegam muito rápido no jornal. O trânsito colabarou e era bem perto. Marcelo pagou e saiu sem se despedir do motorista. No jornal, muitas reuniões e pautas para os próximos dias. Vários eventos e festas das quais a presença de Marcelo era de função até mesmo lobbystica para ele e para o jornal. Então foram reuniões com chefes e com sua equipe de trabalho. Horas e horas, atualizando-se sobre os quens e os ques do que tinha rolado. Fazia um breve estudo para saber sobre como ia a vida de algumas pessoas que lhe dariam entrevistas e matérias, e se atualizava em nomes pela lista de convidados que recebia antes de uma fonte que ele não entregava de forma alguma. E essa lista completa ele guardava em casa. Só levava ao jornal alguns nomes que tinha para debater sobre eles. Cafés e cigarros. Cigarros e cafés. As horas passaram e Marcelo chegou em casa pouco mais de 9 da noite. Pegou o telefone e viu que haviam algumas chamadas não atendidas. Várias do jornal. Olhou a hora e ligou para o Marinis. Oi, Marinis. É o Marcelo, tudo bem? Marinis respondeu que sim. Marcelo perguntou se ele tinha descoberto mais alguma coisa e Marinis disse que não. Marcelo ficou incomodado com aquilo pois havia visto Marinis ler alguns papéis e separar alguns. Foi incisivo e disse: Mas nem hoje à tarde, na casa de Marisa Prieta? Marinis retrucou: Mas o jornalista tá fazendo o dever de casa dele, hein? Ô Marcelo, você não me vai publica nada dessa história não hein? O bicho pega pro seu lado. Marcelo responde: Que isso, Doutor, sabe que eu tô do seu lado, da polícia. E vi porque moro aqui em frente, só por isso. Marinis concorda com ele e insiste que realmente não havia achado nada de novo. Mas que seguia trabalhando no caso, apesar de quererem arquivar por falta de prova. Mas ele ainda acreditava. Marcelo ficou assustado. Após alguns segundo de silêncio Marinis disse: Marcelo, fica tranquilo, qualquer novidade eu te ligo. Tchau, boa noite! E Marcelo respondeu quase que automaticamente, Boa noite. E Marinis desligou. Marcelo pegou co computador e sentou na varanda. Abriu seu livro e olhou para a janela. Não conseguiu escrever nem duas linhas. Parou, acendeu um cigarro, destampou um vinho e ficou ali por quase duas horas. E o texto de Marcelo não ia muito pra frente pois ele não conseguia pensar em nada que Marinis pudesse ter encontrado naqueles papéis, até que pensou que poderia haver alguma coisa com nome ou algo assim e pensou em um nome de mulher. Marina. E escreveu. Parou, pensou em voz alta: Marina? Abriu o msn. Marina estava conectada. Ele em modo off line ficou pensando essa Marina é minha vizinha, só pode ser! Não posso colocar o nome dela. Apaga o texto e começa a pensar. Caramba, e agora, um nome: Juliana? Fernanda? Roberta, Luiza, Cecília? Ana, Olívia. E repetiu Olívia, tá aí! E escreveu. Voltou ao msn e Marina ainda lá, away, como sempre. Ele entrou ocupado. Com o pretexto do trabalho pois seu texto ainda estava curto, queria ficar pouco tempo no msn. Entrou e ficou ocupado. Uma das estagiárias estava conectada e passou um monte de informação para Marcelo, que ficou quase meia hora trabalhando na internet. Marina disse:
Ei, Marcelo!
Tudo bem?
Marcelo interrompeu o que fazia e foi conversar com Marina. Conversaram um bom tempo e muito sobre a viagem à América Latina, estavam bastante entusiasmados pois Marcelo, se embriagando sozinho, foi dando corda pro que Marina dizia e acabaram criando a possibilidade de Marcelo ir. Para Marina, conhecer Marcelo e Bia pessoalmente e oficialmente era algo incomum nas suas duas vidas, a real e a virtual. Mas Marina estava muito disposta a arriscar com Marcelo, mesmo sabendo que ele era homossexual. O que importava a ela era somente que o amava e nada mais. Decidiu que valia a pena insistir com Marcelo em irem juntos nessa viagem e conseguiu. Agora, era hora de fazer acontecer, pensava Marina. E Marcelo se despediu depois de perguntar a data de embarque e o preço da passagem. Marina disse que a idéia era ir final de setembro e enviou um link com algumas passagens e preços de hospedagem. Marcelo disse que final de setembro era ótimo que ele tinha férias pra tirar por essa época. Marina se empolgou e ficou cheia de esperanças do outro lado. Marcelo viu o msn piscar com mais trabalho chegando, leu, salvou e olhou a hora. Já era madrugada alta. Se despediu da estagiária, de Marina e saiu do msn. Voltou para o seu texto e não conseguia escrever nada. Salvou o arquivo inacabado. Pegou a garrafa de vinho, fechou o computador e levantou. Foi até a geladeira e achou alguns queijos e azeitonas. Misturou com azeite e ervas e serviu em uma tábua. Aproveitou e tomou três copos de água. Comeu um pouco e depois serviu mais um pouco de vinho. Ligou o som e só tinha rádio funcionando. Ouviu um pouco de tudo, entre Even Flow, a última do Jota Quest, um groove eletrônico, música romântica, samba, A-ha, Shakira e colocou no modo auxiliar. Foi até a varanda e pegou o laptop, conectou no som e ligou uma música eletrônica bem suave. Diminuiu a luz, encheu a taça de vinho até pouco mais da metade, colocou a tábua com o queijo na mesinha e sentou no tapete. Esticou as pernas, acendeu um cigarro e terminou a noite ali, adormecido no tapete da sala.
Ei, Marcelo!
Tudo bem?
Marcelo interrompeu o que fazia e foi conversar com Marina. Conversaram um bom tempo e muito sobre a viagem à América Latina, estavam bastante entusiasmados pois Marcelo, se embriagando sozinho, foi dando corda pro que Marina dizia e acabaram criando a possibilidade de Marcelo ir. Para Marina, conhecer Marcelo e Bia pessoalmente e oficialmente era algo incomum nas suas duas vidas, a real e a virtual. Mas Marina estava muito disposta a arriscar com Marcelo, mesmo sabendo que ele era homossexual. O que importava a ela era somente que o amava e nada mais. Decidiu que valia a pena insistir com Marcelo em irem juntos nessa viagem e conseguiu. Agora, era hora de fazer acontecer, pensava Marina. E Marcelo se despediu depois de perguntar a data de embarque e o preço da passagem. Marina disse que a idéia era ir final de setembro e enviou um link com algumas passagens e preços de hospedagem. Marcelo disse que final de setembro era ótimo que ele tinha férias pra tirar por essa época. Marina se empolgou e ficou cheia de esperanças do outro lado. Marcelo viu o msn piscar com mais trabalho chegando, leu, salvou e olhou a hora. Já era madrugada alta. Se despediu da estagiária, de Marina e saiu do msn. Voltou para o seu texto e não conseguia escrever nada. Salvou o arquivo inacabado. Pegou a garrafa de vinho, fechou o computador e levantou. Foi até a geladeira e achou alguns queijos e azeitonas. Misturou com azeite e ervas e serviu em uma tábua. Aproveitou e tomou três copos de água. Comeu um pouco e depois serviu mais um pouco de vinho. Ligou o som e só tinha rádio funcionando. Ouviu um pouco de tudo, entre Even Flow, a última do Jota Quest, um groove eletrônico, música romântica, samba, A-ha, Shakira e colocou no modo auxiliar. Foi até a varanda e pegou o laptop, conectou no som e ligou uma música eletrônica bem suave. Diminuiu a luz, encheu a taça de vinho até pouco mais da metade, colocou a tábua com o queijo na mesinha e sentou no tapete. Esticou as pernas, acendeu um cigarro e terminou a noite ali, adormecido no tapete da sala.
domingo, 15 de março de 2009
Capítulo XXII - Niñas
Marina entra em casa. Fecha a porta, solta a bolsa, tira a sandália e depois a calça. Estica o corpo pra cima, ergue os braços. Abaixa lentamente até que pega a bolsa e a calça. Levanta e joga a bolsa e a calça no sofá. Vai até a cozinha, abre a geladeira e pega um iogurte de coco e um mamão. Descasca e pica o mamão, e os joga em uma vasilha, despeja o iogurte sobre ele. Pela parede da cozinha, Marina escuta Marcelo ligando uma música, aumentando o volume e lavando alguma louça na cozinha. Marina cola o rosto na parede e abraça como se abrasasse a Marcelo. Dá uma risada, pega o pote de mamão com iogurte e coloca sobre a mesa. Vai até o banheiro, faz xixi e tira a calcinha, a blusa e o sutiã e coloca um camisão. Passa pelo seu quarto, pega o lap top e volta a cozinha. Coloca o lap top sobre a mesa e o liga. Vai até o armário ao lado da pia e pega o mel. Cola o ouvido e escuta Marcelo cantarolando uma música e o barulho da água correndo ainda mais alto. Dá mais uma risada e volta à mesa. Despeja o mel no pote e mistura o mamão com o iogurte de coco e o mel. Prova e coloca mais um fio de mel. Dá outra misturada e prova. Olha para o computador e ele já está iniciado, conectado na internet wireless e com o msn conectado em estado de off line. Marina tapa o pote de mel e o deixa sobre a mesa. Senta e começa a olhar os perfis das pessoas que estão on line na internet. Beatriz estava lá e Marina, ainda off line, foi logo puxando assunto. Oi Bia! Tudo bem? E dá uma colherada. Bia responde rápido. Ei Mari, tudo. e vc? Marina começa a escrever enquanto termina de mastigar e diz: Ó-T-E-M-O! Bia ri e pergunta Por que? Marina explica que as coisas estavam indo bem, que estava com bons pressentimentos que as coisas entre ela e o Marcelo iam dar certo. Bia pergunta, Marcelo é o vizinho, né? Marina responde que sim. Bia ri e pergunta: Mas nem uns beijinhos? Marina responde que não, que ele nem sabe que ela é ela, ainda. As duas se põem a rir e acabam mudando de assunto, a pedido de Marina. Falavam de uma viagem que pensavam em fazer juntas ao México e à Cuba. Outras pessoas foram ficando on line e as conversas de Marina alternavam entre seus amigos e algumas vezes ela demorava pra responder um e outro. Quando se deu conta, já havia comido todo o pote mamão com iogurte, estava falando com 7 pessoas e ainda estava off line, e Marcelo já havia acabado de lavar a louça, pois não havia mais barulho de água e ela pode ouvi-lo cantar mal e alto. Ri e comenta para si mesma: Tadinho, mas canta mal! Olha para o msn e a janela de Bia está piscando com uns orçamentos e links de companhias de turismo e áereas e de hóteis. Marina se interessa por aquilo e começa a abrir todos aqueles links que Bia havia lhe enviado. Começa a navegar pela internet e em alguns minutos tem orçamentos ainda mais baixos que os primeiros que Bia tinha apresentado. Marina estava começando a enviar o resultado da sua pesquisa pra Bia quando no seu msn apareceu Marcelo Ausente. Ela parou de enviar e comentou com a amiga que ele havia entrado e que estava querendo armar uma pra cima dele. A amiga apoiou a idéia e ficaram tramando pelo msn o que iam fazer. Depois de algum tempo, Marina ficou on line, esperou alguns minutos e escreveu para Marcelo: Ei, Marcelo, quanto tempo! Tudo bem? Ele demorou um pouco pra responder. Marina comentou com Bia que ele não respondia. Após algum tempo ele respondeu. Oi, Mari. Comigo as coisas vão bem. Trabalhando muito! Sabe? Ela entende que às vezes se trabalha muito mesmo. Em pouco tempo já estão conversando diversos assuntos, determinado momento ele se abre a ela e comenta que escreve e que estava escrevendo uma história atualmente. Marina pergunta do que se trata e ele diz que ainda não está terminada. Que em breve ela saberá do que se trata. Ela ri e diz: Hahaha. Agora fiquei de mal! Ele diz qual é? Ela nem responde. Ele escreve tava brincando, vai... Marina se levanta da cadeira, abre a porta aperta a campainha de Marcelo e volta correndo ao seu apartamento. E escreve no msn tá bom Marcelo, quando você quiser, você me conta. Mas agora fiquei curiosa, hein? Dá um tempo e escreve: Marcelo? Você está aí? Marina escuta Marcelo caminhando pelo hall do prédio. Bate a porta e volta ao msn. Ali está piscando a janela de Marina. Ele volta a conversar com ela. Muda seu status para ocupado. Volta a conversar com Marina como se nada tivesse acontecido. Disse que havia recebido um e-mail do trabalho e que tinha que resolver algumas coisas enquanto conversava com ela. Ela concordou e disse que também fazia muitas coisas ao mesmo tempo na internet e no msn. Voltou a falar com Bia e Marcelo se calou. Voltaram a planejar a viagem. Buscavam ir no outono de lá, pois achavam que a temperatura estava mais amena. Marina diz a Bia o que ela acha de mexer com o Marcelo outra vez. Bia gosta da idéia que Marina lhe escreve. a gente faz assim, ó. eu te apresento ele aqui no msn, a gente começa falar com ele. uma hora eu começo a puxar um assunto com ele, nesse meio tempo, vc puxa outro assunto e eu vou lá apertar a campainha dele outra vez. quando ele voltar eu já escrevi um monte de coisa pra ele também Bia ri da idéia de Marina e aceita colaborar com a amiga. Marina puxa assunto com Marcelo a respeito da viagem que vai realizar e fala que irá com uma amiga. Marcelo gosta do roteiro que Marina diz que vão fazer quando Marina lhe diz que pode lhe apresentar sua amiga que irá com ela e antes mesmo que Marcelo pudesse negar, Bia estava adicionada à conversa. Marcelo? Escreve Bia. Eu sou a Bia, tudo bem? Marina responde, Ei Bia. Bia escreve, Ei Mari. Oi Marcelo, tudo bem? Marcelo responde, Oi Bia, prazer em te conhecer. Legal essa viagem que vocês vão fazer, hein? E logo estão rendendo assuntos sobre onde visitar, política, civilizações instintas, cultura, astrologia, história. Marina, em uma outra janela comenta com Bia, é agora! olha só... Marina escreve na janela em que conversam os três, olha só Marcelo, a navegação estava pros europeus na mesma proporção do conhecimento das estrelas pelos maias, você não acha? E Marcelo, causando polêmica diz, não tenho certeza disso! Marina começa a escrever, após alguns segundos aparece, veja esse exemplo, e volta a escrever, Bia começa a escrever e diz, ah, eu quero mesmo é saber como é Cuba, pobre, solcialista, com boa escolas e tratamentos de saúde. Marcelo diz, mas Cuba é mas que isso! Para um segundo e vê que Marina ainda está escrevendo seu exemplo e continua. Veja bem, Bia, Cuba vive em um ditadura. E a campainha soa na casa de Marcelo. Bia começa a escrever uma mensagem e Marina continua escrevendo. Ele se levanta e vai até a porta. Marina, do outro lado, detrás de sua porta, vê pelo olho mágico da porta Marcelo se aproximar, colar o olho do outro lado do olho mágico, abaixar e olhar debaixo da porta. Marcelo se levanta e toca a campainha. Marina permanece imóvel. Ele espera alguns segundo e toca outra vez. Ela permanece imóvel. Ele volta até sua casa e antes mesmo de bater a porta, Marina corre até o computador que está no sofá e envia a mensagem que já tinha escrito à Marcelo. Bia envia uma logo em seguida continuando o tema de cuba, ditadura e socialista. Marcelo volta ao msn e vê que Marina havia escrito um largo exemplo sobre civilizações indígenas e sociedades européias, e Bia estava mostrando-se uma defensora da causa socialista como justificativa para ditadura. Marcelo com um início de dor cabeça por conta do vinho e das horas de internet vê que aquela conversa estava rendendo muito. Se despede das duas e diz que está com dor de cabeça. Diz que achou bem legal a história da viagem e que voltaria a falar mais do assunto depois. Marina e Bia, que estavam rindo da cena que Marina acabara de descrever na outra janela se assustaram, mais Marina que Bia, a reação de Marcelo. Se despediram dele, que no instante seguinte saiu do msn. Marina foi até a cozinha, colou o ouvido na parede escutou Marcelo chegando à cozinha e barulho de panelas e talheres. Marina voltou a conversar com Bia. Marina contou a Bia como ficou impressionada com a reação de Marcelo. Se despediu e disse que ia dormir. Já era tarde e em um belo dia de semana. O dia seguinte exigia acordar cedo e trabalho. Marina desligou o computador, ligou a televisão e adormeceu nos primeiros 5 minutos do filme. Foi acordada pouco depois pela campainha. Com a cara meio amassada, levantou e perguntou: Quem é? Dou outro lado Marcelo respondeu: Marcelo, sou seu vizinho aqui da frente. Tô fazendo um molho vermelho pra comer com uma massa e tô sem açucar. Queria saber se você tem? Marina foi até o espelho e deu uma arrumada na roupa, no cabelo e no rosto. Chegou o olho no olho mágico da porta e viu Marcelo com uma xícara na mão. Marcelo, ficando impaciente com o silêncio do outro lado disse: Olha, eu não sou ladrão. Pode olhar pelo buraco da porta que a porta da minha casa tá aberta. Marina abre a porta e diz: Ei, tudo bem? Desculpa, eu tava dormindo. Marcelo se desculpa: Desculpa te acordar. Ela diz: Não tem problema, coloquei um filme pra ver e acabei dormindo. Bom que não durmo no sofá. Açucar, né? Marcelo estendeu a xícara e olhou ela ir até a cozinha pegar o açucar. Não demorou muito e trouxe o açucar a Marcelo. Quando voltou, Marcelo comentou: Esse filme é muito bom, você já viu o original em espanhol, Abre los ojos? Marina olha e vê o filme passando, seu lap top fechado sobre o sofá e sentiu-se vigiada por Marcelo. Entregou a xícara e comentou com um pouco de rispidez: Não, nem esse e nem sabia que tinha outro. Marcelo percebe o tom de mau humor dela e agradece: Obrigado pelo açúcar e mais uma vez desculpa por te acordar. Ela acena com a cabeça e dá um bocejo. Bate a porta e pensa: Caceta! Esqueci o computador em cima do sofá. Será que ele sacou? Vai até a cozinha e coloca uma água para esquentar para fazer café. Volta até a sala e reincia o filme no dvd.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Capítulo XXI - Varanda
Após um ritual quase metódico de Marinis de café após as refeições. Ele volta a perguntar a Marcelo pelo texto. Marcelo, meio embriagado pelo vinho enche alguns pratos de água na cozinha e olha para o sofá. Marcelo!? Pergunta Marinis. E Marcelo responde. Tá no computador, já pego pra você. Marcelo, trombando ao sair pela porta da cozinha vai em direção ao seu quarto. Volta após alguns segundos com o laptop debaixo do braço. Marinis está na varanda, sentado olhando para o apartamento da vítima. Marcelo chega na sala, liga o computador e olha mais uma vez para o sofá. Marinis percebe a chegada de Marcelo, mas continua na varanda. Marcelo abre o documento no computador. Vai até a varanda e leva o computador até Marinis, que agradece. Muito obrigado, Marcelo. E emenda. Bonita vista você tem daqui. E Marcelo responde: É, mas é tão barulhento! E deixa o corpo cair no sofá. Após alguns minutos, Marcelo está prestes realizar o velho hábito de cochilar depois do almoço. Seus olhos estão quase fechando, mas insistem em fazer girar o teto. Aos poucos Marcelo vai se desconectando do que escuta e do que vê. Vinte minutos mais tarde Marcelo escuta: Marcelo!? E ele se desperta. Era Marinis e insistiu: Marcelo!? E ele respondeu, com a voz meio rouca: Oi! E Marinis, percebendo que Marcelo havia apagado no sofá, se desculpa: Você adormeceu?! Me desculpa! Marcelo pergunta: Quanto tempo eu durmi? E Marinis diz que pouco mais de 20. Marcelo levanta de um só golpe e diz: Já tá bom! Vai até a cozinha, pega uma garrafa de água, abre e dá uma golada. Volta até a sala, empurra o sofá e deita nele. Marinis termina de abrir a porta da varanda e diz: Marcelo, o arquivo que você me passou era o antigo. Marcelo, pergunta: Sério? E Marinis responde que sim. Mas não se preocupe, eu encontrei o outro e já o li também. Acho que temos muito o que conversar. E Marcelo, quase sem fôlego pelo susto, toma um gole de água e fala: Que bom, doutor! Marinis faz uma careta e continua: Eu estive pensando, você descreveu bem a cena que viu aqui, ou pelo menos algumas partes delas. Você falou que ela deu um tapa nele? Não foi? Marcelo diz: Foi, ué? Eu lembro algumas partes pois rolou um strip-tease e ela tava dançando e parecia que ele tava sentado numa cadeira, amarrado, sabe? Essas coisas de sexo sádico, sempre tem, né? Marinis percebendo que as coisas estava começando a fazer algum sentido volta a perguntar a Marcelo. Você se lembra de como ele ou ela eram? Marcelo percebendo que estava dando todas as suas informações e logo seria carta fora do baralho para o detetive retruca à Marinis. Olha só, Marinis. Eu te conto tudo, mas eu quero que você me conte um pouco também. Eu sempre gostei de histórias de polícia. Eu quase fui repórter policial. Mas adoro escrever histórias de detetives, provoca Marcelo. Marinis dá uma gargalhada. E lembra do texto que lera de Marcelo e que havia gostado bastante do conteúdo e da forma como ele escrevia. Para por alguns segundos enquanto pensa: Marcelo mistura várias coisas do seu cotidiano marginal do centro da cidade nas suas histórias, acho que posso ajudá-lo nisso? E Marcelo impaciente pela demora de Marinis começa a pensar: Se eu abri o texto errado, ele mexeu no meu computador? Olha intrigado para Marinis: E ele ainda assume isso! Marinis interrompe seu pensamento, Marcelo, te contarei mais dados assim que os concluir com o que confirmar com você hoje. Seus textos me foram de grande valía. Marcelo, satisfeito lhe pergunta: Qual foi mesmo a sua pergunta, então? Marinis lhe pergunta sobre como eram as pessoas que ele havia visto. Marcelo diz: Ah, claro! Então, eu só lembro da mulher, da vítima, né? A...Marisa Prieta, não é isso? Marinis acena com a cabeça. E ele diz: Então, alta, de cabelo ruivo, com um corpo bem bonito. Ela era puta, não era doutor? E Marinis lhe responde com outra pergunta: Quem? Marisa Prieta? E Marcelo responde que sim. Marinis continua: Era sim, mas sabe de uma coisa, ela não era muito bonita, pelo menos não como ela ficou depois que a conheci. Marcelo faz uma cara de pavor. E tem mais. Marinis continua. Ela tinha um metro e sessenta e um. E tinha o cabelo preto e crespo. E ela tinha marcas de algemas nos tornozelos e nos pulsos. E a marca de um forte tapa na cara. O que me leva a crer, que a mulher que você viu dar um tapa, não era Marisa Prieta, e sim, a assassina! E Marinis se assusta consigo mesmo ao concluir isso em voz alta. Marcelo com cara de espanto diz: Doutor, o senhor é um gênio. Fala mais. E Marinis o interrompe e diz: Agora não, Marcelo. Tem mais coisas que quero saber. Marinis tentando dissuadi-lo completa. Viu como funcionou da primeira vez? Marcelo parou por um segundo e respondeu que sim. Vamos lá, doutor. O que mais o senhor quer saber? Quero saber sobre esse homem vestido de negro que você viu caminhar na rua? Marcelo hesita alguns segundo e diz: Então, Marinis. Eu vi inclusive esse cara pulando o muro. Eu me lembro, porque ele era grande e só vi os olhão verde dele olhando pra mim. Saí apavorado pro Butekim, comprei um cigarro e esqueci o troco. Quando tava voltando, quase tive um troço. O porteiro do prédio que tava tomando um café no bar voltou e me devolveu. Achei até estranho tanta honestidade. Mas isso é algo que eu lembro bem também. Marinis comenta: Ou ela tem um parceiro, ou trabalha sozinha. Mas uma coisa é certa, é ela. Marcelo pergunta: Ela? O assassino é uma assassina? Ou uma dupla de assassinos? Um casal de amantes assassinos? Acho que já vi um filme assim. Marinis dá uma risada de Marcelo e diz: Marcelo, menos, por favor! Olha só, isso é ultra confidencial. Ninguém pode saber ainda que estamos atrás de uma assassina. Marcelo responde sorrindo. Ô Marinis, e eu lá fico contando coisa pros outros? Ainda mais assuntos dessas gravidade! Claro, responde Marinis. Mas me conte, Marcelo, o que mais você lembra dessa pessoa que você viu saltando o muro, você disse que ela era grande? Ah, devia ter quase um metro e oitenta, porque o muro dali é baixinho porque tem porteiro. Acho que faltava tipo meio metro para ele ficar do tamanho do muro. Sei, porque um dia, tava passando por ali, estiquei meu braço pra cima e medi. As pontas dos meus dedos alcançam a ponta do muro. Cheguei aqui em casa e medi. Dois metros e trinta o tamanho do muro. E a mulher que você viu fazendo o strip tease, que mais dela? Segue perguntando Marinis. Doutor, ela também não era pequena. Tá vendo a janela ali, aponta Marcelo. Eu não consegui ver o tampo da cabeça dela quando ela levantava e quando ela sentava no colo da Marisa Prieta, que estranho isso, Marcelo interrompendo a si mesmo, dá uma risada curta e continua. Então, ela tinha o cabelo ruivo, o corpo era bonito, bunda e seios um pouco grandes, magra. Vestia uma roupa com estilo. O cabelo ia até aqui mais ou menos. E Marcelo mostra até que altura das suas costas ia o cabelo da mulher. Marinis o interrompe e pergunta, você se lembra que horas você foi no Butekim? Marcelo diz: Hora eu não sei, doutor, mas foi antes da briga que teve lá naquele dia, isso foi. Que dia movimentado aquele, hein, Marinis? É verdade, Marcelo. Sabe de uma coisa, tô achando que a pessoa que você viu entrando é a mesma que outro informante meu viu saindo. Marcelo, ao ouvir a palavra informante, ficou ofendido de ser colocado apenas como um informante. Quer fazer dupla com o Marinis e desvendar o caso. Marinis, não quero ser só um informante. Quero desvendar esse caso com você? Coloca Marcelo. Mas, Marcelo, o que estamos fazendo aqui essa tarde é desvendar esse caso. Agora, pegar a assassina é outra história. Posso copiar o texto no meu pen drive? Marcelo responde que sim e Marinis fecha o lap top e diz: Que bom, já copiei! E percebendo o quanto havia sido invasivo emenda: Uma ruiva, alta, de olhos verdes, de corpo bonito e forte. É Marcelo, essa varanda te deu história pra contar. Marcelo, parou, pensou, sorriu, colocou um cigarro na boca e acendeu. Deu um trago e ofereceu um a Marinis. Marinis recusou e agradeceu. Levantou-se e despediu-se. Marcelo o acompanhou até a porta. Marinis chamou o elevador e Marcelo ensaiou um tchau quando Marinis disse: Marcelo, lembra hein, sigilo. Marcelo ao escutar aquela palavra pela primeira vez na noite repetiu: Sigilo? E Marinis disse: Ô Marcelo, do que nós conversamos. E Marcelo respirando aliviado diz: Claro, doutor. Desculpa, é a cabeça muito cheia de coisa. Pode ficar tranquilo. E Marinis se coloca bravo e vai em direção a Marcelo: Olha, isso é sério, esses textos seus não podem vazar de forma alguma, ok? Marcelo diz com firmeza: Marinis, fique tranquilo. Tenho minha ética, minha sei lá o quê que me diz o que é certo de fazer. Marinis vê a sinceridade nas palavaras de Marcelo e se acalma, vira-se novamente para o elevador e bate com a cara na porta que está sendo aberta. Do lado de dentro uma voz feminina disse: Ops, desculpe! Marinis diz que não foi nada. E a observa. Tem entre metro e sessenta, metro e setena, tem os cabelos negros e curtos, é bem bonita e se veste bem. Ela, ao ver que o homem a estava analisando, sai do elevador. Marcelo fala: Tchau, Marinis, e antes de bater a porta de casa, vê uma mulher jovem de costas de cabelos negros e curtos sair do elevador. Marinis diz: Tchau! Obrigado pelo almoço. Até mais!
domingo, 4 de janeiro de 2009
Capítulo XX - Desconexão
Marcelo acordou pela primeira vez em muitos dias sem nenhuma matéria para entregar no jornal. Todo o trabalho havia sido entregue e um tanto ficou para ser distribuído entre as seções dos parados dias que viriam da ressaca da hi society belorizontina. Após um longo café da manhã entre música e computador, Marcelo entra no msn, já mais interessado em conversar com Marina. Lembra de como havia sido interessante sua conversa com ela. Falaram de temas dos mais diversos e mesmo concordando ou discordando de algum ponto, sempre se entediam no final. Marcelo ficou por mais ou menos meia hora conectado na internet e nem sinal de Marina. Impaciente, abriu o texto que reescrevera para Marinis e o leu mais uma vez. Pega o telefone e ligoa para Marinis. O telefone toca até que a secretária eletrônica atende do outro lado. Marcelo pensa em deixar um recado e quando está quase terminando de ouvir a gravação, desliga o telefone e pensa: Deve tá longe do telefone! Coça a cabeça e fala consigo mesmo: Claro que não, né Marcelo! Ele é delegado de polícia, deve tá ocupado. E olha para a varanda. Volta e vê as imagens passarem mais uma vez na sua cabeça. O strip-tease. A dominação. Tudo aquilo lhe soava muito estranho. O assassino estava sendo dominado pela mulher. Não a mataria por levar uma tapa, mataria?, comenta Marcelo em voz alta. E emenda: Ele estava amarrado. Marcelo conseguia ver passar um filme na sua frente quando olhava pela varanda de seu apartamento, tantas haviam sido as vezes em que passara ali exercitando sua memória e lembrando o que ocorrera. O filme que ele via era na verdade pequenas micro histórias que ele construía e as inventava. Despejava um pouco de sua ficção no texto de Marinis sem nem mesmo perceber quando a campainha tocou. Levantou deixando o texto aberto e foi até a porta. Olhou pelo olho mágico e não viu ninguém. Abriu a porta e viu um envelope no chão. Abriu e dentro havia uma convocação do condomínio para uma reunião extraordinária onde decidiriam algumas reformas e reestruturações no edifício. Marcelo olhou no tapete do apartamento da frente e viu um envelope igual o seu. Fechou a porta antes mesmo de se fixar na data. Colocou o papel sobre a mesa e voltou-se para o computador. No texto que estava escrevendo para Marinis, mencionara que vira um homem grande e vestido de negro caminhar pela rua naquela noite e que não se lembrava muito bem da hora.
Mas esse mesmo homem também era o assassino da história que Marcelo escrevia, e disso Marinis já sabia, pois havia lido no texto de Marcelo. E foi justo sobre isso que anotava Marinis, após uma intensta manhã de reuniões. Marinis cruzava aquele homem e outras tantas coisas que encontrara coincidentes no caso, no texto que Marcelo lhe escrevera e na história policial que Marcelo escrevia. Mas também usava a história de Marcelo para filtrar os excessos do outro texto. Mas o homem de negro era algo que ele já buscava. Mas tinha algo que ainda não lhe caía bem. Pensa, Essa história do tapa e amarrado tá me tirando o sono. Nos dois texto do Marcelo tem um fato com uma pessoa amarrada e um tapa na cara. E esse Marcelo que há dias não dá notícias. O telefone do escritório toca e é Adriando chamando a Marinis para irem almoçar. Marinis recusa o convite alegando trabalho por fazer, e realmente necessitava de um tempo para pensar, para colocar algumas idéias no lugar e tirar outras de onde estavam. Não tinha nada para escrever, nem ninguém para conversar. Só queria silêncio e solidão. E foi ficando cada vez mais silencioso à medida que a delegacia se esvaziava em função da hora do almoço. E quando já estava quase toda vazia, Marinis pode ouvir seu celular vibrar no fundo da gaveta. Abre a gaveta e pega o celular debaixo de alguns papéis. Uma mensagem dizendo que havia uma chamda não atendida apitava em intervalos, mas como o telefone estava no modo silêncioso, só vibrava e Marinis não escutava. Viu que a chamada era de Marcelo e se entusiasmou. No mesmo instante ligou para ele.
Marcelo estava na cozinha da sua casa, preparando seu almoço quando o telefone celular tocou. Viu que tocava e estava com as mãos sujas de cebola . Até que secou as mãos depois de lavá-las o telefone já havia desistido de tocar. Pegou o telefone e viu que era o número de Marinis. Ligou de volta.
Marinis escutou o telefone tocar umas sete vezes. Enquanto ligava pensava que Marcelo deveria estar almoçando. Desligou e foi procurar na sua agenda o telefone da casa de Marcelo. Após localizar, hesitou em chamar. Deve tá almoçando perto do jornal dele, pensou Marinis. Mas antes mesmo de concluir esse raciocínio, o telefone começou a vibrar na sua mão escrito: Marcelo chamando. Marinis atendeu rapidamente. Marcelo explicou à Marinis que havia estado trabalhando muito nos últimos dias e por isso do sumiço dele. Marinis entendeu e se desculpou por estar ligando na hora do almoço. Marcelo disse que não importava, pois não estava almoçando e sim preparando o almoço ainda. Mas a que devo essa ligação na hora do seu almoço, então?, já rebate com o mesmo tema a Marinis, pensando que o delegado poderia querer que Marcelo se envolvesse mais no caso. Marinis comenta que não havia almoçado ainda. Marcelo percebendo a oportunidade convida Marinis a almoçar na sua casa com o pretexto de falarem mais a respeito do caso . Comenta ainda que tinha reescrito o texto que lhe enviara. Marinis, do outro lado do telefone abriu um sorriso. Exatamente o que queria era conversar algumas coisas com Marcelo pois alguns dos fatos similares nos dois textos de Marcelo ainda não estavam claros para ele. Sem fazer de difícil aceita o convite de Marcelo. Marcam para que Marinis chegue em 30 minutos. Com um pouco menos Marinis já está na porta do edifício de Marcelo. No interfone o porteiro anuncia a chegada do delegado. Marcelo deixa a porta semi aberta e volta para a cozinha onde está terminando de dar os últimos retoques no almoço. Marinis bate a campainha e empurra a porta. Marcelo grita da cozinha: Entra! E escuta a porta batendo se fechando. Volta até a sala e diz: Caramba, o vento bateu a port... e antes de terminar a frase tromba com Marinis que já estava quase na cozinha quando Marcelo saía dela. Marcelo tinha uma taça de vinho na mão derrama mais da metade em Marinis. Marinis olha para sua camisa e diz a Marcelo em tom irônico: Boa tarde! Almoço e vinho em plena terça-feira? Que beleza! Marcelo, sem graça pelo incidente se desculpa e oferece uma camisa ao delegado. Marinis aceita e vai até o banheiro se trocar. A camisa de Marcelo fica um pouco apertada em Marinis que é forçado a deixar alguns botões abertos. Volta até a sala e comida está servida. Marcelo serve uma nova taça de vinho para si e oferece a Marinis que recusa e se senta à mesa. Ao ver que Marcelo começara a comer muito calado, Marinis percebe o constrangimento em que ele estava. Para não retornar ao tema do vinho e da camisa, pergunta logo a respeito do texto que Marcelo reescrevera. Marcelo levanta a cabeça e os olhos de dentro do prato e olha para Marinis. Sorri e depois dá uma olhada na sua camisa apertada no delegado com metade do peito aberto. Gosta do que vê e diz: Primeiro comemos, senão a comida esfria. Depois, de barriga cheia, trabalhamos. Marinis olhou para comida, que cheirava muito bem e concordou. Enquanto Marinis se servia, Marcelo reparava no delegado, que pela primeira vez não usava terno. Marinis, ao perceber, interrompeu a Marcelo pedindo que lhe passasse a pimenta. Marcelo passou, percebeu que, ainda que estivesse achando Marinis sexy naquele momento, estava misturando relações que não poderia e se recompondo disse: Bom apetite, doutor!
Mas esse mesmo homem também era o assassino da história que Marcelo escrevia, e disso Marinis já sabia, pois havia lido no texto de Marcelo. E foi justo sobre isso que anotava Marinis, após uma intensta manhã de reuniões. Marinis cruzava aquele homem e outras tantas coisas que encontrara coincidentes no caso, no texto que Marcelo lhe escrevera e na história policial que Marcelo escrevia. Mas também usava a história de Marcelo para filtrar os excessos do outro texto. Mas o homem de negro era algo que ele já buscava. Mas tinha algo que ainda não lhe caía bem. Pensa, Essa história do tapa e amarrado tá me tirando o sono. Nos dois texto do Marcelo tem um fato com uma pessoa amarrada e um tapa na cara. E esse Marcelo que há dias não dá notícias. O telefone do escritório toca e é Adriando chamando a Marinis para irem almoçar. Marinis recusa o convite alegando trabalho por fazer, e realmente necessitava de um tempo para pensar, para colocar algumas idéias no lugar e tirar outras de onde estavam. Não tinha nada para escrever, nem ninguém para conversar. Só queria silêncio e solidão. E foi ficando cada vez mais silencioso à medida que a delegacia se esvaziava em função da hora do almoço. E quando já estava quase toda vazia, Marinis pode ouvir seu celular vibrar no fundo da gaveta. Abre a gaveta e pega o celular debaixo de alguns papéis. Uma mensagem dizendo que havia uma chamda não atendida apitava em intervalos, mas como o telefone estava no modo silêncioso, só vibrava e Marinis não escutava. Viu que a chamada era de Marcelo e se entusiasmou. No mesmo instante ligou para ele.
Marcelo estava na cozinha da sua casa, preparando seu almoço quando o telefone celular tocou. Viu que tocava e estava com as mãos sujas de cebola . Até que secou as mãos depois de lavá-las o telefone já havia desistido de tocar. Pegou o telefone e viu que era o número de Marinis. Ligou de volta.
Marinis escutou o telefone tocar umas sete vezes. Enquanto ligava pensava que Marcelo deveria estar almoçando. Desligou e foi procurar na sua agenda o telefone da casa de Marcelo. Após localizar, hesitou em chamar. Deve tá almoçando perto do jornal dele, pensou Marinis. Mas antes mesmo de concluir esse raciocínio, o telefone começou a vibrar na sua mão escrito: Marcelo chamando. Marinis atendeu rapidamente. Marcelo explicou à Marinis que havia estado trabalhando muito nos últimos dias e por isso do sumiço dele. Marinis entendeu e se desculpou por estar ligando na hora do almoço. Marcelo disse que não importava, pois não estava almoçando e sim preparando o almoço ainda. Mas a que devo essa ligação na hora do seu almoço, então?, já rebate com o mesmo tema a Marinis, pensando que o delegado poderia querer que Marcelo se envolvesse mais no caso. Marinis comenta que não havia almoçado ainda. Marcelo percebendo a oportunidade convida Marinis a almoçar na sua casa com o pretexto de falarem mais a respeito do caso . Comenta ainda que tinha reescrito o texto que lhe enviara. Marinis, do outro lado do telefone abriu um sorriso. Exatamente o que queria era conversar algumas coisas com Marcelo pois alguns dos fatos similares nos dois textos de Marcelo ainda não estavam claros para ele. Sem fazer de difícil aceita o convite de Marcelo. Marcam para que Marinis chegue em 30 minutos. Com um pouco menos Marinis já está na porta do edifício de Marcelo. No interfone o porteiro anuncia a chegada do delegado. Marcelo deixa a porta semi aberta e volta para a cozinha onde está terminando de dar os últimos retoques no almoço. Marinis bate a campainha e empurra a porta. Marcelo grita da cozinha: Entra! E escuta a porta batendo se fechando. Volta até a sala e diz: Caramba, o vento bateu a port... e antes de terminar a frase tromba com Marinis que já estava quase na cozinha quando Marcelo saía dela. Marcelo tinha uma taça de vinho na mão derrama mais da metade em Marinis. Marinis olha para sua camisa e diz a Marcelo em tom irônico: Boa tarde! Almoço e vinho em plena terça-feira? Que beleza! Marcelo, sem graça pelo incidente se desculpa e oferece uma camisa ao delegado. Marinis aceita e vai até o banheiro se trocar. A camisa de Marcelo fica um pouco apertada em Marinis que é forçado a deixar alguns botões abertos. Volta até a sala e comida está servida. Marcelo serve uma nova taça de vinho para si e oferece a Marinis que recusa e se senta à mesa. Ao ver que Marcelo começara a comer muito calado, Marinis percebe o constrangimento em que ele estava. Para não retornar ao tema do vinho e da camisa, pergunta logo a respeito do texto que Marcelo reescrevera. Marcelo levanta a cabeça e os olhos de dentro do prato e olha para Marinis. Sorri e depois dá uma olhada na sua camisa apertada no delegado com metade do peito aberto. Gosta do que vê e diz: Primeiro comemos, senão a comida esfria. Depois, de barriga cheia, trabalhamos. Marinis olhou para comida, que cheirava muito bem e concordou. Enquanto Marinis se servia, Marcelo reparava no delegado, que pela primeira vez não usava terno. Marinis, ao perceber, interrompeu a Marcelo pedindo que lhe passasse a pimenta. Marcelo passou, percebeu que, ainda que estivesse achando Marinis sexy naquele momento, estava misturando relações que não poderia e se recompondo disse: Bom apetite, doutor!
Assinar:
Postagens (Atom)